O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa
que acaba por atrofiar regiões cerebrais progressivamente. Essa degeneração é
percebida através da perda da habilidade de raciocinar, memorizar e até pode
afetar a fala e o comportamento do portador.
A estimativa atual é que cerca de 36 milhões
de pessoas sejam portadores da doença e a previsão é que em 2030 o número
chegue a 66 milhões, e em 2050 cerca de 115 milhões apresentem os sintomas.
Não existe cura para a doença, assim o
tratamento destina-se a controlar os sintomas com o auxilio de antipsicóticos,
contudo um possível novo aliado está surgindo. Um grupo de cientistas espanhóis
desenvolveu uma vacina capaz de prevenir a doença e reverter suas manifestações
quando a mesma já estiver desenvolvida.
Cérebro normal de rato (esquerda) e com a placas características da doença (direita) |
A confecção da vacina se baseia na ativação
do sistema imunológico contra proteínas betaamiloide,
que se acumulam em placas no cérebro e acabam por causar desconexão neuronal, o
que caracteriza a doença.
Outras vacinas similares já foram criadas,
mas não obtiveram nenhum sucesso, a
novidade é o armazenamento da proteína em lipossomas (pequenas bolsas de
gordura) , que se assemelham a cobertura dos neurônios, facilitando assim o
transporte da proteína e evitando reações imunes extremas.
Os testes foram realizados em ratos
portadores das principais mutações genéticas responsáveis pela doença em
humanos e se mostraram bastante eficazes, já que os ratos imunizados não
desenvolveram a doença ao longo da vida e não apresentaram efeitos colaterais.
Agora a equipe se prepara para começar a
fazer o teste em humanos que poderão durar de seis a oito anos. Contudo ainda
existem alguns obstáculos, o principal deles é que os testes foram feitos em
ratos transgênicos criados para desenvolverem o mal. Em humanos a doença está
associada a até 200 genes e a combinação deles será a determinante para o
funcionamento da vacina. O diretor da pesquisa já admite que ela só será
eficiente para 40% ou 50% das pessoas que possuem predisposição para a doença
ou para as já enfermas.
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