domingo, 27 de janeiro de 2013

Vacina previne o Alzheimer


O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que acaba por atrofiar regiões cerebrais progressivamente. Essa degeneração é percebida através da perda da habilidade de raciocinar, memorizar e até pode afetar a fala e o comportamento do portador.

A estimativa atual é que cerca de 36 milhões de pessoas sejam portadores da doença e a previsão é que em 2030 o número chegue a 66 milhões, e em 2050 cerca de 115 milhões apresentem os sintomas.

Não existe cura para a doença, assim o tratamento destina-se a controlar os sintomas com o auxilio de antipsicóticos, contudo um possível novo aliado está surgindo. Um grupo de cientistas espanhóis desenvolveu uma vacina capaz de prevenir a doença e reverter suas manifestações quando a mesma já estiver desenvolvida.

    Cérebro normal de rato (esquerda) e com a 
  placas características da doença (direita)

A confecção da vacina se baseia na ativação do sistema imunológico contra proteínas betaamiloide, que se acumulam em placas no cérebro e acabam por causar desconexão neuronal, o que caracteriza a doença.

Outras vacinas similares já foram criadas, mas não obtiveram  nenhum sucesso, a novidade é o armazenamento da proteína em lipossomas (pequenas bolsas de gordura) , que se assemelham a cobertura dos neurônios, facilitando assim o transporte da proteína e evitando reações imunes extremas.

Os testes foram realizados em ratos portadores das principais mutações genéticas responsáveis pela doença em humanos e se mostraram bastante eficazes, já que os ratos imunizados não desenvolveram a doença ao longo da vida e não apresentaram efeitos colaterais.

Agora a equipe se prepara para começar a fazer o teste em humanos que poderão durar de seis a oito anos. Contudo ainda existem alguns obstáculos, o principal deles é que os testes foram feitos em ratos transgênicos criados para desenvolverem o mal. Em humanos a doença está associada a até 200 genes e a combinação deles será a determinante para o funcionamento da vacina. O diretor da pesquisa já admite que ela só será eficiente para 40% ou 50% das pessoas que possuem predisposição para a doença ou para as já enfermas. 

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