quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Alçapão molecular captura CO2

   Pesquisadores australianos desenvolveram uma nova técnica para capturar e armazenar dióxido de carbono de forma simples e seletiva. Os cientistas acreditam que essa prática é a única forma de evitar que o aquecimento global atinja níveis perigosos.
   Já existem técnicas capazes de fazer isso, porém, os processos atuais são ineficientes e exigem várias fases de extração para produzir dióxido de carbono puro o suficiente para sua reutilização ou armazenagem.
   Uma das técnicas mais usadas para a captura do dióxido de carbono é através de um sistema de filtragem ultrafina que captura uma variedade de moléculas, que precisam depois ser separadas por meio de mais filtragens, até se obter apenas o CO2.
   A nova tecnica possui um mecanismo de abre e fecha, parecido com um alçapão, que não deixa a molécula de CO2 retornar, aumentando a eficiência e diminuindo a necessidade de energia para a filtragem. Além disso, ela  é seletiva, capturando apenas as moléculas de dióxido de carbono, eliminando assim a necessidade de refiltragens e gerando um gás puro.
Alçapão molecular captura CO2
   Os resultados sugerem que este novo material terá importantes aplicações para purificação de gás natural. Muitos campos de gás natural contêm dióxido de carbono em excesso, que deve ser removido antes que o gás possa ser liquefeito e enviado para uso


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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Novas bactérias são descobertas em condições extremas

Um trabalho publicado nos Anais da Academia Americana de Ciências mostra a descobertas de novas espécies de bactérias capazes de sobreviver sobre condições extremas em um lago salgado da Antártida. Este lago, chamado vida, possui concentrações muito elevadas de amoníaco, nitrogênio, hidrogênio, enxofre e óxido nitroso, além de uma temperatura média menor que -13ºC. Esses microrganismos foram encontrados abaixo de uma camada de 20 metros de gelo.

De acordo com Nathaniel Ostrom, da Universidade de Michigan e coautor desse trabalho, essa descoberta abre novas portas para a descoberta de outros microrganismos em outras condições extremas na Terra, além de um novo modelo de vida que pode existir em outros planetas extremos, como é o caso da lua Europa, em Júpiter.

Acredita-se que essas bactérias retiram sua energia de substâncias como o hidrogênio e o óxido de nitrogênio, gases formados a partir da reação química da água muito salgada com rochas ricas em ferro.

Outro fator que tornam essas bactérias mais incríveis é o fato delas sobreviverem sem nenhuma energia solar, já que estudos anteriores mostraram que esse ecossistema está isolado completamente da energia solar por mais de 3000 anos, o que já não ocorre com outros ecossistemas extremos da Terra.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Olho Biônico: fotorreceptores sintéticos vão restaurar visão aos cegos

O chip substitui fotorreceptores danificados da retina o que ocorre na retinite pigmentosa, coroideremia e alguns tipos de degeneração macular, como atrofia geográfica. Numa retina saudável, os fotorreceptores convertem a luz em impulsos elétricos que atingem o cérebro ultrapassando várias camadas de tecidos especiais. Cada um dos 1.500 quadrados do chip é disposto numa grade que contém um fotodiodo, amplificador e eletrodo. Quando a luz brilha em um dos fotodiodos, ele gera uma pequena corrente elétrica que é reforçada pelo amplificador adjacente e canalizada para o eletrodo, que, por sua vez, estimula a célula bipolar mais próxima, por fim enviando um sinal por meio do nervo óptico para o cérebro. Quanto mais a luz brilha num fotodiodo, mais forte é a corrente elétrica resultante.
O implante abre uma janela para o mundo com tamanho  semelhante ao de um pedaço de papel de 20 centímetros quadrados segurado com seu braço estendido. Através desta janela, pode-se distinguir formas básicas e contornos de pessoas e objetos. 
O modelo mais recente é sem fio. Sob a pele, um minúsculo cabo vai de uma bobina eletromagnética atrás da orelha numa curta distância até o chip no fundo do olho. Outra bobina eletromagnética colocada numa pequena caixa de plástico em cima da pele perto da orelha completa um circuito elétrico, o que fornece energia para o implante. Tocando em botões na bobina externa, os pacientes podem modificar o brilho e o contraste. 

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domingo, 25 de novembro de 2012

Ouvido de roedor é utilizado como fonte de energia de chip



Um aparelho eletrônico que não precisa ser ligado na tomada, nem exige pilhas ou baterias. Essa é a definição de um chip que está sendo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em parceria com a Universidade Harvard, nos Estados Unidos. Implantado em um porquinho-da-índia, o dispositivo monitora a audição do animal e utiliza a energia produzida por uma fonte curiosa: o próprio ouvido do roedor.Segundo os autores do estudo, a cóclea – estrutura da parte interna do ouvido – produz a corrente elétrica mais alta gerada pelo corpo de um mamífero o que permite o bom funcionamento do sistema auditivo, mas usá-la para outros fins é um grande desafio. A tecnologia testada no experimento consiste basicamente na conexão de eletrodos à cóclea do roedor, por meio de um chip. Inicialmente, uma fonte externa de energia inicia o seu funcionamento. Depois, essa corrente cessa e o chip passa a extrair um nanowatt da energia produzida no ouvido do animal – bem pouco comparado aos cinco watts exigidos por alguns celulares.Durante cinco horas, os pesquisadores puderam monitorar o funcionamento do sistema auditivo do porquinho-da-índia. “O chip é pequeno o suficiente para ser implantado em um ouvido humano e pode, no futuro, monitorar a audição de pessoas que fazem tratamento contra surdez”, revela Chandrakasan.

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sábado, 24 de novembro de 2012

Terapia celular reduz tempo de regeneração do fígado


Cientistas conseguiram diminuir o tempo de regeneração do fígado de ratos que tiveram 70% do fígado removido cirurgicamente. O tratamento para a diminuição do tempo de regeneração foi feito com terapia celular, usando células tronco retirada do embrião de ratos com 12 dias e meio de gestação. Este tratamento tem como objetivo acelerar a regeneração do fígado de animais com cirrose hepática induzida, visando futuramente ser aplicado em humanos.

Os animais possuem brotos na gestação que posteriormente se tornam órgãos. As células retiradas do broto hepático tendem a se diferenciar em hepatócitos sendo assim, teoricamente eles são mais eficazes que qualquer outro tipo de célula tronco. Para isso busca-se informações sobre o tempo de formação destas e a possibilidade de produzi-las in vitro

Primeiramente os testes foram feitos em ratos que tiveram 70% de seus fígados retirados, já que esta quatidade de porção retirada causa uma insuficiência equivalente a perda do órgão por trauma em humanos ou o nascimento de crianças com o fígado atrofiado. Um segundo modelo ministrará medicamentos que causam fibrose no fígado, induzindo assim a cirrose hepática, simulando um quadro equivalente ao consumo excessivo de álcool ou a inflamação crônica causada pela hepatite.

A pesquisa esta sendo realiza por pesquisadores da Universaidade de São Paulo (USP), que vem testando quatro formas de administração do tratamentos nos ratos que tiveram parte de seu fíagos retirados e que já obtiveram resulados promissores.



sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Perda e ganho de material genético desafiam o uso dessas células em terapia

O neurocientista Stevens Rehen e sua equipe no Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) publicaram na revista Frontiers in Cellular Neuroscience um artigo no qual eles discorrem e chamam a atenção para um fenômeno que atinge com frequência as células-tronco: a aneuploidia (perda ou o ganho de cromossos). A ocorrência desse evento deve exigir cautela no uso dessas células tanto em pesquisas como em potenciais terapias. 


Rehen afirma: “Embora também ocorra em organismos vivos e saudáveis, a aneuploidia observada nas células em cultura não enfrenta a pressão seletiva de mecanismos que as eliminem”, comenta Rehen, coordenador do Laboratório Nacional de Células-tronco Embrionárias da UFRJ, onde esse tipo de célula é usado para tentar construir modelos experimentais do que ocorre em doenças neuropsiquiátricas."


Para Rehen a aneuploidia é aparentemente uma falha na divisão celular comum em órgãos que passam por fases aceleradas de desenvolvimento, como o cérebro. De modo geral, a aneuploidia é vista como indesejável porque pode levar ao desenvolvimento de doenças neurológicas e psiquiátricas e até mesmo à morte do feto. Nas células-tronco embrionárias em cultura a forma mais comum de aneuploidia é o ganho de uma cópia extra dos cromossomos 12, 17 ou 20, em geral observado em células tumorais. 

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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Composto descoberto pela Unesp de Araraquara, SP, pode tratar Alzheimer

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara (SP) possui um banco de dados com informação sobre compostos químicos extraídos da biodiversidade brasileira montado por pesquisadores do Instituto de Química do Campus.

Um desses compostos, nascido da árvore Senna Spectablis, popularmente conhecida como Cássia do Nordeste, está patenteado e poderá ser usado no tratamento do mal de Alzheimer. "Isso porque ela atua no sistema nervoso central e, assim, diminui os sintomas típicos da doença", destacou a pesquisadora Vanderlan da Silva Bolzani.

Laboratório da Unesp de Araraquara tem banco de dados de plantas medicinais (Foto: Reprodução/EPTV)
Laboratório da Unesp de Araraquara tem banco de dados de plantas medicinais
O banco de dados possui inúmeros outros compostos com efeitos medicinais, como é o caso da erva conhecida como guaçatonga, muito usada pela população para fazer chás para quem tem úlcera de estômago, mas que os pesquisadores descobriram possuir substância que podem ajudar no desenvolvimento de remédios contra o câncer. Todas as informações coletadas pelo grupo de pesquisadores (substâncias identificadas, suas aplicações e de que planta foram extraídas) estão disponíveis no site www.nubbe.iq.unesp.br.





quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Decisão Instantânea para Prevenir Tumores - Câmera ultrarrápida pode ajudar a detectar o câncer antes que ele se espalhe


Células cancerosas que escapam de um tumor e produzem metástase levam a 90% de todas as mortes por câncer. Pesquisadores passaram décadas tentando desenvolver testes sanguíneos para detectar essas células.




Mas encontrá- las pode ser como procurar uma agulha específica em um saco de agulhas. Um mililitro de sangue contém cerca de 5 bilhões de hemácias e quase 10 milhões de leucócitos, mas apenas 10 células cancerosas.


Pesquisadores da University of California em Los Angeles desenvolveram uma tecnologia capaz de encontrar essas células antes que elas formem novos tumores, aumentando significativamente a chance de sobrevivência dos pacientes. Eles descrevem o sistema na Proceedings of the National Academy of Sciences  USA.

No coração do sistema da UCLA está uma câmera microscópica ultrarrápida que os pesquisadores apresentaram em 2009 que faz imagens a aproximadamente 6 milhões de quadros por segundo. Essa câmera de microscopia serial amplificada codificada por tempo (STEAM, em inglês) cria cada imagem usando um pulso
laser muito curto – um flash de apenas 1 bilionésimo de segundo.

A velocidade de seu obturador é de 27 picossegundos, cerca de 1 milhão de vezes mais rápido que uma câmera digital atual. (Um picossegundo é 1 trilionésimo de segundo.)

A câmera da UCLA converte cada pulso laser em um feixe de dados a partir do que uma imagem de alta  velocidade pode ser montada. À câmera STEAM, os pesquisadores adicionaram um canal de microfluidos para que as células fluam através dela, além de um processador de imagens de alta velocidade que obtém imagens sem desfoque.

A equipe usou essa tecnologia para identificar células de câncer de mama em amostras de sangue. “Observamos formato, tamanho e textura das células, bem como a estrutura de sua superfície”, explica o principal autor do trabalho, Keisuke Goda. “Células cancerosas tendem a ser maiores que hemácias ou leucócitos. E sabemos que a forma de uma célula cancerosa é mal definida se comparada às outras.” Goda adiciona que um teste sanguíneo relativamente não invasivo encorajaria as pessoas a fazer mais exames que atualmente.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Impressora 3D

Uma recente start up promete produzir carne a partir de impressão 3D.

Em 2011, nasceu a Start up Modern Meadow, de Andras e Gabor Forgacs. Os irmãos já têm conhecimento de bioimpressão há vários anos, quando criaram outra start up, Organovo, para vender essa tecnologia para área médica.

A intenção do grupo é produzir couro e carne, a partir de uma impressora, a qual utiliza a tecnologia de engenharia de tecidos. O processo envolve cultura de células, biomontagem (como seria a disposição de cada célula, para montagem do tecido) e um biorreator, onde o tecido seria maturado.

A produção de carne em pequena escala já se mostrou viável e o valor nutricional e composição do tecido em cultura são os mesmos. O grupo est´s em fase de desenvolvimento do protótipo. Eles 
farão mais testes para produzir em escala esses produtos, dando foco na produção de couro e mais tarde carne.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Brasileiros criam músculo artificial mais forte do mundo


Um grupo de pesquisadores brasileiros acaba de desenvolver aqueles que podem ser considerados os músculos artificiais mais fortes já produzidos até hoje. A equipe, que trabalha na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, aperfeiçoou o projeto do primeiro músculo artificial de nanotubos de carbono, apresentado há cerca de um ano.

O novo músculo artificial também utiliza o mesmo material, mas após a construção eles são embebidos em uma espécie de cera. O grupo, coordenado pelo pesquisador Marcio Lima, conseguiu solucionar a maioria dos inconvenientes relacionados aos músculos artificiais.

Músculos artificias têm como característica uma limitação: quanto maior a força, menor é a capacidade de movimentação. Além disso, os movimentos são lentos e a vida útil é muito curta. Mergulhando os músculos feitos de nanotubos de carbono na parafina e aquecendo-os, os pesquisadores perceberam que as fibras ficam mais livres para girar e se expandem.

O controle de calor, que pode ser feito por eletricidade, por luz ou por meios químicos, permite usar as fibras para içar ou abaixar um objeto. O novo músculo pode levantar até 100 mil vezes o seu próprio peso e gerar 85 vezes mais energia mecânica durante a sua contração do que um músculo humano.




domingo, 18 de novembro de 2012

Biotinta com células imprime tecidos vivos


Células a jato
Cientistas já haviam apresentado o conceito da bioimpressão, usando materiais biologicamente compatíveis para a construção de primórdios de um sistema vascular artificial.
Agora eles deram um passo há muito esperado, demonstrando que é possível criar tintas com células vivas, sobretudo células que permanecem vivas durante o processo de impressão.
"As primeiras biotintas usadas na impressão celular a jato de tinta eram simplesmente soluções salinas," explica Marc in het Panhuis, da Universidade de Wollongong, na Austrália.
A concentração salina compromete a viabilidade das células, que também se agregam, entupindo o bocal de disparo do jato.

Tinta biológica
Os pesquisadores australianos usaram um biopolímero e dois surfactantes para distribuir as células vivas e reduzir a tensão superficial, otimizando a impressão a jato de biotinta.
A vantagem do biopolímero é que, além de evitar a agregação das células, sua maior densidade protege as células de danos mecânicos impostos pelas forças envolvidas no seu disparo e fixação na superfície definitiva.
"Nossa biotinta permitiu imprimir vários tipos de células em longos períodos de impressão, sem precisar mudar a cabeça de impressão e sem precisar reabastecer as soluções contendo as células," disse Panhuis.
Em termos práticos, isso significa que não é preciso ficar chacoalhando os cartuchos para garantir que as células permaneçam distribuídas de forma homogênea na biotinta.

Componentes biônicos
A equipe imprimiu as células vivas para que elas formassem padrões específicos em um colágeno, um substrato macio e úmido que funciona como um colchão para as células, evitando a sua desidratação.
A impressão jato de tinta já foi adaptada para fabricar microcircuitos eletrônicos e até lasers.
Imprimir tecidos vivos, contudo, é muito mais complicado e, para que a tecnologia seja totalmente prática, os cientistas terão que inventar formar de suprir oxigênio e nutrientes para que as células permaneçam vivas por longos períodos.
Quando eles conseguirem isto, a tecnologia poderá ajudar a criar componentes biônicos e eventualmente tecidos para implantes durante procedimentos médicos.
Para acessar todo o artigo em inglês: clique aqui

Dispositivo utiliza 'tentáculos' de DNA para caçar células tumorais circulantes

À esquerda, Jeffrey M. Karp, autor do estudo
A inspiração dessa vez foram os tentáculos de uma água-viva. A equipe de pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, partiu de sua inspiração e desenvolveu longas fitas de DNA, capazes de agarrar proteínas específicas, as quais são encontradas em células com leucemia. Em outras palavras, a equipe americana criou um novo dispositivo capaz de isolar células tumorais circulantes (CTCs) para detecção e monitoramento do câncer.

O objetivo é que os médicos possam acompanhar seus pacientes com câncer, de forma a observar se o tratamento está funcionando ou se a doença está progredindo. Além disso, esse dispositivo possibilitaria um tratamento personalizado, no qual ocorreria o isolamento de células de um paciente para teste de drogas e determinação da mais eficaz.

Saiba mais sobre esse dispositivo em iSaúde.net

sábado, 17 de novembro de 2012

Identificada nova mutação genética que triplica risco de Alzheimer


Cerca de 1,2% da população carrega a variação no gene TREM2, que pode ser novo alvo para tratamento da doença

           O gene está envolvido em respostas imunitárias e inflamatórias e pode ser um novo alvo para o tratamento da doença. "Nós encontramos uma mutação que confere um grande risco para a doença de Alzheimer. Apesar de apenas 1,2% da população ter a mutação TREM2, comparando adultos com 85 e mais velhos com e sem a variação, aqueles que a têm são quase sete vezes mais prováveis de ter a doença", afirma o investigador Kari Stefansson, da CODE Genetics, na Islândia.                Stefansson e seus colegas obtiveram sequências de genes de mais de 2.200 islandeses. Eles procuraram por variações genéticas em pacientes com e sem doença de Alzheimer. Para verificar os resultados, a equipe examinou outras populações nos Estados Unidos, Noruega, Holanda e Alemanha, onde confirmaram suas descobertas.
         
            Apesar de um maior risco, os pesquisadores ressaltam que ter a mutação não significa que uma pessoa está destinada a desenvolver a doença de Alzheimer. "O Alzheimer é uma doença complexa e, provavelmente, uma pessoa precisa de ter vários fatores de risco que se combinam para produzir a condição", explica Stefansson. O estudo foi publicado na revista New England Journal of Medicine.


              "A inflamação é certamente parte da sabedoria convencional na patogênese da doença de Alzheimer. O que este estudo mostra é que a inflamação é tão importante que um desequilíbrio no componente inflamatório pode afetar o risco para a doença", observa o pesquisador Sam Gandy.

               Os pesquisadores acreditam que o papel das mutações genéticas deve ajudar a desenvolver drogas que modulam a função do sistema imunológico inato para reduzir o risco da doença.
               Equipe internacional de cientistas descobriu uma rara mutação em um gene chamado TREM2 que parece triplicar o risco de Alzheimer em adultos.



Leia o estudo aqui!




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

É Viral - Vírus comedores de bactérias podem abastecer celulares




Em busca por fontes de energia ecológicas cientistas descobriram como retirar energia de seres vivos cada vez menores: primeiro milho, depois algas e agora bactérias. Menor ainda é o bacteriófago M13, vírus que infecta bactérias que engenheiros da University of California em Berkeley usaram para gerar eletricidade. Apesar de o dispositivo alimentado pelo vírus produzir apenas uma quantidade mínima de energia, poderá abrir o caminho para que celulares sejam carregados enquanto caminhamos.

O dispositivo depende de uma propriedade chamada piezoeletricidade, que pode traduzir a energia mecânica, por exemplo, de um tapinha, em energia elétrica. A maioria dos microfones de celulares são piezoelétricos e convertem a energia de ondas sonoras em eletricidade, transmitida e traduzida de volta em ondas sonoras no telefone receptor. O problema com esses dispositivos piezoelétricos, explica o bioengenheiro de Berkeley Seung-Wuk Lee, é que eles são feitos de metais pesados como chumbo e cádmio.

Lee e seus colegas descobriram que o M13, que tem forma de lápis, preenche todos os requisitos. Como o vírus só infecta bactérias, é seguro para humanos, além de ser barato e fácil de criar: cientistas podem conseguir trilhões de vírus de um único frasco de bactérias infectadas. O formato do vírus também é importante porque o M13 pode facilmente acomodados em folhas finas. Para melhorar a capacidade de geração de energia do M13 a equipe de Lee modificou o conteúdo de aminoácidos de sua camada de proteínas externa adicionando quatro moléculas de glutamato negativamente carregadas. Os pesquisadores empilharam camadas de vírus para amplificar o efeito piezoelétrico.

Quando os cientistas afixaram esse filme virótico de 1 centímentro quadrado a um par de eletrodos de ouro e pressionaram firmemente um deles o filme produziu eletricidade suficiente para iluminar uma tela de cristal liquido com o número 1. Apesar de ter gerado apenas uma pequena quantidade de energia – 400 milivolts, ou um quarto da energia de uma bateria AAA – biomateriais piezoelétricos são viáveis, aponta Lee.
 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Alface transgênica chegará ao mercado

Segundo a Embrapa, em até cinco anos chegará ao mercado uma alface transgênica que contará com 15 vezes mais ácido fólico, o qual, sua ausência no organismo pode causar problemas na gravidez e até depressão. 

A hortaliça, desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, é uma alface crespa com genes da planta Arabidopsis thaliana, e ainda está em fase de estudos de biossegurança, porém apenas 12 gramas da mesma poderá suprir 70% das necessidades diárias de folato. Após serem realizados os testes a sua comercialização  dependerá da liberação na Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e segundo o coordenador da pesquisa Francisco Aragão, ela será uma alternativa de obtenção de ácido fólico sem a necessidade de ingestão de medicamentos.

A quantidade indicada nos homens adultos, é cerca de 200 mg/dia e para as mulheres de
180 mg/dia, e há quase uma década a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que o ácido fólico seja adicionado à farinha industrializada para complementar a alimentação. São adicionados 150 mg de ácido sintético a cada 100 g de farinha de trigo, milho e mandioca. Porém, alguns especialistas acreditam que em estados com menos recursos, onde o consumo da farinha é predominantemente artesanal, a medida seja pouco eficiente.

Na gravidez, a doce diária recomendada dobra para 400 mg, e segundo o médico Eduardo Fonseca, estudos demonstram que o consumo adequado de ácido fólico pelas gestantes diminui em até 80% a ocorrência de má formação do tubo neural. Fonseca diz também que um estudo mostra que apenas 13,8% das mulheres utilizam suplemento de ácido fólico antes da gravidez, porém no sistema público essa prevenção cai para 3,8%.

Há também, estudos que demonstram que o ácido fólico ajuda na prevenção de lábio leporino e evita casos de depressão  em jovens e adultos.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Água-viva contra terroristas!

A preocupação com ataques terroristas biológicos, que consiste na utilização de micro-organismos patogênicos como armas letais, é iminente em países como os Estados Unidos da América. O Bacillus anthracis, causador do antraz, é um exemplo destes micro-organismos que causam doenças de rápido contágio e praticamente fatais. A maior dificuldade é com a detecção destes, que são inalados pelas via aéreas e não possuem cheiro, só sendo percebida a infecção quando incia-se os primeiros sintomas. 

Assim, com a união de duas tecnologias, engenheiros estão criando um sensor de detecção capaz de coletar amostras do ar e acusar a presença de micro-organismos em cerca de dois minutos. A primeira dessas tecnologias é o sensor CANARY, desenvolvida por Todd Rider, que consiste em inserir DNA de água-viva em células de rato através de uma descarga elétrica, criando assim células brilhantes, que emitem esse brilho, por exemplo, ao liberarem anticorpos contra um determinado patógeno.

O que faltava era criar um meio de testar os patógenos em células através de amostras de ar. É aí que entra a segunda tecnologia, chamada PANTHER: consiste basicamente de um disco, com dezesseis câmeras, que puxa o ar para dentro do dispositivo e assim permite o contato das células com os patógenos. São liberadas então, nas câmeras, células do sistema imune contra específicos patógenos e, ao entrar em contato com estes, liberam uma luminosidade. Através da medição do comprimento de onda, o dispositivo indica quais micro-organismos perigosos estão presentes na amostra em um curto intervalo de tempo.

Cientistas e engenheiros ainda dizem que o sensor CANARY poderá ser usado em testes de diagnósticos médicos através de amostras dos pacientes e ainda em detecção de contaminantes em plantas processadas para alimentação.

sábado, 10 de novembro de 2012

Implantes médicos que se dissolvem dentro do paciente


Pesquisadores criaram um pequeno dispositivo eletrônico que pode ser implantado dentro do corpo do paciente por meio de uma cirurgia simples, e nunca precisará ser retirado. Depois de cumprir sua função, o aparelho irá simplesmente se dissolver, sem deixar nenhum rastro ou efeito colateral. A chamada tecnologia transitória poderá ser usada para medir a temperatura de partes específicas do corpo, monitorar atividades do cérebro, coração e tecidos musculares ou aplicar medicamentos por períodos precisos de tempo.



 Para criar o implante, os pesquisadores usaram apenas materiais capazes de se desintegrar em contato com a água. Os eletrodos foram feitos de magnésio, com camadas de silício entre eles. O silício normalmente usado em aparelhos eletrônicos é capaz de se dissolver em água, mas em velocidade tão lenta que pode demorar séculos até ser totalmente absorvido pelo ambiente. Por isso, os pesquisadores tiveram que desenvolver camadas muito finas do material. Tanto a quantidade de silício quanto a de magnésio usada no eletrônico é menor que a recomendada para consumo diário por nutricionistas — e está longe de fazer mal ao corpo.


Uma camada de óxido de magnésio e seda envolve o eletrônico, e é a primeira a ser dissolvida no corpo do paciente. É a partir da espessura dessa estrutura de seda que os pesquisadores decidem se o dispositivo vai durar horas, dias ou meses. 
Além da aplicação na medicina, esses dispositivos poderão ser usados para monitoria do meio ambiente em locas distantes e não precisariam ser recolhido depois de sua atividade, além de também serem usados em dispositivos portáteis e eletrodomésticos comuns.
Fonte: Veja

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Descoberta permite identificação de câncer antes de o tumor 'aparecer'


Um grupo de cientistas britânicos identificou uma proteína presente em vários tipos de câncer e que pode servir para unificar os exames. Além disso, como ela é produzida em um estágio inicial do câncer, ela poderia ajudar no diagnóstico antes mesmo de o tumor ser clinicamente identificável.

A descoberta veio de um grupo do Instituto Gray de Oncologia e Biologia da Radiação, e foi relatada ao Instituto Nacional de Pesquisa de Câncer. Após encontrada a proteína, um câncer de mama em um rato de laboratório foi identificado semanas antes de o caroço ser visível, informa a BBC. A proteína, chamada gamma-H2AX, também está em tumores na pele, bexiga, rins e pulmão. 

Isso acontece porque a proteína é criada pelo organismo como uma resposta ao DNA danificado. Ela é um indício de que a célula está se tornando cancerígena.

Para realizar o estudo, o grupo utilizou um anticorpo definido como o "parceiro perfeito" da gamma-H2AX, capaz de procurá-la no organismo, e aplicou pequenas doses de radiação. Onde houve acúmulo de radiação, também houve acúmulo de anticorpos, o que significa uma concentração da proteína. Assim, aquela região, está propensa a desenvolver um tumor.

Os cientistas creem que, ao identificar a proteína, é possível o diagnóstico precoce da doença, o que aumenta as chances de tratamento.

Fonte :Olhar Digital

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Núcleo lança base de dados sobre compostos químicos com potencial para gerar fármacos


Informações detalhadas sobre 640 compostos químicos extraídos da biodiversidade brasileira estão disponíveis para consulta na internet. A base de dados reúne o conhecimento gerado em 15 anos de pesquisas do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais (NuBBE) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara. “Constatamos que os nossos resultados de pesquisa, publicados em mais de 170 artigos, poderiam ser mais úteis se organizados em uma base de dados do que fragmentados. Temos informações valiosas sobre a diversidade química das espécies estudadas e resolvemos disponibilizá-las para que outros pesquisadores possam utilizar estes dados em estudos adicionais”, diz Vanderlan Bolzani, professora do Instituto de Química (IQ) da Unesp em Araraquara e membro da coordenação do programa Biota-FAPESP. A base de dados foi idealizada em colaboração com o professor Adriano D. Andricopulo, do Laboratório de Química Medicinal e Computacional (LQMC) do Instituto de Física (USP – São Carlos), e seu aluno de doutorado Ricardo N. Santos, bolsista da FAPESP.
A ferramenta reúne informações diversas, como a origem dos compostos, a espécie de onde foram isolados, suas propriedades químicas e atividades biológicas identificadas. O resultado da pesquisa on-line permite também ver a estrutura química, uma tabela de informações dos compostos e baixar a estrutura em três dimensões. A base de dados do NuBBE é integrada por 80% de compostos isolados de plantas, 6% de fungos ou microrganismos, 7% de compostos sintéticos inspirados em produtos naturais, 5% de compostos semissintéticos e 2% de produtos de biotransformação (modificados por enzimas). Um conjunto de propriedades ajuda a definir se o composto tem algum potencial para ser utilizado no planejamento de novos fármacos. “A base é quimicamente diversificada e rica. Trata-se de uma fonte interessante para identificação de compostos bioativos para serem testados em outros ensaios mais sofisticados”, diz Vanderlan Bolzani. Seu trabalho sobre a busca de substâncias anticancerígenas em espécies de Rubiaceae brasileiras, feito na década de 1990, é um dos mais antigos da base de dados.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

“Cosméticos verdes”: a via biotecnológica para a indústria brasileira


A busca por cosméticos a base de compostos naturais tem dirigido a indústria para a obtenção de produtos e processos cada vez mais eficientes e com o menor impacto ambiental possível. No centro desta discussão, o uso da Biotecnologia tem surgido como uma excelente alternativa. Um grande número de homens e mulheres em todo o mundo não economiza dinheiro quando o assunto é beleza, “antenados” em inovações tecnológicas faz com que a indústria cosmética esteja em contínuo aperfeiçoamento de seus produtos e processos em busca de novas tecnologias.

Diante deste cenário, a utilização de técnicas biotecnológicas para o aperfeiçoamento de processos já existentes e/ou para a criação de novos conceitos e produtos tem emergido como uma alternativa à manufatura tradicional de cosméticos. Compostos naturais, enzimas ativas, biopolímeros funcionais e produtos de origem fermentativa cada vez mais são utilizados como insumos ativos neste mercado.

Um bom exemplo de produto natural, para a produção de “cosméticos verdes”, é o ácido láctico natural e seus derivados, com base em lactatos, por serem alguns dos mais seguros e eficazes ingredientes aplicados em formulações de cuidado pessoal. Hidratantes, clareadores e rejuvenescedores de pele, assim como controle de oleosidade são algumas das funcionalidades amplamente aplicadas desse composto e de seus derivados que podem ser sintetizados por vias biotecnológicas.

Evidente que todas as vantagens apresentadas pelo uso da biotecnologia na obtenção de “cosméticos verdes” possuem um preço: alto conhecimento tecnológico. Investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos constituem aspectos cruciais neste mercado. O Brasil possui conhecimento biotecnológico e isso pode e deve ser explorado pela indústria de cosméticos brasileira.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

Energia do batimento cardíaco pode alimentar marca-passos evitando substituição


Cientistas da Universidade de Michigan, nos EUA, desenvolveram um dispositivo capaz de aproveitar a energia do batimento cardíaco para produzir eletricidade suficiente para manter um marca-passo funcionando. O dispositivo utiliza a piezoeletricidade, carga gerada a partir do movimento, podendo produzir 10 vezes a quantidade de energia necessária, evitando assim as repetidas operações feitas nos pacientes a fim de substituir baterias em marca-passos.

Devido ao esgotamento das baterias, marca-passos hoje devem ser substituídos a cada cinco a sete anos, o que é caro e inconveniente. Muitos pacientes são crianças que vivem com o aparelho por muitos anos. Segundo os pesquisadores, a nova tecnologia tem potencial para evitar muitas operações.

"A abordagem é uma solução tecnológica promissora para marca-passos porque requer apenas pequenas quantidades de energia para operar. A piezoeletricidade também pode alimentar outros dispositivos cardíacos implantáveis, como desfibriladores, que também têm necessidades mínimas de energia", discorre M. Amin Karami, coordenador da pesquisa.

Os pesquisadores mediram as vibrações induzidas pelo batimento cardíaco no peito. Então, eles usaram um aparelho para reproduzir as vibrações no laboratório e o conectaram a um protótipo de coletor de energia cardíaca. As medições de desempenho do protótipo, baseado em conjuntos de 100 batimentos cardíacos simulados em diversas frequências cardíacas, mostrou o coletor de energia gerou mais de 10 vezes a potência que os marca-passos modernos exigem.

O próximo passo será a implantar o coletor de energia, que é cerca de metade do tamanho de pilhas usadas agora em marca-passos. Os pesquisadores esperam integrar sua tecnologia a marca-passos comerciais.

Fonte: iSaude

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Droga contra leucemia mostra eficácia para esclerose múltipla



Estudos realizados na Universidade de Cambridge, Grã-Bretanha, mostraram que a droga Lemtrada, utilizada no combate à leucemia, é eficaz para tratar pacientes com esclerose múltipla, diminuindo as chances de uma recaída e as taxas de atrofia cerebral.

A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, provocada pelo próprio sistema imunológico do paciente, e ocasiona um processo inflamatório no cérebro que compromete a mielina, uma espécie de gordura que temos recobrindo nossos neurônios e que mantém o funcionamento dos circuitos cerebrais. Com a perda da mesma, passamos a ter uma diminuição na condução do estimulo nervoso, existindo a formação de áreas de cicatrização, ou escleroses, que dão origem a diferentes sintomas sensitivos, motores e psicológicos.

De acordo com a pesquisa, o medicamento, agora de nome alemtuzumabe, pode ser eficaz para pacientes que ainda não foram submetidos a nenhuma terapia assim como para aqueles que não respondem ao tratamento convencional. Na fase final do estudo clínico do fármaco, em um período de dois anos 65% dos pacientes que receberam alemtuzumabe não apresentaram nenhuma crise, em comparação com os 47% que receberam interferon beta-1a (Rebif), medicamento receitado a pessoas com a doença.

"Embora o alemtuzumabe possa causar efeitos colaterais sérios, eles podem ser identificados e tratados com um programa de monitoramento", diz Alasdair Coles, coordenador do estudo. Durante os testes, foi possível observar que o medicamento pode ocasionar o surgimento de outras doenças auto-imunes.



Fonte: VEJA

domingo, 4 de novembro de 2012

As bactérias que se cuidem!


Quando alguma bactéria Patógena invade o corpo humano ou de outros mamíferos, isso causa uma série de respostas imunológicas pelo corpo. Uma dessas respostas é um mecanismo pelo qual o nosso  corpo produz peróxido orgânico, substância que causa estresse oxidativo na bactéria, comprometendo sua reprodução podendo até leva-la à morte.


No entanto, é de conhecimento global que, as bactérias também possuem sua maneira de se defender de nossas respostas imunológicas. E sabendo disso, cientistas da Universidade de São Paulo(USP) realizaram um pesquisa focando seus objetivos em torna esse processo de defesa das bactérias contra nosso peróxido orgânico, em algo nulo. Dessa forma, abriu-se o caminho para a descoberta de moléculas capazes de inibir o sistema de defesa bacteriano e dificultar o avanço da infecção.


A bactéria escolhida para a pesquisa foi a Chromobacterium violaceum, micro-organismo que afeta o fígado e a pele de indivíduos por estarem com um sistema imunológico comprometido. Assim, Luis Eduardo Soares Netto, supervisor do estudo de pós-doutorado de José Freire da Silva Neto, que deu origem ao artigo, justifica a escolha da bactéria: “A C. violaceum é uma bactéria oportunista. Pretendemos explorá-la como modelo para estudar patogenicidade porque ela já teve seu genoma sequenciado e é relativamente fácil manipulá-la geneticamente”


E ainda diz: “...Para se defender, o patógeno produz uma enzima antioxidante chamada Ohr. A produção dessa enzima, por sua vez, é regulada por outra proteína – que atua como fator de transcrição – chamada OhrR”.


Quando questionado de como driblar a defesa bacteriana, Netto disse: "Agora que sabemos como a bactéria se defende, podemos pensar em meios para driblar esse mecanismo. Uma possibilidade seria inibir a produção da enzima Ohr. Outra seria ativar a produção de OhrR, para anular o sistema antioxidante”. Isso porque a proteína OhrR está ligado ao gene responsável pela produção da enzima Ohr, mas quando entra e contato com o peróxido orgânico o OhrR se oxida e se desliga do DNA culminando na produção da enzima antioxidante Ohr.


O primeiro passo, segundo o pesquisador, seria demonstrar experimentalmente em camundongos que essas manobras genéticas realmente tornariam mais fácil para o organismo hospedeiro combater a bactéria.


Os testes ainda estão sendo padronizados, mas a ideia é silenciar os genes da Ohr e da OhrR na C. violaceum e avaliar se isso altera sua capacidade de infectar os animais. E Embora ainda em fase preliminar, os estudos abrem caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos. “Hoje já se sabe que muitos antibióticos têm como mecanismo de ação a geração de estresse oxidativo nas bactérias. Essa questão está ganhando força”, disse.


Leia mais em: Estadão