A busca por
cosméticos a base de compostos naturais tem dirigido a indústria para a
obtenção de produtos e processos cada vez mais eficientes e com o menor impacto
ambiental possível. No centro desta discussão, o uso da Biotecnologia tem
surgido como uma excelente alternativa. Um grande número de homens e mulheres
em todo o mundo não economiza dinheiro quando o assunto é beleza, “antenados”
em inovações tecnológicas faz com que a indústria cosmética esteja em contínuo
aperfeiçoamento de seus produtos e processos em busca de novas tecnologias.
Diante deste
cenário, a utilização de técnicas biotecnológicas para o aperfeiçoamento de
processos já existentes e/ou para a criação de novos conceitos e produtos tem
emergido como uma alternativa à manufatura tradicional de cosméticos. Compostos
naturais, enzimas ativas, biopolímeros funcionais e produtos de origem
fermentativa cada vez mais são utilizados como insumos ativos neste mercado.
Um bom exemplo
de produto natural, para a produção de “cosméticos verdes”, é o ácido láctico
natural e seus derivados, com base em lactatos, por serem alguns dos mais
seguros e eficazes ingredientes aplicados em formulações de cuidado pessoal.
Hidratantes, clareadores e rejuvenescedores de pele, assim como controle de
oleosidade são algumas das funcionalidades amplamente aplicadas desse composto
e de seus derivados que podem ser sintetizados por vias biotecnológicas.
Evidente que
todas as vantagens apresentadas pelo uso da biotecnologia na obtenção de
“cosméticos verdes” possuem um preço: alto conhecimento tecnológico. Investimentos
em pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos constituem aspectos
cruciais neste mercado. O Brasil possui conhecimento biotecnológico e isso pode
e deve ser explorado pela indústria de cosméticos brasileira.
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