Estudos realizados na Universidade de Cambridge,
Grã-Bretanha, mostraram que a droga Lemtrada, utilizada no combate à leucemia, é
eficaz para tratar pacientes com esclerose múltipla, diminuindo as chances de
uma recaída e as taxas de atrofia cerebral.
A esclerose
múltipla é uma doença auto-imune, provocada pelo próprio sistema imunológico do
paciente, e ocasiona um processo inflamatório no cérebro que compromete a
mielina, uma espécie de gordura que temos recobrindo nossos neurônios e que
mantém o funcionamento dos circuitos cerebrais. Com a perda da mesma, passamos
a ter uma diminuição na condução do estimulo nervoso, existindo a formação de
áreas de cicatrização, ou escleroses, que dão origem a diferentes sintomas
sensitivos, motores e psicológicos.
De
acordo com a pesquisa, o medicamento, agora de nome alemtuzumabe, pode ser
eficaz para pacientes que ainda não foram submetidos a nenhuma terapia assim
como para aqueles que não respondem ao tratamento convencional. Na fase final
do estudo clínico do fármaco, em um período de dois anos 65% dos pacientes que
receberam alemtuzumabe não apresentaram nenhuma crise, em
comparação com os 47% que receberam interferon beta-1a (Rebif), medicamento
receitado a pessoas com a doença.
"Embora
o alemtuzumabe possa causar efeitos colaterais sérios, eles podem ser
identificados e tratados com um programa de monitoramento", diz Alasdair
Coles, coordenador do estudo. Durante os testes, foi possível observar que o
medicamento pode ocasionar o surgimento de outras doenças auto-imunes.
Fonte:
VEJA
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