quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Teste de identificação de medicamentos falsos



Cartão muda de cor de acordo com a substância do medicamento (Foto: Saint Mary's College/Divulgação)
Cartão muda de cor de acordo com a substância do medicamento
Cientistas norte-americanos anunciaram a criação de um novo teste capaz de detectar rapidamente se um medicamento é falsificado ou legítimo.
O teste recebeu o nome de PAD, sigla em inglês para “dispositivo de análise em papel” e foi feito para comprovar a autenticidade de pílulas de paracetamol, uma substância usada para aliviar febre e as dores no corpo.
No entanto, os especialistas já têm planos para adaptá-lo a antibióticos e remédios contra a malária, o que seria de grande utilidade para a medicina. A Organização Mundial da Saúde estima que, no mínimo, 10% dos medicamentos usados nos países em desenvolvimento sejam falsificados. Países como Quênia, Nigéria, Índia, Vietnã e Panamá já registraram mortes causadas por esse problema.
O teste criado nos Estados Unidos consiste em um cartão de papel com substâncias químicas que reagem com o medicamento. Quando a reação acontece, o cartão muda de cor e indica qual é a substância contida no medicamento.
Para fazer o teste, a pílula deve ser partida ao meio e esfregada no cartão. Em seguida, o cartão deve ser mergulhado em água, para que as substâncias presentes no comprimido penetrem e reajam com as do cartão. Quando isso acontece, o cartão muda de cor.
O processo leva menos de dez minutos e poderia ser usado por hospitais, clínicas e agências reguladoras. Por enquanto, os criadores estimam que o custo de produção será abaixo de US$ 1,50 – cerca de R$ 3.
Os testes disponíveis para a identificação de remédios falsificados geralmente são feitos em laboratórios de países industrializados. Um lote suspeito encontrado na África precisa ser enviado para a Europa ou para os Estados Unidos, e o processo leva, ao todo, entre três e seis meses.
Segundo os pesquisadores, o teste já poderá ser produzido em pequena escala dentro de um ano. O principal desafio dos produtores no momento é prolongar a validade do PAD e melhorar as condições de armazenamento. As primeiras remessas foram enviadas a colaboradores do projeto no Quênia, país onde não há tecnologia de ponta para realizar o teste em laboratório.

Leia a reportagem completa aqui.

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