Cartão muda de cor de acordo com a substância do medicamento |
Cientistas norte-americanos anunciaram a
criação de um novo teste capaz de detectar rapidamente se um medicamento
é falsificado ou legítimo.
O teste recebeu o nome de PAD, sigla em inglês para “dispositivo de
análise em papel” e foi feito para comprovar a
autenticidade de pílulas de paracetamol, uma substância usada para
aliviar febre e as dores no corpo.
No entanto, os especialistas já têm planos para adaptá-lo a
antibióticos e remédios contra a malária, o que seria de grande
utilidade para a medicina. A Organização Mundial da Saúde estima que, no
mínimo, 10% dos medicamentos usados nos países em desenvolvimento sejam
falsificados. Países como Quênia, Nigéria, Índia, Vietnã e Panamá já
registraram mortes causadas por esse problema.
O teste criado nos Estados Unidos consiste em um cartão de papel com substâncias
químicas que reagem com o medicamento. Quando a reação acontece, o
cartão muda de cor e indica qual é a substância contida no medicamento.
Para fazer o teste, a pílula deve ser partida ao meio e esfregada no
cartão. Em seguida, o cartão deve ser mergulhado em água, para que as
substâncias presentes no comprimido penetrem e reajam com as do cartão.
Quando isso acontece, o cartão muda de cor.
O processo leva menos de dez minutos e poderia ser usado por hospitais,
clínicas e agências reguladoras. Por enquanto, os criadores estimam que
o custo de produção será abaixo de US$ 1,50 – cerca de R$ 3.
Os testes disponíveis para a identificação de remédios falsificados
geralmente são feitos em laboratórios de países industrializados. Um
lote suspeito encontrado na África precisa ser enviado para a Europa ou
para os Estados Unidos, e o processo leva, ao todo, entre três e seis
meses.
Segundo os pesquisadores, o teste já poderá ser produzido em pequena
escala dentro de um ano. O principal desafio dos produtores no momento é
prolongar a validade do PAD e melhorar as condições de armazenamento.
As primeiras remessas foram enviadas a colaboradores do projeto no
Quênia, país onde não há tecnologia de ponta para realizar o teste em laboratório.
Leia a reportagem completa aqui.
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