A enzima telomerase garante a vida das células tronco, mas também pode estar ligada ao desenvolvimento de algumas doenças, como o câncer. Ela recebe esse nome porque atua nos telômeros, as extremidades dos cromossomos, impedindo que estes se encurtem. Se a telomerase não está presente no cromossomo, a célula chega a um ponto em que para de se reproduzir e morre, exatamente quando os telômeros chegam a um tamanho mínimo. Nos Estados Unidos, professores da Universidade de Stanford, relataram a descoberta dos detalhes do funcionando da telomerase e como possivelmente impedí-la de atuar.
A telomerase também está presente nas células do câncer, significando que estas se multiplicam indefinidamente, sem morrer. Caso ela fosse incapacitada de manter o final dos cromossomos, as células vão parar de se multiplicar e isso o pode ser muito vantajoso no combate a doença. Os cientistas tentam entender como a telomerase funciona e, a partir disso, desenvolver terapias para o câncer e outras doenças.
"Nós identificamos agora como a telomerase é recrutada para os telômeros através de uma interação com uma proteína chamada TPP1, que reveste as pontas dos cromossomos", diz Artandi, professor de medicina. Eles ainda encontraram a região exata da proteína à qual a enzima se liga, chamada de dobra OB.
"Era impossível para até começar a entender esse mecanismo antes de nós sabermos como essas duas moléculas (a telomerase e a TPP1) interagiam. Mas agora que nós conseguimos compreender isso, nós podemos começar a pensar no desenvolvimento de inibidores - talvez na forma de peptídeos ou pequenas moléculas - que mimetizam essa disfunção. Isso pode ser muito útil em terapias contra o câncer", afirma o cientista.
Referência bibliográfica: terra.com.br
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