Microcápsulas
esféricas formadas por monocamada de lipídeos
cercando uma pequena bolha de gás oxigênio foram usadas para manter coelhos com
a traqueia bloqueada vivos por até 15 minutos. Essa experiência sugere uma
forma alternativa para a oxigenação do sangue, sem passar pelos pulmões, de
pessoas com as vias aéreas danificadas ou obstruídas. Essa técnica tem
potencial para a prevenção de ataques cardíacos e danos cerebrais induzidos por
falta de oxigênio.
Anteriormente,
diversos médicos tentaram tratar baixa oxigenação no sangue das mais diferentes
formas. Mas todas apresentaram perigos, como por exemplo, a injeção de oxigênio
livre, na forma gasosa, pode ocasionar o acumulo de bolhas maiores, formando
bloqueios potencialmente letais. A injeção de oxigênio líquido, evita esse
problema, porém o procedimento precisaria ser feito a temperaturas muito
baixas, o que apresenta alto risco ao paciente.
As
microcápsulas, no entanto, não apresenta esses riscos: o oxigênio é injetado na
forma gasosa, o que evita as baixas temperaturas, e por ele estar encapsulado e
suspenso em uma emulsão líquida, não permite que se formem bolhas maiores.
Outro
diferencial das microcápsulas é que elas não precisam receber o oxigênio do pulmão
para carrega-lo pelo corpo, pois elas são injetadas diretamente na corrente sanguínea,
onde á hemácias em circulação, fazendo com que, em segundos, o oxigênio se
difunda nas células.
A espuma
de lipídeos que recobre as microcápsulas não trazem danos para o organismo,
pois conforme o oxigênio as deixa, os lipídeos se rompem e o corpo os
reabsorve.
Os
coelhos usados nas experiências mantiveram pressão sanguínea e frequência cardíaca
normais durante os 15 minutos em que foram mantidos vivos sem respirar. Além
disso, não mostraram nenhum dano posterior causado por falta de oxigenação.
A pretensão
para essas microcápsulas é seu uso em situações de emergência, como o bloqueio
de traqueias, e não suporte para vida a longo prazo, pois elas só substituem o pulmão
por um período bem limitado de tempo, já que as micropartículas não recirculam.
Como são de ação rápida, fácil produção e baixo custo, pois são montadas
praticamente sozinhas quando componentes lipídicos são expostos a ondas sonoras
intensas em um ambiente oxigenado, são perfeitas para essas situações de emergência.
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