No dia 23 de novembro, a pesquisadora Marjolein Helder defendeu seu PhD com a pesquisa a respeito de eletricidade gerada por plantas, pela Wageningen University. A Célula de Combustível Planta-Micróbio retira eletricidade do solo enquanto a planta cresce, da seguinte maneira: a matéria orgânica não utilizada, produzida pela planta em sua fotossíntese, tem 70% de excreção realizada pelas raízes, onde localizam-se bactérias que realizam a degradação desse resíduo orgânico, causando assim a liberação de elétrons. Marjolein Helder e seus colegas inseriram eletrodos próximos de onde ocorre essa degradação e assim conseguiram gerar eletricidade através da diferença de potencial gerada.
Atualmente, o processo gera 0,4 Watts por metro quadrado de área de crescimento das plantas, mais do que se gera com a fermentação de biomassa. A intenção é que no futuro este metro quadrado gere em torno de 3,2 Watts para que assim, em 100 metros quadrados, consiga se gerar energia para abastecer uma casa com consumo média de 2800 kWh/ano. A vantagem desse método é que pode-se usar diversas escalas e também espécies de planta, como a própria grama. Inicialmente os testes estão voltados para pequenas áreas como telhados de prédios que contém jardins ou áreas remotas em países em desenvolvimento, para posteriormente se chegar ao uso de pântanos inteiros, por exemplo. A técnica ainda precisa ser aperfeiçoada para que se torne completamente renovável e sustentável mas, mesmo assim, esta pode vir a se tornar um bom rival dos painéis solares em áreas remotas.
Marjolein Helder ainda ressalta o papel social desta tecnologia: ela pode ser facilmente integrada nas áreas habitadas, tem um custo baixo para ser utilizado em países pobres que contém áreas de difícil abastecimento de energia e ainda não compete com áreas de agricultura, assim não competindo com comida ou biocombustíveis. Acredita-se que as Células de Combustível Planta-Micróbio vão poder ser implementadas em larga escala após 2015.
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