Plantas de tabaco foram geneticamente modificadas para servir de base ao cultivo de anticorpos que combatem a doença
O Reino Unido aprovou, em junho de 2011, testes clínicos para um
tratamento anti-HIV feito a partir de anticorpos (proteínas produzidas
pelas células de defesa do corpo) produzidos em plantas de tabaco
geneticamente modificadas (GM). Os anticorpos em questão são denominados
monoclonais (clones feitos a partir de uma única célula do sistema
imunológico) e combatem um alvo específico, no caso, o HIV, vírus
causador da AIDS.
Os anticorpos produzidos pelas plantas de tabaco são chamados P2G12.
As plantas GM que produzem o P2G12 foram cultivadas em estufas no
Instituto Fraunhofer, na Alemanha. O anticorpo foi isolado, purificado
e, agora, a Universidade de Surrey, na Inglaterra, começará a realizar
os testes clínicos.
Cultivo de tabaco |
Muitos fármacos – incluindo os anticorpos monoclonais – são feitos
por meio de processos caríssimos, usando tanques de fermentação com
bactérias ou células de mamíferos. As plantas têm vantagens em relação
ao uso de ingredientes de origem animal porque, além de serem mais
baratas, não carregam patógenos humanos. O tabaco foi selecionado por
ser de fácil cultivo e adequadas a esse objetivo.
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