sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os tecidos do futuro


O futuro é mais real do que se pensava. Tratando-se de roupas, as inovações estão a todo vapor. Tecidos à prova de insetos, autolimpantes e auto-remendantes são o foco de espanhóis, estadunidenses e noruegueses.

O primeiro grupo, do projeto Inseplatex, concentra-se na proteção que as roupas podem oferecer e visam aperfeiçoar essa proteção incorporando agentes repelentes ou inseticidas em tecidos sintéticos. A pesquisa tem como foco tanto profissionais que trabalham diretamente com insetos – como bombeiros, guardas florestais e agentes de combate à dengue e malária –  quanto pessoas refugiadas que dependem de ajuda humanitária.

A maior dificuldade do grupo é encontrar uma solução única de incorporação dos agentes em plásticos e tecidos e estes ainda têm que ser usados individualmente.


Do outro lado do oceano, na Universidade da Califórnia, uma equipe aprimorou um tecido de algodão e tornou-o autolimpante. A incorporação de um composto chamado 2-AQC às fibras de algodão faz com que resíduos de pesticidas e de produtos químicos quebrem quimicamente e, quando exposto à luz, bactérias sejam liquidadas, visto que não sobrevivem em presença de espécies reativas de oxigênio.


Voltando à Europa, mais precisamente na Noruega, pesquisadores buscam formas de proteger os pescadores locais e, para isso, testam protótipos de  tecidos sintéticos capazes de se autoconsertar.
Com os constantes esbarrões em equipamentos e nos barcos, é comum as roupas rasgarem. A solução encontrada foi usar um material à base de poliuretano disperso em microcápsulas no plástico. Com o rompimento da capa, as cápsulas são rompidas na área danificada, liberando o selante que endurece em contato com a água ou com o ar, consertando a roupa.


As pesquisas também visam a produção em larga escala para a sociedade em um futuro não muito distante.

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