O futuro é mais real do que se pensava. Tratando-se de
roupas, as inovações estão a todo vapor. Tecidos à prova de insetos,
autolimpantes e auto-remendantes são o foco de espanhóis, estadunidenses e
noruegueses.
O primeiro grupo, do projeto Inseplatex, concentra-se na
proteção que as roupas podem oferecer e visam aperfeiçoar essa proteção
incorporando agentes repelentes ou inseticidas em tecidos sintéticos. A
pesquisa tem como foco tanto profissionais que trabalham diretamente com
insetos – como bombeiros, guardas florestais e agentes de combate à dengue e
malária – quanto pessoas refugiadas que
dependem de ajuda humanitária.
A maior dificuldade do grupo é encontrar uma solução única
de incorporação dos agentes em plásticos e tecidos e estes ainda têm que ser
usados individualmente.
Do outro lado do oceano, na Universidade da Califórnia, uma
equipe aprimorou um tecido de algodão e tornou-o autolimpante. A incorporação
de um composto chamado 2-AQC às fibras de algodão faz com que resíduos de
pesticidas e de produtos químicos quebrem quimicamente e, quando exposto à luz,
bactérias sejam liquidadas, visto que não sobrevivem em presença de espécies
reativas de oxigênio.
Voltando à Europa, mais precisamente na Noruega,
pesquisadores buscam formas de proteger os pescadores locais e, para isso,
testam protótipos de tecidos sintéticos
capazes de se autoconsertar.
Com os constantes esbarrões em equipamentos e nos barcos, é
comum as roupas rasgarem. A solução encontrada foi usar um material à base de
poliuretano disperso em microcápsulas no plástico. Com o rompimento da capa, as
cápsulas são rompidas na área danificada, liberando o selante que endurece em
contato com a água ou com o ar, consertando a roupa.
As pesquisas também visam a produção em larga escala para a
sociedade em um futuro não muito distante.
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