Estudo
investigava consequências do estresse em ratos, mas acabou encontrado uma forma
que impedia os animais de perderem seu pêlo.
Washington - A
descoberta acidental de uma substância que fez crescer novamente pêlos em ratos
de laboratório pode abrir caminho para um potencial remédio contra calvície em
seres humanos, segundo uma pesquisa americana publicada esta semana.
"Nossa descoberta
mostra que um tratamento de curta duração com esta substância fez crescer
novamente pêlos em ratos que foram geneticamente modificados para ficarem
cronicamente estressados", explicou o Dr. Million Mulugeta, professor
adjunto de medicina da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, um dos
coautores deste estudo.
"O trabalho pode
significar o início de novas abordagens para tratar a calvície em humanos, ao
neutralizar os receptores de um hormônio que desempenha um papel-chave na
condição de estresse", acrescentou.
Tais tratamentos
poderiam tratar a perda de cabelos relacionada ao estresse e à velhice,
precisou o médico.
O estudo foi publicado
na versão on-line da revista científica americana PLoS One, uma publicação da
Public Library of Science.
Os cientistas fizeram
esta descoberta inesperada ao conduzir pesquisas sobre as maneiras como o
estresse pode afetar as funções gastrointestinais.
Para isso, utilizaram
ratos geneticamente modificados para produzir em excesso corticotropina ou CRF
(corticotrophin-releasing factor), um hormônio de estresse.
Ao envelhecer, esses
ratos começaram a perder os pêlos, principalmente nas costas, ao contrário do
grupo controle de roedores não modificados geneticamente.
Pesquisadores do
Instituto Salk na Califórnia, membros da equipe que desenvolveu o trabalho,
conseguiram criar um peptídeo, uma substância química batizada de
"astressin-B", que bloqueia o efeito estressante do hormônio CRF e o
injetaram nos ratos que perdiam os pêlos.
Três
meses mais tarde, os médicos voltaram para analisar os efeitos do astessin-B,
mas não conseguiram distinguir os ratos geneticamente modificados dos outros,
já que seus pêlos haviam voltado a crescer totalmente.
A substância continuará sendo testada e estudada pelos médicos, mas sua aplicação em humanos poderá estar muito perto de acontecer.
Maiores informações poderão ser lidas no link abaixo:
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