sábado, 29 de outubro de 2011

Pesquisas criam artérias a partir de cana e porco


Olá, bom dia, leitores do blog! Hoje, o assunto será a construção de tecido consituídos por biopolímeros ou com as moléculas constituintes de vaso sanguíneo, no caso dos porcos, substituindo artérias. Equipes formadas por médicos, biomédicos e veterinários de universidades públicas do país desenvolvem há oito meses testes com os dois tipos de prótese de artéria.

"O objetivo é diminuir a progressão da doença vascular e restabelecer a circulação onde haja obstruções e até risco de amputação ou infarto", afirma o cirurgião vascular Esdras Marques, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), autor da nova técnica com base na cana.

Ele explica que, para criar a artéria, a cana-de-açúcar é moída para retirar o melaço. Nele se coloca uma bactéria, cultivada em laboratório, que "come" o melaço e gera, como subproduto, um biopolímero, espécie de membrana.
A partir dessa membrana, a artéria é construída por pesquisadores da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco).

Depois de esterilizada, ela é introduzida nas artérias e veias femorais de cachorros, no Núcleo de Cirurgia Experimental da UFPE. "A prótese se mostrou muito resistente, adaptando-se perfeitamente ao organismo. Até agora, não tivemos problemas de rejeição", afirma Marques.

Versão suína:
Pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) desenvolvem um trabalho com o mesmo objetivo, mas com material de origem suína. A artéria é retirada do porco e, por meio de técnicas de bioengenharia, as células do animal são eliminadas. Restam só as moléculas que constituem os vasos, minimizando a rejeição.

Na primeira fase da pesquisa, células humanas obtidas de placentas doadas foram adicionadas ao material, reconstituindo as artérias suínas. A etapa seguinte foi testar a prótese em ovelhas.
Desde março, três ovelhas receberam os transplantes na carótida (artéria que passa através do pescoço), feitos na faculdade de Veterinária da UENF (Universidade Estadual do Norte Fluminense).

"A primeira [artéria] entupiu em dois dias por falta de anticoagulante. Já o transplante das outras duas foi um sucesso porque aplicamos anticoagulante antes e depois da operação", disse o cirurgião vascular André Marchiori, que também é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Vascular.

A reportagem completa pode ser acessada clicando-se aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário