terça-feira, 11 de outubro de 2011

Conexão artificial a neurônios devolve movimento a membros paralisados


Cientistas utilizam a biotecnologia para desenvolver um aparelho que faz uma transmissão artificial no sistema nervoso humano, fazendo com que pessoas que perderam a capacidade de movimentar seus músculos, possam comandá-los através de um pequeno aparelho, que se liga ao cérebro por eletrodos.


Cientistas da Universidade de Washington, em Seattle, nos Estados Unidos, implantaram eletrodos no cérebro de dois macacos. Cada eletrodo captava sinais de um único neurônio e estes sinais eram encaminhados para o computador através de um circuito externo. Os sinais nervosos controlaram um cursor na tela e os macacos foram treinados a mover o cursor usando apenas sua atividade cerebral.

Depois disso, os cientistas paralisaram temporariamente o pulso dos macacos usando anestesia local. Eles reencaminharam os sinais dos eletrodos para distribuir sinais elétricos para os músculos do pulso e descobriram que os macacos poderiam controlar seus membros paralisados usando a mesma atividade cerebral. Os macacos aprenderam a fazer isso em menos de uma hora.

A tecnologia ainda é limitada a músculos paralisados temporariamente. Mas, para o futuro, os pesquisadores buscam desenvolver um dispositivo semelhante que possa ser útil para permitir que indivíduos com paralisias severas acendam a luz, pressionem um botão ou segurem uma xícara de café.

Segundo os cientistas, fazer conexões diretas do cérebro para o músculo poderia evitar o pesado processamento via computador necessário para decodificar os sinais que alimentam os braços robóticos e outras próteses, como acontece nos experimentos realizados até hoje, pois a pesquisa da Universidade de Washington se baseou num chip alimentado por bateria do tamanho de um celular. Futuramente, o chip pode ficar bem menor.

"Já temos muitos eletrônicos que podem ser colocados dentro de um bolso de camisa. Esperamos em alguns anos ter esse equipamento pequeno o suficiente para ser implantado sob a pele, como um marca-passo", declarou o coordenador da pesquisa, Chet Moritz.

Leiam o artigo original da REVISTA NATURE no link: <http://www.nature.com/news/2008/081015/full/news.2008.1170.html>

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