quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Células-tronco também combatem queimaduras


Queimaduras são lesões na pele que podem ser causadas por diversos fatores tais como eletricidade, determinados produtos químicos e até mesmo calor ou frio em excesso. Essas lesões promovem uma irritação na área atingida, pois como ocorre a danificação da epiderme, os filetes nervosos ficam expostos e em contato com o ar, o que provoca a dor.
Pesquisadores do Instituto McGowan de Medicina Regenerativa, da Universidade de Pittsburgh, localizada nos Estados Unidos, descobriram uma forma de regenerar completamente a pele humana queimada, aliviando, portanto, a dor sofrida.
Com os avanços de pesquisas com células tronco, foi possível criar um spray que pode ser a cura definitiva para queimaduras. O projeto desenvolvido pelo Dr. Jörg Gerlach ainda está em fase inicial, mas os resultados são bastante positivos. O processo leva apenas uma hora e meia, no qual são retiradas células tronco adultas do indivíduo e essas são distribuídas sobre a região queimada através de um tipo de spray. Em poucos dias, a pele poderá estar completamente restaurada.
Este processo substituiria os transplantes, técnica na qual são implantados pedaços novos de pele sobre as áreas afetadas. Porém, esse processo utilizado atualmente, promove a formação de uma nova camada cutânea bastante sensível. Essa alta sensibilidade, dificuldade a recuperação total do paciente.
A invenção eliminaria este processo longo e doloroso, além de prevenir as mortes decorrentes de queimaduras graves, que ocorrem por infecções causadas pela falta da pele. Até agora foram realizados testes com 12 pacientes, que apresentavam queimaduras leves. Todos eles apresentaram ótimos resultados, obtendo a regeneração completa do ferimento em apenas quatro dias, o que releva a eficiência das células-tronco também contra as queimaduras.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

TRANSGÊNICOS - Uma Introdução


Ultimamente, com o avanço da engenharia genética e biotecnológica, vários estudos e trabalhos científicos têm demonstrado avanços significativos na manipulação do material genético de plantas e outros seres vivos. Alvos de discussões sobre suas vantagens e desvantagens, a ciência dos transgênicos está em pleno desenvolvimento. Alguns ambientalistas ainda acusam os alimentos transgênicos de causar impactos irreversíveis ao meio ambiente.

Os alimentos transgênicos são modificados geneticamente em laboratórios com o objetivo de conseguir melhorar a qualidade do produto. Os genes de plantas e animais são manipulados e muitas vezes combinados. Os organismos geneticamente modificados, depois da fase laboratorial, são implantados na agricultura ou na pecuária. Vários países estão adotando este método como forma de aumentar a produção e diminuir seus custos.

Através da modificação genética, técnicas que incluem DNA recombinante, introdução direta em um ser vivo de material hereditário de outra espécie, incluindo micro-injeção, micro-encapsulação, fusão celular e técnicas de hibridização com criação de novas células ou combinações genéticas diferenciadas, ou seja, que não encontramos na natureza.

Na agricultura, por exemplo, uma técnica muito utilizada é a introdução de gene inseticida em plantas. Desta forma consegue-se que a própria planta possa produzir resistências a determinadas doenças da lavoura. A Engenharia Genética e Biotecnológica tem conseguido muitos avanços na manipulação de DNA e RNA. 

A biotecnologia aplica essas técnicas também na produção de alimentos. Engenheiros biotecnológicos têm usado e pesquisado determinados métodos de produção de tecidos e órgãos humanos. Até mesmo seres vivos tem surgido destas pesquisas. O caso mais conhecido foi da ovelha Dolly. A técnica da clonagem foi utilizada gerando um novo ser vivo.


Texto retirado e modificado do site: http://www.suapesquisa.com/transgenicos/

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ferramenta Genética: identificados marcadores moleculares de carne macia em gado nelore

Estudos realizados por uma rede coordenada de pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da unidade Pecuária Sudeste (em São Carlos) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mostraram que uma nova tecnologia possibilita prever se um determinado animal da raça nelore terá ou não uma carne tenra.
A tecnologia consiste no uso de marcadores moleculares, isto é, variações na sequência de DNA que permitem diferenciar os indivíduos de uma espécie e identificar os animais com predisposição genética para ter a carne mais macia.
A importância dos resultados dessa pesquisa para a pecuária nacional é consequência de um estudo anterior realizado com a raça canchim. Tal raça foi desenvolvida na década de 1940, a partir de uma raça de origem francesa e outra de gado zebuíno. Essa mistura de raças teve como objetivo reunir qualidades como a rusticidade e a capacidade de adaptação às condições tropicais brasileiras. O interesse em localizar os genes que contribuem para as diferenças na produção e qualidade da carne de bovinos é o motivo que explica o uso de marcadores moleculares, os quais nem sempre produzem diferenças visíveis entre os indivíduos, mas podem ajudar a localizar regiões do genoma que produzem tais diferenças. Durante esses estudos realizados com o gado canchim, foi possível coletar informações sobre a espessura de gordura subcutânea (EGS), cuja importância está ligada ao melhor desempenho econômico da raça, pois ajuda na proteção da carne durante o armazenamento sob refrigeração.
Dessa forma, o grupo resolveu procurar variações no gene DDEF1, responsável pela presença da proteína DDEF1, que está envolvida na capacidade do animal em produzir e armazenar gordura corporal. O maior conhecimento a respeito do gene possibilitaria saber qual o tipo de relação entre as variações do gene e a quantidade de gordura subcutânea no canchim.

Para identificar as associações entre os marcadores e as características de interesse é necessário ter informações fenotípicas, como a EGS e a área do olho do lombo, a AOL (seção do músculo traseiro correspondente ao contrafilé). Essa área é usada como uma medida relacionada com a produção de carne do animal. Assim, pesquisadores submeteram os dados a modelos matemáticos que permitem incluir os efeitos ambientais e genéticos relacionados às características de produção e, dessa maneira, com o avanço das metodologias de análise de marcadores, será possível predizer um valor genômico para cada animal, o qual indicaria com maior precisão a influência dos genes nas características de tais animais.
Com base nesses estudos, foi possível formar uma rede de pesquisa, na qual os pesquisadores avaliam a variabilidade genética de animais da raça nelore para a conseqüente avaliação da qualidade e eficiência na transformação de alimentos em carne, seu temperamento, entre outras características. No decorrer das análises, foi descoberta uma associação entre a variante associada à maior área do olho do lombo e a maior maciez da carne. Logo, a seleção do nelore com base nessa variação deve aumentar a musculosidade e a maciez da carne, trazendo nao só benefícios econômicos, mas também a necessidade de uma menor área de produção, menor emissão de gases de efeito estufa, já que são animais mais eficientes, entre outros. A próxima etapa do grupo de pesquisa é encontrar potenciais parceiros que sejam capazes de comercializar a tecnologia, já que esta ainda não se encontra disponível para produtores.

Para ler a reportagem na íntegra, acesse: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=4328&bd=1&pg=1&lg=
Fonte: Revista Pesquisa Fapesp - Janeiro/2011 - n°179

domingo, 28 de agosto de 2011

É possível prevenir o câncer!

Cerca de 80% dos casos de câncer estão relacionados ao ambiente, o que engloba o local de trabalho, alimentação, medicação e estilo e hábitos de vida. Os casos por hereditariedade são mais raros. Dessa forma, cuidar da saúde é o caminho para aliviar o fardo que o câncer representa para a sociedade. A União Internacional Contra o Câncer afirma que um terço dos casos de câncer poderia ser evitado se houvesse adoção de medidas preventivas.

Pesquisas comprovam que pelo menos 30% das mortes por câncer são causadas por hábitos não - saldáveis, como uso de tabaco e álcool. Por isso, o apelo pela diminuição até a erradicação do consumo de tabaco é alvo de diversas campanhas. O fumo está comprovadamente ligado ao câncer de pulmão, garganta, boca e esôfago. Mesmo aqueles que não consomem, mas que convivem com fumantes, correm o risco de desenvolver, não só o câncer, como também problemas respiratórios. O consumo excessivo de álcool, além de causar cirrose hepática, aliado a outros fatores de risco, está associado a 2-4% das mortes por câncer. E está ligado ao câncer de fígado, reto e, possivelmente, de mama. A dica para quem opta pelo consumo é que o limite seja de dois drinques para homens e um para mulheres, por dia.

Outros fatores com que se deve ter cuidado são alimentação e atividade física. Um terço dos diagnósticos de câncer está relacionado a uma alimentação inadequada. De acordo com uma pesquisa do Ministério da Saúde, o brasileiro mudou sua dieta para pior, por ainda comer muita carne gordurosa e por aumentar o consumo de alimentos semi-prontos, que são menos nutritivos. Aqui a recomendação é que se ingira menos gordura, principalmente as animais e vegetais hidrogenadas. É aconselhável o consumo de cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes, o aumento do consumo de fibras, como grãos e cereais e também se aconselha que o brasileiro não abandone o seu habitual arroz com feijão. Além da alimentação saudável, é necessário o aumento da atividade física, pois o sedentarismo também está associado ao câncer. Recomenda-se 30 minutos de exercício, três vezes por semana, podendo este ser uma caminhada ou até mesmo pular corda e subir escadas.

Alguns cânceres são mais específicos, como no caso de câncer de pele e de útero. Para esses casos a prevenção parece mais simples. O uso do protetor solar, no mínimo fator de proteção 15, é imprescindível, independente de cor de pele, sexo ou idade. A exposição à radiação solar é a principal causa do câncer de pele. Para aqueles que se expõem por mais tempo, é recomendado o uso de bonés e camisas de manga longa. O câncer de útero está ligado ao vírus HPV e o índice de mulheres infectadas vem aumentando. Nesse caso, para mulheres com vida sexual ativa, aconselha-se a realização de exames de rotina (ultra-som e Papanicolau) anualmente, além da prática do sexo seguro.

Uma vida saudável pode trazer muito mais benefícios além da prevenção do câncer. Alimentação saudável e prática de exercícios físicos previnem o envelhecimento precoce, além de melhorar a auto-estima. O filtro solar também retarda o envelhecimento da pele. Dentre outras dicas, é importante dormir bem e beber bastante líquido. Cuide-se e previna-se: a prevenção é melhor do que a cura.

Rafaela Herrera Silva, do departamento de Gestão de Pessoas, BiotecJr.

sábado, 27 de agosto de 2011

O Câncer tem cura?

O câncer é um conjunto de mais de 100 doenças, sendo assim não podemos dizer se há cura ou não de forma universal. A possibilidade de cura depende basicamente do tipo do tumor e do estágio de desenvolvimento. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de cura, por isso é importante se informar e estar atento aos sinais do corpo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMG), mais da metade dos casos já tem cura. Os países desenvolvidos têm as melhores estatísticas, devido a métodos mais avançados de diagnóstico. O INCA enfatiza que é responsabilidade de qualquer médico ajudar na detecção de um tumor, mesmo ele não sendo especialista na área. Tal importância se deve ao fato de que a maior arma na luta contra o câncer é o diagnóstico precoce. No entanto, não são todos os tipos de tumor que permitem isso, mesmo assim a OMG afirma que 40% das mortes poderiam ser evitadas.

Quem tem papel fundamental nessa luta é a sociedade. Quanto mais informada a população estiver, mais casos podem ser descobertos precocemente. A partir disso, a Fundação do Câncer lançou uma campanha: Falta de informação causa câncer. Ela objetiva informar sobre os riscos do câncer de pulmão, infarto e outras doenças, para pessoas não fumantes, mas que tem contato com a fumaça de produtos derivados do tabaco. No site da fundação (www.fundacaodocancer.org.br), é possível fazer um teste para verificar se o indivíduo faz parte do grupo de risco. Iniciativas como essa são comuns. Outros institutos, como o Oncoguia, buscam informar a população sobre o câncer, contando com a internet, rádio e TV. O Oncoguia conta com um site (www.oncoguia.com.br) repleto de informações sobre a doença, tratamentos, fala sobre a vida com o câncer, também constam lá, vídeos com depoimentos, além de falar sobre os direitos do paciente com câncer. O instituto tem um programa aos domingos, chamado “Conversando sobre o Câncer”, sendo transmitido para todo o Estado de São Paulo pela rádio FM 95,7 ou AM 660. Outras iniciativas são muito conhecidas, como o McDia Feliz e caminhadas contra o câncer.

É importante lembrar que mesmo havendo casos sem cura, o indivíduo pode ter uma vida saudável por muito tempo. Nesse caso, a doença fica controlada e é tratada como uma doença crônica (doenças de tempo longo e geralmente de progressão lenta, como diabets). O tratamento do câncer, em geral, requer um conjunto de atividades, além da medicação. Faz-se necessária uma nutrição melhor, atividade física e também acompanhamento psicológico, este tanto para o paciente quanto para família.

Podemos afirmar que o câncer é uma doença curável, mas não em todos os casos. Infelizmente, no Brasil, ainda a maioria dos casos não tem cura, no entanto as estatísticas melhoram a cada ano, isso se deve a novos métodos de diagnósticos desenvolvidos. Os índices podem ser ainda melhores se a população estiver mais informada, prevenindo-se, fazendo auto-exame, no caso de câncer de mama, visitando periodicamente um urologista, no câncer de próstata e, claro, buscando informação sobre os tipos de câncer e seus sintomas.

Rafaela Herrera Silva, do Departamento de Gestão de Pessoas – BiotecJr.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Como o câncer começa?


A célula é a menor unidade funcional do corpo, capaz de desempenhar funções básicas, como crescimento e multiplicação. Cada uma carrega em seu núcleo as informações básicas à vida: o ácido desoxirribonucléico (DNA, sigla em inglês). Este contém espécies de códigos para que a célula produza suas proteínas e outras moléculas, a fim de exercer suas funções. A esses códigos damos o nome de genes, que representam apenas uma parcela de todo material genético da célula, cerca de 1%. Os outros 99% tem função estrutural, de manutenção e proteção do DNA.

Quando uma célula se divide, ela duplica todo seu material genético. A cada divisão, pode haver erros na duplicação de seu DNA, o que chamamos de mutação. As mutações ocorrem também por fatores ambientais, como tabaco, álcool, poluição ou radiação solar. O estresse acumulado pode causar alteração no material genético, através da formação de radicais livres, grandes vilões desse processo, uma vez que esses elementos são altamente reativos e entram facilmente em contato com o DNA da célula. Uma dieta com excesso de ferro, rica em agrotóxicos e gorduras trans resulta também na formação desses mesmos radicais.

Os ácidos desoxirribonucléicos são feitos de uma seqüência de nucleotídeos que darão a receita certa para as proteínas a serem formadas. Quando existe um erro nessa seqüência, uma mutação, o produto final não é formado ou é modificado (de maneira que ele não exerça a função adequada), como se faltasse um ingrediente no bolo. Esse produto final pode ser essencial pra vida da célula, assim ela morre ou é eliminada por processos de defesa do corpo. No câncer, porém, a mutação não ocorre em um gene vital, mas sim em genes “dormentes”, que sendo estimulados, tornam a célula inimiga do corpo, pois vai nutrir-se para se multiplicar e não irá exercer nenhuma função em tecido ou órgão. Esses genes são chamados de protooncogenes (genes que podem originar o câncer), que, quando estimulados, se tornam oncogenes, responsáveis pela cancerização da célula.

Em uma seqüência de eventos, a formação do câncer acontece em três etapas. Primeiramente, a célula entra em contato com agentes cancerígenos, que causarão mutações em alguns genes (protooncogenes), de maneira que a célula fique propensa ao desenvolvimento de um tumor. Na segunda etapa, um processo prolongado de ação de outros agentes, agora oncopromotores (que promovem o câncer), levando a malignização das células atingidas. Essas células, agora, não reconhecem o sinal de quando é hora de parar de crescer ou de morrer, passando para a última fase. Nesta haverá formação de vasos sanguíneos, os quais irão nutrir o crescimento descontrolado do tumor, além de promover a disseminação pelo corpo. 

Rafaela Herrera Silva - membro do Departamento de Gestão de Pessoas – BiotecJr.

O câncer e a Organização Mundial da Saúde


O dia 4 de fevereiro é o dia mundial do câncer, decretado pela Organização Mundial da Saúde (WHO- World Health Organization), que apóia a União Internacional Contra o Câncer. Esse dia visa promover maneiras de amenizar o fardo global do câncer, prevenindo a doença e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) define a doença como um conjunto de mais de 100 doenças, que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de neoplasia (formação de tumor por aumento do número de células) – podendo ser benigna ou maligna. Um tumor benigno significa uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida. Por não ser vascularizado, o esse tumor tem suas células mais externas se multiplicando, mas as células mais internas morrem por falta de nutrientes, por isso a taxa de crescimento é baixa. O tumor maligno, por sua vez, caracteriza-se pelo crescimento desordenado rápido, invasão de outros tecidos e órgãos (metástase). Este, geralmente, têm capacidade de formar novos vasos sanguíneos, que nutrem as células cancerosas e as mantêm ativas. Além disso, permitem que haja metástase, uma vez que uma célula se desprende do tumor e migra via corrente sanguínea.

Quanto mais cedo a doença for detectada, melhores os resultados ao tratamento. Isso se deve ao fato de as células cancerosas serem menos especializadas nas funções de seu tecido correspondente. Assim, conforme as células doentes vão substituindo as normais, os tecidos invadidos perdem sua função.

Atualmente, os tratamentos possíveis são radioterapia, quimioterapia e transplante de medula óssea. O primeiro consiste na utilização de radiação local para impedir a proliferação das células e/ou destruí-las. Pode ser usado tanto para cura, quanto para a melhoria da qualidade de vida do paciente, uma vez que o tratamento alivia alguns sintomas como a dor. A quimioterapia utiliza medicamentos no combate ao tumor. Misturam-se ao sangue e agem de várias formas, além de combaterem as células doentes, evita que essas se espalhem para outras partes do corpo. O transplante de medula óssea é utilizado no caso de doenças que afetam as células do sangue, como leucemia e linfoma. Nele substitui-se a medula deficiente por células saudáveis de medula óssea, de forma com que essas reconstituam uma medula saudável.

A boa notícia é que a doença pode ser prevenida. Segundo a Organização Mundial de Saúde 40% das mortes por câncer podem ser prevenidas. O Plano de Ação Contra o Câncer da WHO diz que a prevenção é feita reduzindo o uso do tabaco, melhorando a dieta e atividades físicas, baixando o consumo de álcool, eliminando ambientes de trabalho carcinogênicos (que estimulam a formação do câncer) e imunizando a população dos vírus da hepatite B e papilomavírus humano (HPV).

Rafaela Herrera Silva
Membro do departamento de Gestão de Pessoas – BiotecJr.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Fungos ajudam no reflorestamento de florestas queimadas


Com as altas temperaturas que vem ocorrendo por todo globo, muitas matas tendem a se incendiar, acabando com uma grande porção de área verde existente em todo planeta. Devido a tal situação, começou-se a pesquisar maneiras de acelerar o reflorestamento dessas matas, já que esse é um processo muito demorado de se ocorrer; e foi a partir desta idéia que alunos da Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica do Porto fizeram uma recente descoberta a qual utiliza fungos para quintuplicar a velocidade de reflorestamento de matas queimadas.
A idéia partiu de um princípio simples: colonizar a região queimada com indivíduos mais propícios a tal ambiente. Com isso eles começaram a preparar mudas de plantas juntamente a uma espécie de fungo que sobrevive facilmente nesse tipo de terreno. Ao juntar as duas espécies, percebeu-se que os fungos geravam benefícios, não só ajudando a planta a crescer mais rápido como as tornando mais forte contra pragas.

De acordo com a pesquisa, os benefícios que se têm verificado em termos de crescimento podem variar entre as 2 e as 5 vezes, sendo esses resultados muito estimulantes.
Junto a descoberta, existe um segundo ponto importante a ser salientado, que com a implantação de fungos nessas florestas, pode-se começar um cultivo de cogumelos visando um enfoque econômico, o que acabaria por gerar uma nova movimentação financeira para a região.
Mas uma vez, a necessidade leva o homem a descobrir novos fatores que podem influenciar num melhor futuro para todos.


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ecstasy no tratamento de câncer?


O ecstasy (ou droga do amor) ficou famosa por sua presença em festas “tipo rave”. Porém, agora, cientistas da Universidade de Birmingham, na Inglaterra estão avaliando se esta droga pode ser útil no tratamento de cânceres sanguíneos, a entender:
 Linfoma: Resultado de um dano ao DNA de uma célula precursora de um linfócito, isto é, uma célula que irá se transformar em linfócito. Essa alteração ou mutação do DNA gera uma transformação maligna resultando no crescimento e multiplicação excessivos dos linfócitos.
Mieloma: é um câncer que se desenvolve na medula óssea, devido ao crescimento descontrolado de células plasmáticas, ou seja formas especializadas de linfócitos B, produtores de anticorpos.
Leucemia: Ocorre quando há uma alteração genética adquirida (não congênita) nas células primitivas da medula óssea, não se tratando de um fenômeno hereditário.
 
              

Os pesquisadores isolaram e manipularam a parte de interesse da droga de modo a aumentar em 100 vezes a sua capacidade destrutiva de células cancerígenas. Estuda-se agora uma forma eficiente de fazer com que a molécula da droga se insira na célula do tumor , transpondo a barreira da parede celular com facilidade.
 Já é sabido que alguns tipos de câncer, que afetam o sistema de defesa do organismo, respondem aos efeitos de determinadas drogas, como Prozac (antidepressivo indicado para tratamento de TOC e bulimia nervosa, por exemplo), pílulas para emagrecer, além do próprio ecstasy.
O professor da referida universidade e que está ligado ao projeto, apresentou-se bastante otimista com as pesquisas e sugere um potencial avanço nos estudos, daqui a alguns anos, porém não quer criar, precipitadamente, muitas expectativas na população. Os estudos continuam, pois ainda é incessante a busca por drogas com alta eficiência e poucos efeitos colaterais.




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domingo, 21 de agosto de 2011

Célula a Combustível

  Uma nova fonte de energia limpa está em voga, é a chamada "célula ou pilhas a combustível".
 As células a combustível foram utilizadas pela primeira vez para fornecer energia elétrica para as naves espaciais tripuladas em diversos voos e suas vantagens logo se tornaram claras.
 A idéia básica de uma célula a combustível é converter hidrogênio e oxigênio em água, gerando diretamente eletricidade. Isso é possível injetando-se os dois gases em eletrodos porosos especiais. Com um rendimento de energia muito alto.
As grandes vantagens dessas células estão no fato de que o combustível hidrogênio é muito fácil de obter, existindo em grande quantidade na natureza e que o produto de sua queima é a água que não polui e melhor ainda, é de extrema importância.
 A desvantagem está ainda no preço e tamanho. Além de serem grandes e pesadas elas são caras.
 Uma empresa já está fabricando pequenas células que servem para alimentar computadores e outros equipamentos de menor porte. Do tamanho aproximado de uma caixa de sapatos, você simplesmente conecta um pequeno tubo de hidrogênio no local apropriado, e a "queima" desse gás produz energia para alimentar seu computador durante dias. No final, você retira o tubo vazio colocando um novo e esvazia um pequeno reservatório onde a água, produto da combustão, foi armazenada.
 No entanto, com o desenvolvimento dessa tecnologia, a tendência é que possamos contar com esse tipo de gerador mais barato, para alimentar nossos aparelhos domésticos como computadores, televisores portáteis, lanternas, celulares e muito mais, queimando hidrogênio e produzindo água, sem poluir e sem esgotar as reservas naturais de combustível.
 

Newton C. Braga
(*) Newton C. Braga é diretor técnico das Revistas Saber Eletrônica e Eletrônica Total, colabora com as revistas Mecatrônica Fácil e Mecatrônica Atual, tem mais de 100 livros publicados no Brasil e Exterior.

Leia mais: http://www.gazetapenhense.com.br/materia.php?materia_id=1132

sábado, 20 de agosto de 2011

Alga-Marrom, um novo aliado ao tratamento contra a obesidade


          Em um recente evento, voltado ao mercado de substâncias naturais, que aconteceu em São Paulo, houve a apresentação de um novo produto que se destacou perante e os demais devido a grande expectativa que girava em torno dele, expectativa que garante torná-lo um forte aliado ao combate contra a obesidade.
          A substância tão polemica é uma alga, conhecida como alga marrom. Essa alga é encontrada no território Frances e tem a capacidade de fazer com que quem a ingira emagreça quase três quilos em dois meses. Essa característica que ela detém provém da capacidade que ela possui de inibir duas das principais enzimas responsáveis pela ingestão a absorção de calorias no organismo, que são a Amilase e a Lipase.
          Esse produto foi apresentado pela empresa Bioserae Laboratories, que conseguiu resultados promissores em suas pesquisas em relação a essa alga. Ela ainda não está sendo livremente comercializada, pois testes ainda estão sendo feitos para determinação de efeitos colaterais e segurança do consumidor, mas se tudo ocorrer como planejado, logo mais ela já estará no mercado.

          Ainda, essa mesma instituição apresentou estudos sobre o Ômega 3, querendo implantar no mercado alimentício uma semente conhecida como semente de chia (semente de uma planta chamada de Salvia hispânica) devido a comprovação que essa semente é riquíssima em ômega 3 que é uma gordura boa, a qual nós humanos não processamos, mas que é de extrema importância para o funcionamento correto de nosso organismo; mostrando assim como cada vez mais a indústria investe em pesquisa de alimentos saudáveis e com propriedades diferenciadas para tentar assim gerar padrões de saúde mais altos para toda população.
Para mais informações, visitem:

O Segredo por tras das Células Tronco


A função efetiva das células tronco no corpo humano é o de ajudar no reparo de uma lesão, pesquisas no mundo todo revelam um futuro promissor com o uso de tais células para o tratamento de tecidos lesionados ou doentes.
         Doenças como Parkinson, Alzhaimer, e até mesmo neuromusculares.
         A terapia com células tronco nos possibilita o tratamento de doenças e lesões através da substituição de tecidos mormente doentes por células saudáveis.
         Células troncos adultas são encontradas em vários tecidos, medula óssea, sangue, fígado, e até  na arcada dentária, também é possível obter células tronco adultas através da placenta e no cordão umbilical, porém, em referidas pesquisas laboratoriais nota-se que estas sugerem melhora no  quadro clinico, contudo não precisamente, os cientistas são capazes de formar o tecido lesionado para promover a melhora, ou até mesmo se pacientes com doenças genéticas se beneficiariam de suas próprias células.
         Outrora, as pesquisas com células tronco embrionárias, demonstram-se com mais eficácia na formação de qualquer tecido humano.
         A tão falada clonagem terapêutica é a transferência de núcleos de uma célula para um óvulo sem núcleo, esse óvulo ao dividir-se gera, células potencialmente capazes de produzir qualquer tipo de tecido. Essa técnica em nada tem a ver com a clonagem reprodutiva, técnica utilizada para criação de cópia fiel de um individuo, nela é transferido o núcleo de uma célula para um óvulo sem núcleo, a diferença esta na implantação para um útero humano, e aí sim o estagio do Clone Humano etária cumprido.
         O legislador brasileiro em sua Lei 11.105/05 Lei de Biossegurança, artigo 6 inciso IV ressalta:
Art. 6o Fica proibido:
IV – clonagem humana;
Certo esta que mediante a estudos sistemáticos de preceitos biológicos, cinge-se a obrigatoriedade de cumprimento a rigor da Lei. 
O que caracteriza um ser vivo é seu genoma ativo, a parte do material genético que o mesmo utiliza na fase em que se encontra completamente diferenciado, no estagio  de nidação onde o embrião se implanta no endométrio, é que se encontra as células tronco embrionárias, por consecutivamente nenhuma diferenciação embrionária, ou seja não existe caracterização de “pessoa”; conseguinte obtemos a gástrula, primeira diferenciação embrionária onde a ectoderme e a endoderme são criadas e assim as células tronco embrionárias já perderam potencialidade.  
Importante lembrar que na mesma Lei 11.105/05 Lei de Biossegurança, em seu artigo 5 inciso I e II.
Art. 5o É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
I – sejam embriões inviáveis; ou
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
         As células troncos embrionárias regulam-se através de proteínas especificas, colocando em Xeque a diferenciação que as células adultas podem causar transformando por exemplo células coronárias em células renais.
         Não obstante a analise das Células tronco embrionárias imperioso esta que embriões estocados há mais de 3 anos, tem menos de 3% de chance de vingar em uma gravidez, isto ocorre por vários fatores, e um deles é a formação de cristais de gelo dentro das células, que correspondem ao material genético.
         Na analise da constitucionalidade do artigo 5º da Lei de Biossegurança que autoriza a utilização de embriões para retirada de células tronco embrionárias , chega-se a conclusão de que não há violação da Vida Humana, porquanto o embrião que será utilizado não encontra tutela bastante no direito brasileiro, pois implícito a não compreensão do embrião como pessoa.
         A inviolabilidade do direito a vida e a dignidade da pessoa humana, pode ser tão importante e reflexiva, inclusive com mais ênfase quando temos em casa um portador de moléstia degenerativa ou  um parente, ou amigo que perdeu movimentos.
         Deixa nas entrelinhas, a síntese de um complexo engedrado capciosos, acreditando que a reflexão de novos caminhos seja  o objetivo do homem em busca do conhecimento e sabedoria.
         Se a morte é um processo de eventos mal conhecidos, e para atesta-la necessariamente verificamos o sistema nervoso central, no qual não havendo função neurológica da-se o que chamamos de “morte cerebral” , claro não esta que bastaria o nosso legislador preponderar o inicio da vida quando da formação neurológica do feto, tornando ativo o exercício do direito, vislumbrando principalmente a possibilidade jurídica e o resguardo de todas as garantias fundamentais aduzidas na Constituição Federal.
         A eficácia dos tratamentos com células tronco nos permite dizer que pesquisas devem continuar, pois o sonho de tratarmos doenças temíveis, começa a se transformar em realidade.

“O verdadeiro homem de valor, não é aquele que enfrenta a dor, mas sim aquele que incansavelmente tenta suporta-la”.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Entrevista do mês de Agosto


O Jornal Biotec fez uma entrevista com o aluno de graduação da Engenharia Biotecnológica – Kairo Dias Gonçalves - que trabalha com a produção de lipases por fungos filamentosos cultivados em resíduos agroindustriais visando aplicação do sólido fermentado em reações de transesterificação para a obtenção de biodiesel

Projeto: Produção de Lipases por Fermentação em Estado Sólido Visando Aplicação em Transesterificação
Orientador: Profa. Dra. Valéria Marta Gomes de Lima

Jornal Biotec – O que fez você se interessar por tal assunto? 
Kairo Dias: Desde o início da graduação sempre me interessei pela área da microbiologia. Essa área permite obtermos diferentes produtos de interesse humano a partir de microorganismos, cujo cultivo, manipulação e produção são simples se comparados a outros organismos empregados na obtenção de moléculas de interesse. Animais experimentais, como ratos ou camumdongos, conseguem expressar a dor, enquanto que um fungo não, nem mesmo quando eu o destruo por completo. Dentro dessa área, o que me chamou a atenção foram os biocombustíveis, que tem crescido bastante nos últimos tempos. Assim sendo pretendi obter algum biocombustível a partir de algum produto de algum microrganismo e com isso acabei chegando a essa minha linha de pesquisa.

Jornal Biotec – Você saberia dizer se indústrias poderiam apresentar algum interesse por essa linha de pesquisa?
Kairo Dias: A linha de pesquisa em si é extremamente interessante e inovadora por empregar, como meio sólido para o crescimento de fungos filamentosos resíduos agroindustriais cujo volume cresce exponencialmente no Brasil e por gerar um produto de elevado valor agregado (biodiesel).  No entanto a Fermentação em Estado Sólido (FES) possui algumas limitações se comparada à fermentação tradicional, como a dificuldade de controle de alguns parâmetros como o crescimento de biomassa, aeração e entre outros. Além disso, a aplicação do sólido fermentado em reações de transesterificação é algo bem novo e muito discutido, pois questões de homogeneidade e de concentração de enzima imobilizada no suporte vêm à tona.

Jornal Biotec – O projeto de pesquisa foi financiado por alguma instituição? Se sim qual? Você considera que o fato de hoje a grande busca combustíveis alternativos facilitou o acesso ao financiamento?
Kairo Dias: O projeto é financiado pela FAPESP, no entanto não acredito que a busca por combustíveis alternativos tenha sido um fator decisivo para a concessão da bolsa, uma vez que o foco do meu projeto não é a obtenção do biodiesel, mas sim a aplicação da enzima obtida em uma reação de transesterificação e a caracterização, qualitativamente e quantitativamente, dessa reação. 

Jornal Biotec – Você acredita que a produção de lipases por FES  é viável financeiramente?
Kairo Dias: A FES possui uma redução dos custos na obtenção da molécula de interesse extremamente grande, pois são utilizados apenas resíduos agroindustriais como fonte de nutrientes para o crescimento do microrganismo. No entanto, como o monitoramente é difícil, o processo é ainda pouco empregado e por isso é que alguns estudos de bancada ainda devem ser desenvolvidos até que o processo fermentativo seja desvendado por inteiro. Então, por enquanto, esse tipo de produção ainda não é viável, mesmo que haja uma redução dos custos de produção.

Jornal Biotec – Como foi o desenvolvimento do seu projeto? Houve algum problema durante suas atividades? Se sim, qual foi sua estratégia para contorná-lo?
Kairo Dias: O desenvolvimento do projeto foi tranquilo, à medida que o escrevia, já desenvolvia algumas partes no laboratório e claro que, em paralelo a isso, muitos artigos foram lidos e muitas reuniões com minha orientadora foram realizadas, para um auxílio na elaboração do mesmo.  Problemas são muito frequentes e nem tudo dará certo logo na primeira tentativa e talvez não dê na última, sendo necessário trocar o seu procedimento. Temos sempre que ter calma, repetir várias vezes um mesmo experimento, pensar em alternativas para um mesmo procedimento e conversar com professores, amigos e até mesmo familiares. Há sempre uma saída, por mais demorada que seja. No final de tudo dará até orgulho de termos conseguido depois de tanto sofrimento.  

Terapia gênica para o tratamento de câncer


    A entrevista fala sobre o advento da terapia genica para o tratamento do câncer. Todos os tipos de câncer envolvem alterações genéticas nas células, sendo que a causa mais comum destas alterações é a longevidade celular, já que a medida que elas vivem mais, mais elas se dividem, aumentando a chance de que ocorram mutações. Este risco aumenta com a exposição a agentes como o fumo e raios ultravioletas e também com a herança genética.

    A terapia gênica vai remediar a situação, inserindo nos pacientes uma espécie de ‘gene corretivo’, através do uso de um vírus recombinante produzido no laboratório. Mas apesar disso, os genes defeituosos, causadores de câncer, vão continuar no paciente.

    Este protocolo vem sendo utilizado nos EUA desde 1995, mas nada foi desenvolvido ainda na América do Sul. No Brasil, também não existe previsão para que se pratique tal técnica.




Mais informações, visitem o site:

http://doutorjairo.uol.com.br/atualidades.asp?IdConteudo=673&idTipoItem=22

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cura para a Aids: Sorte ou Caminho certo



Doutor em biologia molecular pela Universidade do Texas em Austin e pesquisador de vacinas contra o HIV do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, Jamie L. Vernon publicou um artigo no site da revista Scientific American demonstrando sua preocupação com o otimismo exacerbado a respeito da cura da Aids, o que poderia afastar os investimentos em vacinas contra o vírus. O motivo é o caso do americano Timothy Ray Brown, que conseguiu arrancar qualquer traço detectável de HIV em seu organismo. O tratamento foi a combinação de um transplante de medula para combater a leucemia e a escolha pensada de um doador especial, com uma mutação no gene CCR5 que impede o HIV de infectar células do sistema imunológico. Era o único doador com essa mutação em uma lista com mais de 13 milhões de pessoas, ou seja, um evento bastante incomum do ponto de vista genético.

O caso de Brown – talvez o primeiro doente de Aids curado em todo o mundo – foi amplamente divulgado pela imprensa mundial e foi destaque em uma reportagem de ÉPOCA, em dezembro do ano passado.                                       
Em seu artigo, o pesquisador elenca quatro motivos para provar seu ceticismo. (1) Brown teve sucesso em seu tratamento com antiretrovirais, o que não acontece com todos os pacientes. Quando deixou de tomar os antiretrovirais para tratar a leucemia com transplante de medula, o vírus HIV continuou indetectável, como durante o tratamento. Segundo Vernon, “ninguém jamais parou de tomar drogas anti-HIV sem experimentar um retorno do vírus”. (2) O risco de morte com transplante de medula vai de 10% a 40%, dependendo da gravidade da leucemia. (3) Testes no sangue de Brown revelaram que ele tinha variações do vírus HIV que não precisavam do CCR5 para infectar o sistema imunológico. (4) Brown teve graves efeitos colaterais ao tratamento com transplante de medula, que causaram cegueira temporária e problemas de memória e de fala.                                                      

“ Para resumir, Timothy Ray Brown é o que alguns chamariam de milagre da medicina”, afirmou Jamie L. Vernon. “Outros diriam que ele é apenas um cara de sorte”. 

Depois de demonstrar como a ciência pode evoluir no método que teria curado Brown para aplica-lo a mais pacientes – o que hoje seria impossível, tamanhos são os riscos e as especificidades do caso desse paciente – o doutor Vernon se ressente que a atenção dada ao caso tenha afastado os holofotes das conquistas promissoras na pesquisa por uma vacina contra o HIV. Ou seja, um caso excepcional e inédito de cura teria ofuscado avanços reais e palpáveis na prevenção da doença. 

O americano Timothy Ray Brown, em Berlim, onde se tratou de leucemia e aids. Ele é o primeiro paciente da história a derrotar o HIV

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terça-feira, 16 de agosto de 2011

É criado o 1º animal com informação artificial no código genético

Estudos feitos com vermes nematóides de apenas 1 mm de comprimento, corpo translúcido e dotado de 1000 células da espécie  Caenorhabditis elegans alegam que criaram o primeiro animal com informação artificial em seu código genético.
Sabe-se que os genes são a unidade fundamental da hereditariedade e que neles contém a informação genética responsável para a produção de proteínas, assim como, proteínas são estruturas compostas pelas diferentes combinações de 20 aminoácidos encontrados nos organismos naturais vivos. Logo, uma associação válida seria inferir que protéinas são como"polímeros" formados por monômeros de aminoácidos, podendo ser criadas milhares de proteínas distintas indispensáveis a manutenção da vida.
Tendo em vista essas informações primordiais fica mais fácil de entender o estudo realizado pelos britânicos. O código genético do animal foi estendido para criar moléculas biológicas que não são conhecidas no mundo natural, adicionando-se um 21 º aminoácido não encontrado na natureza. Tal técnica permitiu dar aos biólogos "controle átomo por átomo" das moléculas em organismos vivos, podendo os pesquisadores terem o controle total da criação de novas proteínas.
Esta proteína que foi incorporada e sintetizada nas células a partir de um aminoácido artificial tem um corante fluorescente que quando exposto a radiação ultravioleta reluz em um tom cereja. Portanto, se a técnica fosse falha e os aminoácidos artificiais não tivessem traduzido proteínas que se dispusessem as células, não haveria o brilho quando submetidas a radiação ultravioleta.
O estudo feito poderá ser empregado com uma ampla variedade de animais, com qualquer outro aminoácido artificial requerido afim de introduzir nos organismos proteínas sintéticas que possam ser controladas a partir da luz.






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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Café à prova de seca

Com o aumento das mudanças climáticas globais e da escassez de água potável, a produção agrícola mundial pode ser prejudicada, levando os pesquisadores a procurar novas alternativas contra essas ameaças. Recentemente, eles foram capazes de identificar um gene no café que possui o potencial de tornar as plantas mais resistentes às secas. 






Ainda não é claro como o gene funciona, mas o que se parece é que ele é capaz de modificar a morfologia de raízes, tornando-as capazes de absorver a pouca água disponível em algumas situações, e que ele proporciona ao café maior tolerância às secas. Se o gene funcionar, a planta seria capaz de sobreviver algum tempo na completa ausência de água; a taxa de sobrevivência dos pés de café que possuem esse diferencial é de 50%, enquanto a taxa dos que não o possuem é de 0%.
Essa descoberta é fruto de uma colaboração científica entre Brasil e Argentina, projeto que permitiu a mineração do banco de dados genéticos oriundo do sequenciamento do genoma do café por meio de programas de computador. Esse banco é o mais completo sobre os genes do café até o momento, contendo 
informações também sobre a seca do café, que podem ser úteis para maior entendimento do gene.
O propósito do isolamento desse gene é combiná-lo aos da cana, algodão e para os pés de café que ainda não possuem essa capacidade. O pedido de patente para proteger o projeto já foi requisitado, e isso possibilitaria o retorno do dinheiro investido em pesquisas para os institutos e universidades que o apoiaram. Caso sejam confirmadas as informações sobre essa informação genética, as plantas modificadas poderão ser comercializadas dentro de 5 ou 10 anos, dependendo do interesse de órgãos reguladores e comercializadores desses produtos. Testes serão feitos para avaliar possíveis riscos desses transgênicos ao meio ambiente e humanos. 

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domingo, 14 de agosto de 2011

Europa começa testes de remédio anti-HIV feito com tabaco


          Cientistas europeus lançaram um ensaio clínico com um remédio criado através da biotecnologia. Este consiste em um fármaco anti-HIV feito a partir de tabaco geneticamente modificado.  O anticorpo está sendo testado em um grupo de 11 mulheres saudáveis da Grã-Bretanha.
            O remédio foi desenhado a fim de evitar a transmissão do vírus HIV durante a relação sexual. Se a fase I do estudo for bem sucedida, os pesquisadores preveem que o novo anticorpo seja combinado com outros e ofereça ampla proteção contra o vírus.
           Alguns defensores da agricultura molecular creem que as drogas elaboradas a partir de proteínas podem ser produzidas de uma maneira mais barata e eficiente dentro de plantações geneticamente modificadas, sendo as plantas excelentes produtoras de proteínas com relação custo-benefício positiva.
A elaboração deste fármaco marca um avanço positivo no campo ainda emergente da agricultura molecular, capaz de oferecer uma produção de drogas e vacinas a partir da biotecnologia de maneira mais barata, se comparado com os métodos tradicionais.




Referência bibliográfica: www.terra.com.br

sábado, 13 de agosto de 2011

Chip descartável detecta partículas no ponto de tratamento


 
   Porque diferentes microorganismos podem apresentar os mesmos sintomas, ter a informação genética é muito importante para diagnosticar uma doença e evitar que a mesma se espalhe. Como os testes vigentes não são adequados para cuidar o exato ponto de tratamento, um grupo de pesquisadores estão desenvolvendo três processos laboratoriais em um único chip descartável.
Com essa idéia foi desenvolvidoum Detector eletroquímico microfluídico integrado magneticamente(MIMED), um dispositivo que combina preparação por purificação e amplificação genética, assim como leitura eletroquímica para detectar virus diretamente de amostras de pacientes. Em testes iniciais, o MIMED foi capaz de identificar dez picos de virus H1N1 na garganta do paciente.
Fazer o preparo efetivo é chave para detecção molecular. Depois de dissolver o envoltório viral com detergente, é adicionado o anticorpo constituído de cristais magnéticos, coletar amostras comum coletor de saliva, e então misturar ao chip. Os anticorpos captam o material genético viral, podendo assim detectar microorganismos em amostras biológicas ainda não processadas.
   Detectado o material, este é amplificado e replicado, e então convertido em DNA de fita única que pode ser detectado usando um sensor eletroquímico. O sensor gera um sinal eletrônico quando o DNA alvo se liga ao DNA ‘‘acoplado’’ ao sensor. Este chip é 100 vezes mais sensível se compardo a outos testes para a gripe suína, por exemplo.
A concepção deste chip é de criar um dispositivo capaz de detectar patógenos em meio a amostras bkiológicas, seja de sangue, urina ou saliva. Este teste também foi desenvolvido para detectar uma gama de concentrações microbióticas. Com um material genético conhecido, o sensor é capaz de detectar qualquer tipo de microorganismo.
   O trabalho ainda está trabalhando na parte de capturar anticorpos, para que o ponto de tratamento possa ser utilizado sem refrigeração. Um método de aplicação de desta tecnologia in vivo já está na mente dos pesquisadores, para que possa ser amplificado para proteínas, principalmente as proteínas sinal, que possam indicar a progressão da doença, como um antígeno específico para câncer de próstata ou várias proteínas microbianas para doenças infecciosas. Os pesquisadores de tal projeto acreditam que ainda precisam inovar quanto aos meios de como detectar níveis baixos de patógenos diretamente nas amostras.