A empresa Ion Torrent, por meio de um artigo de seus pesquisadores publicado na revista Nature, apresentou sua nova tecnologia: um chip capaz de sequenciar um genoma inteiro.
Segundo a empresa, sua tecnologia permitirá que o sequenciamento do genoma humano custe US$1.000,00 nos próximos dois anos. Essa afirmação se baseia na Lei de Morre, que estabelece que o número de transistores dentro de um chip dobra a cada 18 meses e, desta forma, uma única geração de melhorias seria capaz de diminuir o custo do sequenciamento genômico.
A tecnologia utilizada neste chip apresenta um avanço substancial em relação às atuais tecnologias de sequenciamento genético, ainda que não tenha o mesmo nível de precisão.
As máquinas atuais usam detecção óptica: uma fita única de DNA é convertida em uma fita dupla, fazendo com que a segunda cresça base por base. Pelo uso de marcadores, essas bases são detectadas por tecnologia óptica, resultando na sequência genética.
Já o chip sequenciador é muito mais simples: ao invés de reagentes para marcar as bases, ele detecta uma elevação no pH que ocorre conforme cada nucleotídeo se junta à fita em crescimento e libera um próton (H+). O chip contém uma malha de nanofuros, cada um contendo um modelo diferente de DNA, funcionando como uma espécie de gabarito. Abaixo dos nanofuros existe uma camada capaz de detectar os prótons e, mais abaixo, o sensor principal do chip. Devido à esse mecanismo, a empresa afirma que seu chip lê o genoma próton por próton.
“Se um nucleotídeo, por exemplo um C, é adicionado a um dos gabaritos [nos nanofuros] e então incorporado à fita de DNA, será liberado um íon de hidrogênio. A carga do íon altera o pH da solução, o que pode ser detectado por nosso sensor de íons. Nosso sequenciador – essencialmente o menor peagâmetro de estado sólido no mundo – vai nomear a base, passando diretamente da informação química para a informação digital,” explica a empresa.
Pesquisadores não envolvidos no desenvolvimento do chip sequenciador afirmam que sua precisão ainda é baixa, mas corre que a densidade dos nanofuros, onde ficam as fitas individuais de DNA modelo, define a precisão da medição, ou seja, quanto mais nanofuros, maior será a precisão.
Para mais informações, acesse a notícia na íntegra em http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=chip-sequenciador-dna&id=010150110722
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