Com o aumento das mudanças climáticas globais e da escassez de água potável, a produção agrícola mundial pode ser prejudicada, levando os pesquisadores a procurar novas alternativas contra essas ameaças. Recentemente, eles foram capazes de identificar um gene no café que possui o potencial de tornar as plantas mais resistentes às secas.
Ainda não é claro como o gene funciona, mas o que se parece é que ele é capaz de modificar a morfologia de raízes, tornando-as capazes de absorver a pouca água disponível em algumas situações, e que ele proporciona ao café maior tolerância às secas. Se o gene funcionar, a planta seria capaz de sobreviver algum tempo na completa ausência de água; a taxa de sobrevivência dos pés de café que possuem esse diferencial é de 50%, enquanto a taxa dos que não o possuem é de 0%.
Essa descoberta é fruto de uma colaboração científica entre Brasil e Argentina, projeto que permitiu a mineração do banco de dados genéticos oriundo do sequenciamento do genoma do café por meio de programas de computador. Esse banco é o mais completo sobre os genes do café até o momento, contendo
informações também sobre a seca do café, que podem ser úteis para maior entendimento do gene.
O propósito do isolamento desse gene é combiná-lo aos da cana, algodão e para os pés de café que ainda não possuem essa capacidade. O pedido de patente para proteger o projeto já foi requisitado, e isso possibilitaria o retorno do dinheiro investido em pesquisas para os institutos e universidades que o apoiaram. Caso sejam confirmadas as informações sobre essa informação genética, as plantas modificadas poderão ser comercializadas dentro de 5 ou 10 anos, dependendo do interesse de órgãos reguladores e comercializadores desses produtos. Testes serão feitos para avaliar possíveis riscos desses transgênicos ao meio ambiente e humanos.
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