domingo, 7 de agosto de 2011

A teia neural da esquizofrenia


Neurônios obtidos a partir de células da pele
de pacientes com esquizofrenia, com menos
ramificações do que os de pessoas saudáveis.
Olá, leitores do blog! Hoje trazemos um artigo relacionado à esquizofrenia, doença que atinge cerca de 60 milhões de pessoas no mundo – por volta de 1,8 milhão no Brasil – e se caracteriza por distanciamento emocional da realidade, pensamento desordenado, crenças falsas (delírios) e ilusões (alucinações) visuais ou auditivas.

Pesquisadores norte-americanos deram um passo importante para identificar as causas biológicas da doença. A equipe coordenada pelo neurocientista Fred Gage, do Instituto Salk, na Califórnia, conseguiu transformar células da pele de pessoas com esquizofrenia em células mais imaturas e versáteis. Chamadas de células-tronco de pluripotência induzida (iPS, na sigla em inglês), essas células foram depois convertidas em neurônios, uma das variedades de células do tecido cerebral.

Essa mudança forçada de função gerou o que os pesquisadores acreditam ser cópias fiéis, ao menos do ponto de vista genético, das células do cérebro de quem tem esquizofrenia, que, por óbvios motivos éticos, antes só podiam ser analisadas depois da morte. Como são geneticamente idênticos às células cerebrais de quem desenvolveu esquizofrenia, esses neurônios fabricados em laboratório são importantes para compreender a enfermidade, que tem importante componente genético, porque permite aos pesquisadores desprezar a influência de fatores ambientais.

 “Pela primeira vez temos um modelo que permite estudar como os antipsicóticos agem em neurônios vivos e geneticamente idênticos aos de paciente”, conta a pesquisadora. Isso é importante porque torna possível comparar os sinais da evolução clínica da doença com os efeitos farmacológicos. “Estamos mostrando que algumas disfunções biológicas reais nos neurônios são independentes do ambiente”, diz Gage.

O artigo completo pode ser acessado clicando-se aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário