quarta-feira, 6 de julho de 2011

Nanopartículas Magnéticas Fritam Tumor

Todos sabem que altas temperaturas corporais, podem não só resultar em diversos danos celulares, como podem matar, mas os pesquisadores de câncer têm encontrado agora uma maneira de fazer altas temperaturas curar. Em um novo estudo, a equipe descobriu que a injeção de pequenos ímãs em camundongos pode eliminar pelo calor os tumores do corpo dos animais, sem efeitos colaterais aparentes.
Modelo Básico do Indutor Magnético
A idéia de matar o câncer com o calor não é nova. O truque é descobrir como matar o câncer, sem danificar as células do próprio corpo. Uma idéia promissora, conhecida como hipertermia magnética, envolve a injeção de minúsculas "nanopartículas" (possuem tamanho entre 1 e 100 nanômetros (nm). Sendo 1nm = 100.000mm), pedaços microscópicos basicamente de óxido de ferro ou outros compostos, em tumores para torná-los magnéticos. O paciente é colocado em um indutor magnético que inverte a direção do campo milhares de vezes a cada segundo. As nanopartículas magnéticas tornam-se agitadas com o campo aplicado e começam a aquecer, de maneira que potencialmente possam destruir o tecido canceroso circundante. Pelo fato de as células saldáveis não terem recebido as nanopartículas, elas não aquecem e não são danificadas.
Mas a terapia ainda tem que trilhar o seu caminho para a clínica, pois tem apenas um único julgamento relatado em humanos (com sucesso modesto). Isso porque as nanopartículas convencionais interagem apenas fracamente com o campo aplicado, de forma que seja necessária uma dose grande para gerar calor suficiente que danifique o tumor. Apesar de as nanopartículas não serem particularmente tóxicas, em grandes quantidades podem estimular o sistema imunológico do corpo para atacá-las, causando reações alérgicas.
nanocientista Jinwoo Cheon da Universidade Yonsei, Seul, e seus colegas resolveram criar uma nanopartícula que iria ficar mais quente do que as nanopartículas tradicionais. Eles fizeram duas camadas nas nanopartículas, cada uma contendo um núcleo de um mineral magnético dentro de uma casca de outro. Devido a uma interação entre os dois minerais, chamado acoplamento de troca, estas camadas nas nanopartículas interagiram muito mais fortemente com o campo magnético do que as nanopartículas tradicionais, liberado até 10 vezes mais calor. Isso significa que seria necessário para dar apenas 10% da dose original de pacientes para atingir o mesmo grau de hipertermia como acontece com as nanopartículas tradicionais. 
Ainda são necessários muitos testes e estudos sobre esta técnica para que ela seja uma esperança realmente concreta da cura do câncer, ainda que em testes com alguns camundongos os cientistas obtiveram o desaparecimento de todos os vestígios de câncer, sem efeitos colaterais.

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