O caldo de cana é um forte candidato a produzir energia elétrica em uma pequena caixa plástica para funcionar como baterias de celulares, notebooks ou tocadores de MP3. O dispositivo onde os açúcares da garapa agem como combustível, denominado de biocélula, é uma das promessas mais recentes no campo das fontes energéticas alternativas. A produção de eletricidade a partir do caldo foi possível com a síntese de uma enzima em laboratório que potencializa a reação química responsável por converter o açúcar em eletricidade, elaborada por um grupo de pesquisa da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em Santo André, São Paulo.
A corrida atual dos estudos relacionados com biocélulas a combustível é aumentar a potência e o tempo de funcionamento desses aparelhos, já que a potência ainda é muito baixa, o que impede uma implementação comercial. Porém, é uma promessa de produção de energia elétrica alternativa porque possuem alta eficiência energética ao gastar pouco combustível na conversão de energia em comparação com motor a gasolina ou a diesel, por exemplo. Tudo isso de uma forma silenciosa e sem deixar grandes quantidades de gases ou resíduos poluentes.
Para isso, as biocélulas a combustível precisam de elementos oxidantes e redutores, para perder e ganhar elétrons. Nas células, é instalada uma membrana polimérica denominada de membrana de troca de prótons entre os lados positivo e negativo da biocélula. Como a corrente é contínua, os elétrons flui para o outro lado, sendo recebidos no outro pólo. Na membrana passam apenas o átomo sem elétrons, os prótons.
Sem dúvida, a biocélula representa uma interessante alternativa para produção de energia elétrica capaz de suprir algumas necessidades básicas da sociedade. O investimento em pesquisa e produção de conhecimento deve ser prioridade em qualquer lugar realmente preocupado em equilibrar o bem estar social e ambiental.
Fonte: Agencia Fapesp
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