Atualmente a produção de materiais empregados na fabricação de veículos é mais prejudicial ao meio ambiente do que a fumaça expelida pelos escapamentos.
Com isso, surgiu uma nova proposta de fabricação dos veículos, que visa à substituição dos elementos poluentes por produtos naturais, os chamados bioprodutos, tanto na sua estrutura interna e externa, quanto no combustível.
Os carros, como grandes consumidores de gasolina, lançam na atmosfera uma grande quantidade de gás carbônico. Por isso, a Universidade de Toronto, no Canadá, tem desenvolvido uma proposta de componentes automotivos feitos a partir de fibras vegetais. A intenção destes pesquisadores é fazer com que, num prazo máximo de 25 anos, aproximadamente 50% dos materiais utilizados na fabricação de veículos sejam feitos a partir desta concepção tecnológica.
As fibras naturais substituem as partes de plástico, metal e vidro. A cada componente do veículo que é substituído, ocorre uma redução no consumo de petróleo cru ao final da cadeia produtiva.
As pesquisas científicas levaram ao desenvolvimento dos bioplásticos, feitos a partir de fibras naturais, sendo em média, 10% mais leves em relação aos plásticos convencionais. O seu emprego também possibilita uma economia de combustível.
Para os assentos dos carros, alguns ácidos graxos de vegetais, óleo de soja e canola, por exemplo, podem ser convertidos em polietileno. Nos painéis e portas, o amido de milho, por meio da utilização de uma bactéria, pode ser convertido em espuma de polietileno.
No Brasil, a Universidade Federal de São Carlos, UFSCAR, em parceria com a PHB Industrial (Usina de Pedra), realiza um estudo de produção de polímeros biodegradáveis derivados da cana-de-açúcar.
Os resíduos gerados na produção deste automóvel podem ser descartados na geração de energia, sua transformação em fertilizante e matéria-prima na produção de biodiesel.
A grande estrela desta “onda verde” foi o desenvolvimento de um carro de corrida para a fórmula 3, totalmente ecológico, por engenheiros mecânicos ingleses, batizado como World First 3 .
Além do emprego de bioprodutos em seus componentes, o veículo é movido a biodiesel extraído do coco e óleo vegetal. Este combustível permitiu que fosse alcançada uma velocidade de 257 km/h, uma performance bastante considerável.
O que se percebe após o presente artigo é que há um ganho considerável na utilização de bioprodutos na fabricação de veículos, que se verifica ao nível de economia de energia, reciclagem de materiais e o mais importante, na diminuição dos índices de poluição ambiental.
Saiba mais: http://www.portaldomeioambiente.org.br/ciencia-e-tecnologia/4097-a-biotecnologia-a-servico-da-industria-automotiva.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário