sábado, 31 de março de 2012

Avanços contra o Alzheimer


Há uma notícia promissora para quem sofre da doença de Alzheimer. Uma série de experimentos conduzidos por uma equipe internacional coordenada pelos neurocientistas Fernanda De Felice e Sergio Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica que uma medicação aprovada em 2005 para tratar o diabetes tipo 2 parece deter e até reverter o avanço do Alzheimer.
Em um artigo publicado em 23/3 no Journal of Clinical Investigation, o grupo de Fernanda demonstrou que o medicamento exenatida-4 exerce um efeito protetor sobre os neurônios, as células cerebrais responsáveis pelo transporte e pelo armazenamento de informações, em geral danificadas no Alzheimer. Administrada a camundongos geneticamente alterados para apresentar os efeitos típicos da doença neurodegenerativa, a exenatida reverteu os danos no cérebro e melhorou a memória dos roedores. Resultados semelhantes estão sendo observados nos experimentos ainda em andamento com macacos cinomolgos, realizados no laboratório de Douglas Munoz na Queen’s University, no Canadá, um dos colaboradores de Fernanda.
A maioria das pessoas pode estranhar a ideia de usar uma medicação contra o diabetes, que atinge os tecidos e órgãos ditos periféricos, para combater uma enfermidade que afeta o cérebro, no sistema nervoso central. Mas estudos feitos no Brasil e no exterior na última década tornam cada vez mais evidente que as duas enfermidades compartilham um mecanismo bioquímico comum.
Anos atrás o grupo do Laboratório de Doenças Neurodegenerativas da UFRJ, coordenado por Fernanda e Ferreira, seu marido, demonstrou haver um elo em comum entre diabetes e Alzheimer: o aproveitamento inadequado da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. Na maioria dos tecidos do corpo, a insulina ajuda as células a extrair do sangue a glicose (um tipo de açúcar) e a convertê-la em energia. No cérebro, porém, sua ação é diferente. Ao aderir a uma proteína da superfície dos neurônios, a insulina desencadeia as reações químicas que levam à aquisição e à consolidação da memória.
Assim como no diabetes, a resistência à insulina surge no Alzheimer como consequência de uma inflamação. Testes com células e com camundongos, feitos pelas pesquisadoras Theresa Bomfim e Leticia Forny-Germano, e com cinomolgos, realizados por Jordano Brito-Moreira, demonstraram que pequenos aglomerados de um peptídeo – os oligômeros beta-amiloide, formados nos estágios iniciais do Alzheimer – estimulam a produção de uma molécula sinalizadora da inflamação que bloqueia o efeito da insulina.
Com a exenatida, Fernanda e sua equipe conseguiram restituir a sinalização da insulina nos neurônios. “Queríamos fazer um trabalho que tivesse a possibilidade de se transformar rapidamente em uma aplicação clínica para essa doença devastadora”, conclui.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Levedura luminescente para detectar hormônios em rios


     Um novo tipo de teste realizado por uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em cooperação com colegas norte-americanos da Universidade do Tennessee revelou que alguns mananciais do estado de São Paulo possuem níveis elevados de compostos estrogênicos, uma classe de contaminante que pode trazer sérios riscos ao ambiente, aos animais e à saúde humana. O teste é baseado no uso de leveduras transgênicas luminescentes.

     Existem métodos de tratamento de esgoto eficientes para a eliminação desses hormônios, como os oxidativos avançados e os que utilizam ultrafiltração, mas nem sempre são usados porque possuem custos elevados.

    A importância do estudo feito no Brasil é o seu ineditismo. “A inovação do nosso trabalho foi que, pela primeira vez, aplicou-se em larga escala o teste com as leveduras para monitorar a qualidade de águas brutas e tratadas, comparando os resultados com análises químicas de compostos estrogênicos. Isso nunca havia sido feito antes”, diz Gisela, que trabalhou durante 22 anos na Divisão de Toxicologia, Genotoxicidade e Microbiologia Ambiental da Cetesb.    O teste Blyes (sigla de bioluminescent yeast estrogen screen ou ensaio com levedura bioluminescente para detecção de estrógeno) foi desenvolvido pela equipe do microbiologista John Sanseverino e da bióloga molecular Melanie Eldridge, do Centro de Biotecnologia Ambiental da Universidade do Tennessee, com quem a pesquisadora Gisela mantém contato desde 2008.

   Para desenvolver o teste, os cientistas norte-americanos precisaram, inicialmente, fazer alterações no código genético da levedura Saccharomyces cerevisiae a fim de torná-la luminescente e capaz de detectar os compostos estrogênicos. Em laboratório, o organismo recebeu um gene que produz o receptor de estrógeno humano e um conjunto de genes envolvidos na produção de luz, oriundos de uma bactéria luminescente. Quando este se liga a compostos estrogênicos presentes na amostra de água testada, o conjunto receptor mais compostos estrogênicos ativa os genes da produção de luz e a levedura fica luminescente.

    As mesmas amostras foram submetidas à análise química pela técnica de cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas, método já utilizado por algumas companhias de saneamento na detecção de compostos estrogênicos em água.  “Concluímos que o nosso teste é muito eficiente, mais fácil de usar e mais barato”, diz Gisela. Sensibilidade é outra vantagem do Blyes. 

    A expectativa dos pesquisadores é que os resultados chamem a atenção das instituições regulatórias ligadas ao ambiente e ao saneamento básico para a necessidade de definir normas e ações corretivas na gestão dos serviços de água e esgoto. 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Uso de vírus pode ajudar no combate ao câncer


Os pesquisadores Dr. Robert Martuza, da Escola de Medicina de Harvard, Dr. Bernard Roizman, da Universidade de Chicago, e Dr. Ian Mohr, da Universidade de Nova York, levantaram a hipótese de que os vírus podem ser desenvolvidos para combater tumores.

No início dos anos 1900, não havia muito a ser feito pelos pacientes com câncer. A menos que os cirurgiões extirpassem o tumor, a doença geralmente significava um fim rápido e inevitável. Contudo, os pacientes que lutavam contra o câncer gozavam de uma breve interrupção nos tumores malignos quando contraiam uma infecção viral. Assim, após um longo período de tempo resultando em fracassos, os pesquisadores descobriram que vírus comuns algumas vezes atacam células cancerígenas. Dessa forma, o uso de vírus geneticamente modificados podem ser uma aposta, em breve, para matar as células cancerígenas.

As células cancerígenas conseguem se replicar de forma desenfreada, mas existe uma compensação. Elas não conseguem repelir a infecção com a mesma eficácia das células saudáveis. Por isso, os cientistas têm buscado formas de criar vírus que sejam fracos demais para danificar células saudáveis, mas fortes o suficiente para invadir e destruir as células cancerígenas. Esse tem sido um desafio difícil e duradouro.

Atualmente, estão sendo testados diversos vírus potenciais para o combate ao câncer, incluindo dois em terceira fase. Uma forma geneticamente modificada do vaccinia - agente viral que ajudou a erradicar a varíola - vem sendo testada contra cânceres de fígado em estágio avançado, a terceira maior causa global de morte por câncer. Em uma experiência recente, a sobrevida dos pacientes tratados com altas doses do vírus, chamado JX-594, passou de 7 para 14 meses, em comparação com a sobrevida de pacientes tratados com doses pequenas.

Portanto, esses vírus modificados encontrarão seu lugar na medicina, especialmente em conjuntos com outros tratamentos, contra tumores difíceis e agressivos, segundo o pesquisador. Atualmente, o maior desafio consiste basicamente em convencer as pessoas de que o novo tratamento "não é ficção científica", afirmou. Isso pode evitar maiores complicações aos portadores e, quem sabe, evitar a proliferação das células cancerígenas.


quarta-feira, 28 de março de 2012

Computador Watson Vence Humanos Em Jogo De Perguntas


O supercomputador Watson, fabricado pela IBM, venceu um jogo de perguntas contra dois humanos que haviam sido os melhores colocados de todos os tempos na competição.
O jogo, chamado Jeopardy! (Arrisque-se!, em tradução livre), consiste em ouvir dicas sobre algum assunto e fazer a pergunta certa. Os participantes devem apostar nas suas próprias "respostas" - que têm sempre o formato de perguntas.
Computador Watson vence humanos em jogo de perguntas
Este é o "corpo" do supercomputador Watson,
incluindo sua memória e seu cérebro. [Imagem: IBM]
Os participantes humanos eram Ken Jennings, que havia obtido o recorde de 74 vitórias consecutivas na série, que é líder de audiência na TV norte-americana, e Brad Rutter, que havia ganho o maior prêmio na competição, US$ 3 milhões.
O participante eletrônico é Watson, um supercomputador batizado em homenagem ao fundador da IBM, Thomas Watson. Ele honrou bem o nome que recebeu, assim como o de seu antecessor eletrônico, Deep Blue, o supercomputador que venceu o campeão de xadrez Garry Kasparov, em 1997.
Mas será que o Watson representa o antecessor da Skynet, a poderosa rede que adquiriu consciência e dominou o mundo distópico do filme Exterminador do Futuro?
Um antecessor muito distante certamente. Watson representa o primeiro sistema artificial capaz de entender razoavelmente uma conversa com humanos.
Esta "inteligência artificial" poderá ser de grande utilidade para procurar casos médicos semelhantes ao que se está tratando, respostas para o problema de um cliente ligando para um 0800 ou a jurisprudência para um determinado caso.
Ou para um novo mecanismo de busca que consiga conversar mais amigavelmente com seus usuários.
Para mais informações sobre essa notícia, clique aqui.


terça-feira, 27 de março de 2012

É identificado alvo para o tratamento da calvície masculina


Cientistas americanos identificaram uma proteína relacionada ao afinamento do folículo capilar e à perda de cabelos.
A testosterona e os fatores genéticos exercem papel fundamental no processo de perda dos cabelos, já que provocam intensa diminuição dos folículos capilares. Em estudos realizados na Universidade da Pensilvância, Estados Unidos, foram analisados os genes que são ativados durante essa perda de cabelos. A partir de tais estudos, notou-se que os níveis da chamada prostaglandina D sintetase são altos nas células dos folículos capilares encontrados nas regiões de calvície do couro cabeludo e, portanto, atribuíram essa proteína-chave ao processo de perda de cabelos. A inibição do crescimento é dada a partir do momento em que a proteína se liga a um receptor localizado na célula do folículo capilar.
Foram feitos testes clínicos com camundongos, os quais foram criados para ter altos níveis de proteínas e acabaram ficando completamente calvos. Além dos testes em ratos, cabelos humanos transplantados pararam de crescer ao receber a proteína.

Os estudos serviram para mostrar a relação entre a proteína prostaglandina D e a inibição do crescimento capilar, ou seja, o alvo do tratamento para a calvície masculina. Logo, isso pode servir como base para futuros estudos e tratamentos, ou até mesmo auxiliar no aprimoramento de drogas que seguem esse caminho e já estão sendo desenvolvidas. Os pesquisadores afirmaram que a próxima etapa é procurar compostos que afetam o receptor da célula do folículo capilar e também pesquisar se o bloqueio de tal receptor poderia reverter a calvície ou apenas preveni-la.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Exercícios ativam gene queimador de gordura

Uma pesquisa feita no Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, mostrou que uma hora de exercícios físicos já é suficiente para ativar os genes responsáveis pela queima de estoque de gordura corporal. Os cientistas procuraram por modificações genéticas – chamadas desmetilações – nos músculos de oito voluntários durante a prática de exercícios. Para isso foram realizadas biópsias em músculos da coxa de homens que eram relativamente sedentários. As amostras foram colhidas antes e uma hora após a atividade física.
Vários genes envolvidos no metabolismo de gordura sofreram desmetilações após os exercícios, facilitando a produção de proteínas. Isso sugere que houve maior envolvimento de enzimas que quebram gordura depois da seção de exercícios. Os cientistas ficaram surpresos ao notar que isso acontece tão rapidamente.

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domingo, 25 de março de 2012

Criado plástico morfológico que muda de textura

Existem plásticos dos mais diversos tipos: de totalmente flexíveis a muito rígidos, de totalmente transparentes a totalmente opacos.
Mas, uma vez fabricados, eles mantêm suas características próprias até sua decomposição.
Agora, engenheiros da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de fabricar um plástico que, depois de pronto, se altera conforme a necessidade.
A alteração é induzida eletricamente, ou seja, dependendo da tensão aplicada ao polímero, ele assume uma textura diferente.
Representação da mudança de rugosidade da superfície do plástico.
O primeiro exemplo desse plástico morfológico é um material que muda sua textura, passando de liso a rugoso, e vice-versa.
Isto permitirá, por exemplo, a construção de pisos para veículos, que fiquem lisos para facilitar a colocação das cargas, e depois passem a apresentar uma rugosidade, para impedir que a carga escorregue e se desloque durante a viagem.
O processo de mudança da textura superficial do material é muito rápido, na faixa dos milissegundos, e os tamanhos dos padrões podem ser configurados, de milimétricos até submicrométricos, afirmam os pesquisadores.
Os cientistas americanos ainda citam outra possibilidade de aplicação: luvas cujas "digitais" possam ser mudadas dependendo da atividade, como por exemplo, de manipular materiais de laboratório até escalar montanhas, demonstrando, desde já, uma enorme variadade de utilizações e aplicações para a nova descoberta.

Leia a reportagem completa aqui.

sábado, 24 de março de 2012

O novo núcleo atômico


A equipe norte-americana sugere uma ilustração onde o próprio
núcleo é formado pela antiga visualização do átomo inteiro, com
indicações das partículas (pontos brancos) e das suas órbitas
Por mais modernas que sejam as técnicas utilizadas nos estudos atômicos, ainda é difícill para a maioria das pessoas imaginar como é a estrutura de um átomo inteiro.

Atualmente, sabe-se que os elétrons são 'nuvens de probabilidade' ao redor dos núcleos, mas é desconhecida sua natureza, ou seja, não se sabe se são ondas ou partículas.

O que não corresponde à realidade é tratar o núcleo atômico como um sistema estacionário, formado por prótons e neutrons.

Em estudos da década de 1980 mostravam que alguns núcleos de elementos leves, como o Berílio, o Lítio e o Hélio, não possuem bordas definidas, ou seja, eles têm partículas além-núcleo que criam uma nuvem envoltória, denomidadas halo.

O físico John Arrington, do Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos, destaca que "nós geralmente imaginamos o núcleo como um arranjo fixo de partículas, quando na realidade há um monte de coisas acontecendo no nível subatômico que nós simplesmente não podemos ver com um microscópio".

Os estudos feitos com grandes espectrômetros magnéticos mostraram que, destoando-se dos outros átomos, o Berílio possui dois aglomerados de núcleons (prótons e neutrons), cada um deles parecido com o núcleo de um átomo de Hélio-4., associados a um neutron adicional.

Essa observação desmonta completamente a imagem de um núcleo esferico fisicamente delimitado, além de mostrar que o halo, já conhecido anteriormente, é mais complexo do que se imaginava.

A conformação complicada do Berílio faz com que um número relativamente alto de colisões aconteçam, mesmo esse que esse átomo seja pouco denso. Pesquisadores afirmam que esse efeito acelerador deve-se à interações entre os quarks dos núcleons (considerando que cada próton e cada neutron consiste de três quarks super-ligados).

Com a aproximação dos núcleons, essa força que mantém os quarks unidos pode ser perturbada, afetando a estrutura de neutrons e prótons e podendo até. possivelmente, formar partículas compostas por quarks de núcleos diferentes.

Os estudos continuam e Arrington afirma: "Nossa próxima medição vai tentar examinar essa questão diretamente, tirando uma fotografia da distribuição dos quarks quando os núcleons se juntam."

quinta-feira, 22 de março de 2012

Criado polímeros que se autoconsertam

Cientistas da Universidade da Califónia criaram dois novos tipos de material que voltam a se ligar autonomamente depois de serem totalmente rompidos.
Esse processo de 'autoconserto' funciona de forma tão simples quanto colar e descolar as duas metades de um velcro e não deixa nenhuma cicatriz no material.
Hidrogéis ou hidrogeles, como são chamados, consistem em longas cadeias de moléculas de polímeros que formam uma espécie de geleia flexível, parecida com os tecidos moles do corpo humano.
Modelo de como os polímeros se comportam na reconstrução
Eles têm sido explorados, por exemplo, na fabricação de músculos artificiais que imitam as células musculares humanas e até de um sistema circulatório artificial.
Mas, até agora, ninguém havia conseguido produzir um hidrogel que conseguisse reconstruir as ligações entre as cadeias de suas moléculas depois que um corte é introduzido, o que vinha limitando suas aplicações práticas.
A pesquisadora Shyni Varghese e seus colegas da Universidade da Califórnia superaram essa limitação usando o que eles chamam de "cadeia lateral suspensa", moléculas que se estendem como se fossem dedos da "mão" que representa a estrutura principal do hidrogel.
Depois que as duas partes do hidrogel cortado são postas em contato novamente, esses "dedos" se entrelaçam, reconstruindo o polímero.
As possibilidades de aplicação dessa capacidade de autoconserto são inúmeras, começando por suturas médicas, selantes industriais ou peles artificiais para robôs.

Clique aqui para ler a reportagem completa.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Enzima alvejante de celulose


Um novo tipo de enzima para branqueamento de celulose, mais eficiente e barata e que não causa problemas ambientais, poderá chegar em breve ao mercado. Ela foi desenvolvida pela empresa Verdartis Desenvolvimento Biotecnológico. Entre as vantagens do novo produto estão a redução do volume de água usada no processamento da madeira para a obtenção da celulose e da quantidade de dióxido de cloro, o agente químico empregado no seu branqueamento. Além disso, a enzima pode ser personalizada, de acordo com as características e necessidade de cada indústria de papel.
A celulose é composta de elementos fibrosos que são individualizados no processamento industrial da madeira e adquirem uma coloração marrom devido à presença de lignocompostos. Para tornar  essas fibras adequadas para a fabricação de papéis, o branqueamento é uma etapa fundamental em que são necessários compostos químicos  de custo alto e exigentes em cuidados específicos  durante o descarte na forma de efluentes industriais.
O dióxido de cloro reage com a lignina, quebrando-a em moléculas menores, que são solúveis e extraídas no processo. Muito dessa lignina fica encapsulada pela polpa, o que exige maiores quantidades de dióxido de cloro e outros reagentes para acessá-la. No caso das enzimas, elas são específicas para atuar na quebra do substrato e de outros componentes da celulose, como a lignina residual. Isso proporciona a criação de poros na polpa e possibilita que o dióxido de cloro acesse mais facilmente a lignina. Com isso, é necessária uma quantidade menor de químicos para alcançar o mesmo efeito.
Além  de reduzir os custos do branqueamento, as enzimas podem fazer o mesmo em relação ao gasto com a energia elétrica necessária para o refino da celulose. Nessa etapa, a celulose é diluída em água, passando por refinadores para provocar desfibrilamento de macrofibrilas consumindo energia elétrica em processo mecânico. A ação das enzimas quebra grupos de celulose, facilitando a ação de refino e, consequentemente, diminuindo o consumo de energia elétrica.
Por meio de engenharia molecular (ou engenharia genética), a empresa produz, a partir de microrganismos como a bactéria Escherichia coli, catalisadores personalizados para cada processo industrial ou cada fábrica de seus clientes. Ou seja, criam a enzima para o processo em vez de modificar o processo para a enzima.

Leia mais em Revista Fapesp.

terça-feira, 20 de março de 2012

Diferença na atividade cerebral explica propensão à amnésia alcoólica


Novas evidências sugerem que algumas pessoas têm predisposição à perda de memória causada pela ingestão de bebida

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que algumas pessoas que bebem são mais suscetíveis a terem lapsos de memória, não devido à quantidade de bebida, mas sim por diferenças na atividade cerebral.
Os resultados mostram que as respostas cerebrais de pessoas que costumam ter "blackouts" ao beberem eram menores na região relacionada à memória e à atenção, quando comparadas às de pessoas que não tem amnésia alcoólica.
A equipe, liderada pela pesquisadora Reagan Wetherill, avaliou 24 estudantes universitários que tomavam cinco drinques por noite, pelo menos de duas a três vezes na semana.
Os participantes foram separados em dois grupos, sendo que um apresenta perda de memória recorrente quando bebe, e o outro não.
Os cérebros dos estudantes foram observados enquanto eles realizavam testes de memória, sóbrios e também depois de terem ingerido bebida alcoólica.
Em relação aos sóbrios, o resultado do teste foi similar para os dois grupos. No entanto, após o consumo de duas cervejas os resultados foram bem diferentes.
O mapeamento de imagens do cérebro mostrou que as pessoas mais propensas aos apagões têm padrões diferentes no fluxo sanguíneo e na atividade dos neurônios quando consomem o álcool. Nesse grupo, que sofre amnésia alcoólica, a atividade era diminuída na área do cérebro responsável por transformar as vivências em memórias.
Segundo os autores, esses resultados significam que há pessoas que têm predisposição às falhas de memória causadas pela bebida. "As descobertas sugerem claramente que algumas pessoas são mais propensas a experimentar apagões induzidos pelo álcool do que outras em função da forma como o álcool afeta a atividade do cérebro em áreas envolvidas no auto-monitoramento, atenção e memória de trabalho", afirma Wetherill.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Remédio contra o câncer se mostra promissor contra o Alzheimer


Cientistas americanos comprovaram que um remédio contra o câncer demonstrou-se ser promissor em melhorar a memória quando dado a ratos mais velhos que sofrem de Mal de Alzheimer.
A droga em questão é a epotilona, ou EpoD, uma droga já tinha sido apresentada pela mesma equipe de cientistas da Universidade da Pensilvânia.

Mas seu novo estudo demonstrou que os benefícios no aprendizado e na memória de ratos se estenderam aos indivíduos mais velhos que já tinham sinais da doença, representando um avanço na busca de um tratamento para esta forma incurável de demência.
O medicamento parece atuar na estabilização dos microtúbulos, estruturas de transporte de nutrientes nas células nervosas, que se rompem quando aglomerados de uma proteína denominada tau se formam no cérebro, provocando os conhecidos "emaranhados" nas células nervosas.
A EpoD funciona de forma similar a uma droga amplamente usada na quimioterapia, a paclitaxel, mas se diferencia ao cruzar a barreira sangue-cérebro, explicou o autor que chefiou as pesquisas, Kurt Brunden, cujo estudo será publicado no periódico Journal of Neuroscience.
"A EpoD entra rapidamente no cérebro, onde parece persistir por muito mais tempo do que no sangue. Isso pode explicar porque pequenas doses se mostraram eficazes e seguras no modelo do mal de Alzheimer em ratos", acrescentou.
No mês passado, uma outra equipe de cientistas reportou que outro medicamento contra o câncer amplamente disponível, o bexaroteno, demonstrou ser bem sucedido em reverter o Mal de Alzheimer em ratos, pesquisa, publicada na revista científica americana Science.
Mas especialistas alertam que os modelos em ratos nem sempre são traduzidos com sucesso nos testes com pessoas e que obstáculos significativos permanecem no caminho antes que se saiba se tais abordagens podem funcionar em humanos.

domingo, 18 de março de 2012

Conexões viscerais


Há muito tempo sabe-se que existe cerca de 100 trilhões de bactérias nos intestinos e até então acreditava-se que a presença dessas bactérias era benéfica para elas e seus hospedeiros na maior parte das vezes, ou ainda que, no máximo, não favorecesse nem prejudicasse qualquer um dos lados. Porém, nos últimos anos surgiram estudos mostrando que, em alguns casos, a intimidade contínua pode trazer consequências indesejáveis para o hospedeiro.
A equipe do médico Mário Abdalla Saad, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicou um estudo na revista PloS Biology demonstrando que um determinado grupo de bactérias intestinais pode, em certas situações, iniciar um desequilíbrio metabólico que quase sempre leva ao desenvolvimento de diabetes e obesidade.
A alteração que antecede o diabetes e o ganho excessivo de peso é o que os médicos chamam de resistência à insulina. Quando a resistência à insulina se instala, o corpo deixa de usar de maneira adequada o hormônio que permite às células dos músculos e de outros tecidos retirar o açúcar do sangue e convertê-lo em energia ou estocá-lo para usar mais tarde. Em experimentos com camundongos, a equipe de Saad verificou que por trás da resistência à insulina podem estar as bactérias do filo Firmicutes.
O aumento da proporção de Firmicutes na microbiota intestinal parece influenciar o surgimento de diabetes e obesidade de duas maneiras: por melhorar a capacidade de extrair energia dos alimentos ou por contribuírem para o desenvolvimento de uma inflamação sutil, típica da obesidade, que se espalha pelo organismo e interfere no aproveitamento da insulina.
Porém, não são as Firmicutes que disparam a inflamação. Elas apenas parecem facilitar a passagem de pequenos fragmentos de outras bactérias – constituídos de lipopolissacarídeos (LPS) - pela delicada parede dos intestinos, que vão se aderir a receptores na superfície de diferentes tipos de células do corpo. Ao se conectarem à membrana dos macrófagos, os LPS acionam sinais bioquímicos que colocam o sistema imunológico em alerta e iniciam a inflamação leve. Nas células dos músculos, do fígado e do tecido adiposo os sinais inflamatórios disparados pelos LPS também geram um efeito distinto: impedem o uso da insulina e a entrada de glicose nas células – é a resistência à insulina. A exposição prolongada ao LPS faz a resistência à insulina se instalar primeiro no fígado depois nos músculos e só mais tarde ela atinge o tecido adiposo.
O trabalho da PLoS Biology abre caminho para se buscar novas formas de combate e prevenção ao diabetes e à obesidade. “Não estamos propondo o uso de antibiótico para tratar a obesidade; no estudo eles servem para provar um conceito”, alerta Saad. Alguns acreditam que os probióticos, compostos contendo microrganismos vivos, possam ajudar a desenvolver uma microbiota que evite o ganho de peso, mas não está comprovado. “Talvez funcione como prevenção, antes que se comece a engordar”, imagina Saad.
Enquanto não avançam os testes, a saída menos arriscada é praticar exercícios físicos e apostar em uma dieta com pouca gordura.


Para mais informações sobre o estudo realizado, acesse a notícia na íntegra.

sábado, 17 de março de 2012

Um novo meio de combater infecções por C.albicans

Cientistas da Universidade de Toronto encontraram um mecanismo molecular que tem um papel importantíssimo na transição da levedura da Candida albicans em fungo patogênico - uma das principais causas de infecção hospitalar. A descoberta realça a importância do aquecimento no crescimento fúngico e fornece um novo alvo para terapias com o uso de drogas para conter infecções por Candida albicans.

A bactéria normalmente é inofensiva aos humanos, porém ela se torna infecciosa em determinadas condições ambientais e genéticas, com o aumento da temperatura como um dos fatores principais. Ela pode produzir infecções brandas ou severas, como as sistêmicas.

O primeiro trabalho de mapeamento molecular da Candida albicans foi feito em 2009 pela professora Leah Cowen do Departamento de Genética Molecular da Universidade de Toronto, o qual relacionou o crescimento da fungo com a função de uma "chaperona molecular" chamada de proteína de choque térmico 90 (Hsp90). Em conjunto com um proteína, Hms1, uma ciclina e uma enzima, formam um circuito metabólico responsável pela patogenicidade do fungo.

Os pesquisadores mostraram que uma deleção no Hms1 inibe a infecção pela Candida albicans, apontando para uma possível terapia clínica. Com isso em mente, a professora Cowen e seu laboratório examinaram outras vias metabólicas que interagissem com a Hsp90.

Foram testadas 226 interações metabólicas com a Hsp90, em diferentes temperaturas com diferentes drogas anti-fúngicas, sendo que 224 eram inéditas. Desse modo, os pesquisadores têm um grande número de alvos que podem regular a morfogênese e a resistência a drogas da Candida.

Fonte: Physorg.com (em inglês)

sexta-feira, 16 de março de 2012

Pesquisadores desenvolvem um novo candidato para diesel mais limpo, ecológico e renovável

Uma classe de compostos mais conhecidos pela fragrância e sabor podem um dia ser base de um combustível mais limpo e renovável para encher o tanque de caminhões e automóveis. Pesquisadores do Department of Enegy's Joint Bioenergy Institute (JBEI) desenvolveram uma bactéria Escherichia coli (E. coli) para gerar quantidades significativas de compostos metil-cetona da glicose. Em testes subsequentes, essas metil-cetonas produziram com um número alto de cetonas - uma cotação do diesel comparável à octanagem da gasolina - fazendo-as fortes candidatas para a produção de combustíveis avançados.

"Nossas descobertas adicionam à lista de combustíveis naturais que podem servir como biocombustíveis, que significa uma maior flexibilidade e opções para a indústria de biocombustíveis", diz Harry Beller, uma microbiologista do JBEI que lidera o estudo. "Nós estamos espcialmente motivados pela nossa descoberta que é possível aumentar a produção da metil-cetona da E.coli em mais de 4000 vezes com um pequeno número de modificações genéticas.

"Para a produção de metil-cetona, fizemos duas modificações mais importantes na E.coli", diz Beller. "Primeiro modificamos etapas específicas da beta-oxidação, a via metabólica usada pela E.coli para quebrar ácidos-graxos, e então melhoramos a expressão da proteína produzida pela E.coli chamada FadM. Essas duas modificações combinadas resultaram na grande melhoria da produção de metil-cetonas.

Para o próximo passo, Beller e seus parceiros vão focar o aumento de produção e otimização das propriedades do combustível de metil-cetona por meio da modulação de sua composição com respeito ao tamanho e grau de insaturação.

Fonte: Physorg.com (em inglês)

quinta-feira, 15 de março de 2012

Planta auxilia no tratamento de inflamações em peles sensíveis

A planta Physalis angulata, também conhecida como camapu, juá, balãozinho ou saco de bode, demonstrou potencial de ajudar pessoas que possuem a pele sensível ou intolerante a cosméticos, que podem desenvolver dermatites.

Em pesquisa realizada pela empresa Chemyunion Química, com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), o extrato concentrado da planta mostrou ter efeitos anti-inflamatórios equivalente à da hidrocortisona, sem os efeitos adversos desta. O uso prolongado de hidrocortisona prejudica a formação do colágeno, deixando a pele mais fina e suscetível a lesões.

Para realizar a extração dos princípios ativos da P. angulata, a indústria cosmética faz uso de solventes como água, álcool etílico, propilenoglicol ou butilenoglicol. "O problema é que essas substâncias permanecem no extrato final e podem causar efeitos indesejados. O álcool, por exemplo, resseca a pele", disse Marco Antônio Polezel, diretor industrial de Chemyunion.

Para driblar esse problema, a empresa utilizou um método pouco comum: a extração com dióxido de carbono supercrítico. Esse método consiste em aumentar muito a pressão do CO2, fazendo com que ele fique em um estado nem líquido nem gasoso, chamado de supercrítico. A seguir, esse fluido é injetado nos reatores de extração, onde penetra as células da planta e retira os ativos. Depois, a pressão é abaixada e o dióxido de carbona volta ao estado gasoso, sobrando somente os ativos, que são coletados.

O problema dessa extração é o preço, já que o extrato vegetal normal custa em torno de 4 reais e, por esse método, acaba custando 170 ou até mais. Entretanto, esse extrato não apresenta os efeitos indesejados que os outros apresentam, podendo ser utilizados livremente na indústria cosméticas, principalmente para as pessoas que possuem pele sensível aos outros extratos.

O extrato já está sendo comercializado no Brasil, com o nome de Physavie, e cerca de dez empresas nacionais e estrangeiras já estão testando ou lançando cosméticos com ele incorporado.


Para ler o artigo completo, clique aqui.

sábado, 10 de março de 2012

Antibiótico natural

A empresa carioca Extracta Moléculas Naturais, fundada em 1998, descobriu numa das amostras coletadas aleatoriamente durante uma incursão na Serra do Mar, na região Sudeste, uma nova espécie de flor de pétalas brancas e miolo amarelo. Nos laboratórios da empresa, a equipe isolou os extratos do vegetal e foi surpreendida mais uma vez: a flor era um potente antibiótico natural contra a SARM - Staphylococcus aureus Resistente a Meticilina, perigosa bactéria.

Com R$ 4 milhões da FINEP, concedidos por meio de subvenção econômica, o presidente da Extracta e professor titular da Escola de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Dr. Antonio Paes de Carvalho, coordenou a formulação de uma pomada antibiótica que promete ser o medicamento mais eficaz contra infecções cutâneas por SARM. A inovadora droga foi batizada como Aureociclina e passa por ensaios clínicos até março de 2013.

De acordo com Carvalho, tudo indica que o medicamento se mostrará bem sucedido ao término dos testes, o que pode viabilizar sua entrada imediata no mercado, mediante uma licença especial. Afinal, há uma demanda emergencial por novas drogas que combatam as superbactérias, cuja recorrência tem sido cada vez mais comum – tanto nos ambientes hospitalares quanto na comunidade.

Dos hospitais para o mundo

O SARM é a mutação do Staphylococcus aureus, germe que coloniza a epiderme e as fossas nasais e é o principal responsável por infecções hospitalares. Entra na pele por meio de sondas, feridas e incisões de cateteres e, se atinge a corrente sanguínea, pode provocar infecções sistêmicas letais. De acordo com Alberto Chebabo, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), vinculado à UFRJ, cerca de 20% da população será colonizada pela cepa em algum momento da vida. Muitas vezes ela passa despercebida e não causa sintomas. É uma ameaça silenciosa, apenas à espera de um corte para instalar uma infecção´, e está ficando cada vez mais perigosa: aos poucos, a forma resistente está substituindo a sensível.

Há cerca de uma década, o SARM ultrapassou as paredes dos hospitais e se disseminou pela comunidade norte-americana e europeia. Hoje, há cidades como Chicago, nos Estados Unidos, em que 80% das infecções por Staphylococcus aureus são provocadas pela forma resistente – dentre elas as do trato urinário e respiratório, como pneumonia.

Leia a reportagem completa aqui.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Cientistas estimulam crescimento muscular em camundongos


Mulher malhandoCientistas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, perceberam que uma família de proteínas chamada Forkhead (Fox0) possui um importante papel na regulação da massa muscular esquelética e que quando há interferência na atividade dessas proteínas há também uma redução na perda de músculo causada por câncer e infecções.
No estudo foram utilizados três grupos de camundongos: saudáveis, com câncer e com infecção. Nos dois últimos grupos, a inibição da atividade das Fox0 causou uma significativa redução na perda de massa muscular, enquanto no primeiro grupo a inibição causou aumento de tamanho das células musculares.
Estudos envolvendo essa família de proteínas podem gerar terapias que visam reduzir a perda muscular e aumentar a qualidade de vida e taxas de sobrevivência de pacientes com várias doenças, além de poder levar ao fim da necessidade de exercícios físicos no futuro.

Para mais informações, acesse a notícia na íntegra.

domingo, 4 de março de 2012

Cientistas interrompem a progressão da doença de Parkinson em animal vivo


Recentemente, uma pesquisa da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, descobriu uma forma que pode interromper a doença de Parkinson e impedir sua progressão. Até agora, existem apenas terapias eficazes que tratam os sintomas da doença, mas que não diminuem sua progressão no organismo humano.
A causa do distúrbio ainda é desconhecida, mas acredita-se que ele pode ser causado pelo acúmulo de uma proteína chamada de alfa-sinucleína. Tal proteína, quando unida em aglomerados, pode se tornar tóxica e provocar a morte dos neurônios e, através da pesquisa realizada na UCLA, foi descoberta uma forma de prevenir a ocorrência dessas aglomerações e destruir as já existentes.
A prevenção da formação de aglomerados de alfa-sinucleína se dá por conta de um modelo de 'pinça molecular', que nada mais é que um composto molecular complexo capaz de se ligar a outras proteínas. Utilizada por cientistas em um modelo animal vivo, a pinça atingiu o resultado esperado sem interferir em qualquer função normal do cérebro.
A intenção dos cientistas agora é descobrir qual é a real função da alfa-sucleína no cérebro e, assim, procurar uma forma de evitar a formação desses aglomerados sem que haja interferência na função natural da proteína ou em outras áreas cerebrais saudáveis.

Para mais informações, acesse a notícia na íntegra.

sábado, 3 de março de 2012

Ômega-3 não previne câncer, diz estudo

Um estudo da Universidade de Paris mostrou que o ômega-3 não auxilia no combate ao câncer. Para essa descoberta, foi feito um tratamento à base de vitaminas B e suplementos de ômega-3 em pessoas com histórico de doença cardíaca.

Para auxiliar na compreensão dos efeitos dos suplementos administrados, os pesquisadores reuniram informações do número de pacientes submetidos ao tratamento que desenvolveram câncer. Os sujeitos da pesquisa foram divididos em 4 grupos: um tomou duas pílulas de vitamina B por dia, outro tomou duas pílulas de ômega-3, um terceiro tomou os dois suplementos e o último tomou placebos.

Os pacientes foram observados e estudados durante cinco anos e no final do experimento foi possível concluir que a vitamina B não ajuda a diminuir o risco de câncer pois dos 2 mil pacientes, 175 desenvolveram a doença e 58 morreram por causa dela.

Fonte: INFO Online

sexta-feira, 2 de março de 2012

Tratar sinusite com antibiótico nem sempre é necessário

Pesquisadores da Universidade de Washington mostraram que nem sempre é necessário tratar com antibióticos os pacientes com sinusite, já que em estudo feito, um placebo mostrou ter efeitos da mesma forma.

O experimento foi realizado com 166 pessoas adultas, onde um grupo era tratado com o antibiótico amoxicilina e o outro com um placebo, ambos ministrados três vezes ao dia. Os pesquisadores registraram e comparam os sintomas apresentados pelos dois grupos no terceiro, sétimo e décimo dia do tratamento.

O estudo não apresentou, entre os dois grupos, diferença significativa em relação ao desempenho no trabalho e nas atividades diárias, aos efeitos colaterais do tratamento, a satisfação com o mesmo, nem em relação a melhora nos sintomas, a não ser no sétimo dia, onde 74% dos pacientes tratados com amoxicilina apresentaram melhoras, enquanto 56% dos que tomaram placebo.

Esses resultados mostram a possibilidade de nem todos os pacientes sofrerem de sinusite bacteriana, já que o diagnóstico foi clínico e não laboratorial. A principal autora do estudo, Jane M. Garbutt,  espera que os médicos passem a conversar com seus pacientes sobre a necessidade de se evitar o tratamento com antibióticos, a não ser em casos comprovados de sinusite bacteriana.

Fonte: INFO Online

quinta-feira, 1 de março de 2012

Tecnologia de feixes iônicos é usada na criação de leveduras fermentadoras

Feixes de íons pesados produzidos pela RIKEN Ring Cyclotron, localizada na RI Beam Factory, têm feito contribuição decisiva no processo de produção de bebidas alcoólicas.

A Equipe de Biologia Radioativa no Centro Nishina para Ciência Baseada na Aceleração, em colaboração com o Centro Tecnológico Industrial de Saitama, a Saitama Sake e a Associação de Produtores de Shochu, tem usado os feixes iônicos para produzir uma nova levedura fermentadora. A levedura está sendo usada agora para produzir vários tipos de saquê pelos produtores locais em Saitama.

Os feixes iônicos têm aplicação na geração de novas variedades de plantas. Já que os feixes de íons pesados induzem à mutagênese - processo que resulta na mutação - mais rapidamente do que em outras técnicas, eles são capazes de produzir novas variedades de plantas em apenas alguns anos. Usando essa tecnologia, criada no Japão, o líder da Equipe de Biologia Radioativa, Tomoko Abe, já desenvolveu uma numerosa variedade de plantas novas, incluindo dálias, petúnias, arroz resistente a sais e arroz de alta produção. A mais recente variedade desenvolvida pela equipe de Abe é um novo tipo de flor de cerejeira que pode florescer durante o ano inteiro.

O artigo inteiro (em inglês) pode ser conferido clicando-se aqui.