Cientistas americanos comprovaram que um remédio
contra o câncer demonstrou-se ser promissor em melhorar a memória quando dado a
ratos mais velhos que sofrem de Mal de Alzheimer.
A droga em questão é a epotilona, ou EpoD, uma
droga já tinha sido apresentada pela mesma equipe de cientistas da Universidade
da Pensilvânia.
Mas seu novo estudo demonstrou que os benefícios no
aprendizado e na memória de ratos se estenderam aos indivíduos mais velhos que
já tinham sinais da doença, representando um avanço na busca de um tratamento
para esta forma incurável de demência.
O medicamento parece atuar na estabilização dos
microtúbulos, estruturas de transporte de nutrientes nas células nervosas, que
se rompem quando aglomerados de uma proteína denominada tau se formam no
cérebro, provocando os conhecidos "emaranhados" nas células nervosas.
A EpoD funciona de forma similar a uma droga amplamente
usada na quimioterapia, a paclitaxel, mas se diferencia ao cruzar a barreira
sangue-cérebro, explicou o autor que chefiou as pesquisas, Kurt Brunden, cujo
estudo será publicado no periódico Journal of Neuroscience.
"A EpoD entra rapidamente no cérebro, onde
parece persistir por muito mais tempo do que no sangue. Isso pode explicar
porque pequenas doses se mostraram eficazes e seguras no modelo do mal de
Alzheimer em ratos", acrescentou.
No mês passado, uma outra equipe de cientistas
reportou que outro medicamento contra o câncer amplamente disponível, o
bexaroteno, demonstrou ser bem sucedido em reverter o Mal de Alzheimer em ratos,
pesquisa, publicada na revista científica americana Science.
Mas especialistas alertam que os modelos em ratos
nem sempre são traduzidos com sucesso nos testes com pessoas e que obstáculos
significativos permanecem no caminho antes que se saiba se tais abordagens
podem funcionar em humanos.
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