sábado, 24 de março de 2012

O novo núcleo atômico


A equipe norte-americana sugere uma ilustração onde o próprio
núcleo é formado pela antiga visualização do átomo inteiro, com
indicações das partículas (pontos brancos) e das suas órbitas
Por mais modernas que sejam as técnicas utilizadas nos estudos atômicos, ainda é difícill para a maioria das pessoas imaginar como é a estrutura de um átomo inteiro.

Atualmente, sabe-se que os elétrons são 'nuvens de probabilidade' ao redor dos núcleos, mas é desconhecida sua natureza, ou seja, não se sabe se são ondas ou partículas.

O que não corresponde à realidade é tratar o núcleo atômico como um sistema estacionário, formado por prótons e neutrons.

Em estudos da década de 1980 mostravam que alguns núcleos de elementos leves, como o Berílio, o Lítio e o Hélio, não possuem bordas definidas, ou seja, eles têm partículas além-núcleo que criam uma nuvem envoltória, denomidadas halo.

O físico John Arrington, do Laboratório Nacional Argonne, nos Estados Unidos, destaca que "nós geralmente imaginamos o núcleo como um arranjo fixo de partículas, quando na realidade há um monte de coisas acontecendo no nível subatômico que nós simplesmente não podemos ver com um microscópio".

Os estudos feitos com grandes espectrômetros magnéticos mostraram que, destoando-se dos outros átomos, o Berílio possui dois aglomerados de núcleons (prótons e neutrons), cada um deles parecido com o núcleo de um átomo de Hélio-4., associados a um neutron adicional.

Essa observação desmonta completamente a imagem de um núcleo esferico fisicamente delimitado, além de mostrar que o halo, já conhecido anteriormente, é mais complexo do que se imaginava.

A conformação complicada do Berílio faz com que um número relativamente alto de colisões aconteçam, mesmo esse que esse átomo seja pouco denso. Pesquisadores afirmam que esse efeito acelerador deve-se à interações entre os quarks dos núcleons (considerando que cada próton e cada neutron consiste de três quarks super-ligados).

Com a aproximação dos núcleons, essa força que mantém os quarks unidos pode ser perturbada, afetando a estrutura de neutrons e prótons e podendo até. possivelmente, formar partículas compostas por quarks de núcleos diferentes.

Os estudos continuam e Arrington afirma: "Nossa próxima medição vai tentar examinar essa questão diretamente, tirando uma fotografia da distribuição dos quarks quando os núcleons se juntam."

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