Os
pesquisadores Dr. Robert Martuza, da Escola de Medicina de Harvard, Dr. Bernard
Roizman, da Universidade de Chicago, e Dr. Ian Mohr, da Universidade de Nova
York, levantaram a hipótese de que os vírus podem ser desenvolvidos para
combater tumores.
No início dos anos 1900, não havia muito a ser feito pelos pacientes com câncer. A menos que os cirurgiões extirpassem o tumor, a doença geralmente significava um fim rápido e inevitável. Contudo, os pacientes que lutavam contra o câncer gozavam de uma breve interrupção nos tumores malignos quando contraiam uma infecção viral. Assim, após um longo período de tempo resultando em fracassos, os pesquisadores descobriram que vírus comuns algumas vezes atacam células cancerígenas. Dessa forma, o uso de vírus geneticamente modificados podem ser uma aposta, em breve, para matar as células cancerígenas.
As células cancerígenas conseguem se replicar de forma desenfreada, mas existe uma compensação. Elas não conseguem repelir a infecção com a mesma eficácia das células saudáveis. Por isso, os cientistas têm buscado formas de criar vírus que sejam fracos demais para danificar células saudáveis, mas fortes o suficiente para invadir e destruir as células cancerígenas. Esse tem sido um desafio difícil e duradouro.
Atualmente, estão sendo testados diversos vírus potenciais para o combate ao câncer, incluindo dois em terceira fase. Uma forma geneticamente modificada do vaccinia - agente viral que ajudou a erradicar a varíola - vem sendo testada contra cânceres de fígado em estágio avançado, a terceira maior causa global de morte por câncer. Em uma experiência recente, a sobrevida dos pacientes tratados com altas doses do vírus, chamado JX-594, passou de 7 para 14 meses, em comparação com a sobrevida de pacientes tratados com doses pequenas.
Portanto, esses vírus modificados encontrarão seu lugar na medicina, especialmente em conjuntos com outros tratamentos, contra tumores difíceis e agressivos, segundo o pesquisador. Atualmente, o maior desafio consiste basicamente em convencer as pessoas de que o novo tratamento "não é ficção científica", afirmou. Isso pode evitar maiores complicações aos portadores e, quem sabe, evitar a proliferação das células cancerígenas.
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