Com R$ 4 milhões da FINEP, concedidos por meio de subvenção econômica, o presidente da Extracta e professor titular da Escola de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Dr. Antonio Paes de Carvalho, coordenou a formulação de uma pomada antibiótica que promete ser o medicamento mais eficaz contra infecções cutâneas por SARM. A inovadora droga foi batizada como Aureociclina e passa por ensaios clínicos até março de 2013.
De acordo com Carvalho, tudo indica que o medicamento se mostrará bem sucedido ao término dos testes, o que pode viabilizar sua entrada imediata no mercado, mediante uma licença especial. Afinal, há uma demanda emergencial por novas drogas que combatam as superbactérias, cuja recorrência tem sido cada vez mais comum – tanto nos ambientes hospitalares quanto na comunidade.
Dos hospitais para o mundo
O SARM é a mutação do Staphylococcus aureus, germe que coloniza a epiderme e as fossas nasais e é o principal responsável por infecções hospitalares. Entra na pele por meio de sondas, feridas e incisões de cateteres e, se atinge a corrente sanguínea, pode provocar infecções sistêmicas letais. De acordo com Alberto Chebabo, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), vinculado à UFRJ, cerca de 20% da população será colonizada pela cepa em algum momento da vida. Muitas vezes ela passa despercebida e não causa sintomas. É uma ameaça silenciosa, apenas à espera de um corte para instalar uma infecção´, e está ficando cada vez mais perigosa: aos poucos, a forma resistente está substituindo a sensível.
Há cerca de uma década, o SARM ultrapassou as paredes dos hospitais e se disseminou pela comunidade norte-americana e europeia. Hoje, há cidades como Chicago, nos Estados Unidos, em que 80% das infecções por Staphylococcus aureus são provocadas pela forma resistente – dentre elas as do trato urinário e respiratório, como pneumonia.
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