Cientistas da Universidade de Toronto encontraram um mecanismo molecular que tem um papel importantíssimo na transição da levedura da Candida albicans em fungo patogênico - uma das principais causas de infecção hospitalar. A descoberta realça a importância do aquecimento no crescimento fúngico e fornece um novo alvo para terapias com o uso de drogas para conter infecções por Candida albicans.
A bactéria normalmente é inofensiva aos humanos, porém ela se torna infecciosa em determinadas condições ambientais e genéticas, com o aumento da temperatura como um dos fatores principais. Ela pode produzir infecções brandas ou severas, como as sistêmicas.
O primeiro trabalho de mapeamento molecular da Candida albicans foi feito em 2009 pela professora Leah Cowen do Departamento de Genética Molecular da Universidade de Toronto, o qual relacionou o crescimento da fungo com a função de uma "chaperona molecular" chamada de proteína de choque térmico 90 (Hsp90). Em conjunto com um proteína, Hms1, uma ciclina e uma enzima, formam um circuito metabólico responsável pela patogenicidade do fungo.
Os pesquisadores mostraram que uma deleção no Hms1 inibe a infecção pela Candida albicans, apontando para uma possível terapia clínica. Com isso em mente, a professora Cowen e seu laboratório examinaram outras vias metabólicas que interagissem com a Hsp90.
Foram testadas 226 interações metabólicas com a Hsp90, em diferentes temperaturas com diferentes drogas anti-fúngicas, sendo que 224 eram inéditas. Desse modo, os pesquisadores têm um grande número de alvos que podem regular a morfogênese e a resistência a drogas da Candida.
Fonte: Physorg.com (em inglês)
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