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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Hibernação de ursos pode dar pistas para tratamento de obesidade e diabetes

Urso
           Estima-se que 1,5 milhões de pessoas de todo o mundo estejam acima do peso, todavia ainda existem poucos remédios para a obesidade e estes costumam causar efeitos colaterais. Nesse contexto, o pesquisador Kevin Corbit, da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos, publicou um artigo no jornal The New York Times, sugerindo que o período de hibernação dos ursos pode dar pistas sobre o tratamento da obesidade e da diabetes.

No verão, estes animais podem ganhar mais de sete quilos por dia, porém não armazenam gordura em locais que podem ser prejudiciais a saúde como acontece nos humanos. Além disso, os ursos conseguem "desligar" suas funções renais durante esse período, resultando em rins danificados e altos níveis de toxinas no sangue (suficientes para matar um ser humano), mas esse processo é revertido quando o animal acorda, e os rins são restaurados, sem nenhuma sequela.

Quanto à insulina, os ursos controlam a atividade do gene PTEN, assim são capazes de modificar as respostas do organismo em relação à insulina, logo ficam mais sensíveis a ela quando estão bem alimentados e tornam-se resistentes durante a hibernação, como ocorre nos diabéticos. No entanto, o nível de açúcar no sangue permanece sem alterações.

O objetivo de Corbit é estudar como essas alterações ocorrem nos animais e buscar pistas que possam ser aplicadas nos seres humano.


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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Software ajudar a detectar cegeira em diabéticos

Um cuidado indispensável com portadores de diabetes é identificar ou não se eles têm retinopatia diabética, uma enfermidade nos olhos que pode levar à cegueira. O risco aumenta se o controle da glicemia não for adequado e o paciente não procurar um oftalmologista. O diagnóstico é feito por mapeamento da retina ou por análise de fotografias coloridas produzidas por um aparelho chamado retinógrafo. 

Para auxiliar nessa análise e tornar o diagnóstico mais rápido, pesquisadores do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (IC-Unicamp) desenvolveram uma solução computacional que poderá ajudar na detecção e tratamento da doença. O software é capaz de analisar automaticamente imagens na retina, no fundo do olho, de pacientes diabéticos e indicar de forma precoce anomalias como hemorragias, alterações vasculares, cicatrizes e sinais de processos inflamatórios. 

A novidade ganha importância porque essa doença é a principal causa de cegueira na população ativa – entre 20 e 74 anos – em países desenvolvidos. “De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, atualmente o mal afeta 366 milhões de pessoas em todo o mundo e é estimado que este número cresça para aproximadamente 552 milhões até 2030”, diz o professor Anderson Rocha, do IC-Unicamp, coordenador do projeto. No Brasil, estima-se que cerca de 5% da população, ou perto de 10 milhões de brasileiros, são diabéticos, parte dos quais poderá vir a desenvolver a retinopatia diabética.

domingo, 14 de julho de 2013

Biochip mede nível de glicose na saliva

Domenico Pacifici e seus colegas da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, acabam de desenvolver um biochip com um novo sensor capaz de detectar os níveis de açúcar no sangue analisando, não o sangue, mas a saliva.

A nova técnica é fruto de uma convergência entre a nanotecnologia e um campo ainda mais recente, chamado plasmônica, que explora a interação entre os elétrons e os fótons, criando "ondas" chamadas plásmons de superfície.

Para criar os sensores, os pesquisadores escavaram dois tipos de nanoestruturas em uma pastilha: uma fenda, que captura e confina os fótons, e ranhuras ao seu lado, que, ao contrário, dispersam a luz.

Quando uma molécula entra no circuito, tocando a superfície de prata do sensor, ela induz uma alteração na onda plasmônica, por sua vez ocasionando uma alteração na intensidade de luz que passa pela fenda.

A medição dessa alteração permite que os pesquisadores identifiquem as moléculas na superfície do sensor, eventualmente localizando aquela que está sendo procurada.

A glicose na saliva humana tipicamente tem uma concentração 100 vezes menor do que no sangue. Nos testes, o biochip conseguiu medir com precisão concentração de glicose na água de 0,36 miligramas por decilitro.


Quando totalmente desenvolvida, a técnica poderá representar o fim das picadas a que pacientes de diabetes estão sujeitos diariamente.

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sábado, 8 de junho de 2013

Riscos de doenças ligadas à obesidade podem ser herdados de avó, diz estudo

Cientistas britânicos da Universidade de Edimburgo descobriram que os netos podem herdar de suas avós problemas de saúde ligados à obesidade, como cardiopatias e diabetes, mesmo que suas mães não apresentem indícios de tais doenças.

O estudo foi realizado com camundongos fêmeas com obesidade moderada, alimentadas com uma dieta rica em gordura e açúcar antes e durante a gravidez. A obesidade moderada ocorre quando o indivíduo tem Índice de Massa Corporal (IMC, calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado) entre 30 e 34,9.

Os cientistas chegaram à conclusão de que os riscos da obesidade eram passados para a segundo geração da prole, sendo que a primeira geração não apresentavam nenhum dos efeitos negativos do sobrepeso. O motivo para isso ainda não está esclarecido, mas, entre as hipóteses, estão as diferenças no ganho de peso ou a alimentação com um determinado tipo de comida durante a gravidez.

Segundo Amanda Drake, da Universidade de Edimburgo, "dado o aumento da obesidade no mundo, é vital entender como as gerações futuras podem ser afetadas por isso". Os experimentos com humanos para entender esse processo são desafiadores, mas possíveis. "Estudos realizados futuramente podem analisar essas tendências em humanos, mas precisariam levar em conta fatores genéticos, ambientais, sociais e culturais".

Para mais informações, acesse a notícia completa.

sábado, 6 de abril de 2013

Benefícios da jabuticaba



Dez unidades consumidas por dia, com casca, seriam suficientes para auxiliar na prevenção de doenças. Isso, claro, associado a estilo de vida saudável.

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas - Unicamp descobriram que a fruta pode ajudar no tratamento e prevenção de doenças. “A jabuticaba possui compostos fenólicos que ajudam a prevenir o envelhecimento precoce, combater os radicais livres, possui vitamina C e do complexo B alem de possuir fibras que ajudam o colesterol sanguíneo”, explica Mário Roberto Maróstica, pesquisador da universidade.

Descobriu-se que as melhores propriedades estão na casca. A pesquisa consistiu em transformar esta casca em uma farinha e um extrato que, posteriormente, foram testados em células com algum tipo de câncer. “Nós observamos uma redução de 50% no crescimento de células de leucemia e células de câncer de próstata”, afirma o pesquisador.

Observou-se uma redução de 50% no crescimento das células cancerígenas. Fato  explicado por a fruta possuir compostos fenólicos. Os mais potentes estão presentes na casca e atribuem a cor escura à fruta. Estes compostos combatem o envelhecimento precoce da pele.

Outra vertente da pesquisa mostrou que o consumo diário de jabuticaba pode ter efeito na prevenção da diabetes tipo dois. A casca da fruta provou ser eficaz na redução de 10% de glicemia e na redução do colesterol sanguíneo.

Para saber mais, clique aqui!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Estudo sobre insulina pode pôr fim às injeções





Trabalhos publicados mostram a descoberta de cientistas que conseguiram decifrar o mecanismo de fixação da insulina em seu receptor celular. 

Um modelo do hormônio feito com um acelerador de partículas facilitou o conhecimento sobre a insulina e seu receptor.  

"Um fragmento de insulina se desloca e as partes fundamentais do receptor vão ao encontro do hormônio da insulina. Isso pode ser chamado  de um aperto de mãos molecular", explicou Mike Lawrence, professor associado do Walter and Eliza Hall Institute de Melbourne.

De acordo com o cientista  as descobertas feitas podem ser utilizadas na elaboração de tratamentos com insulina mais eficazes, permitindo a melhoria na qualidade de vida de milhões de pacientes, além da da possibilidade de produzir uma insulina mais estável que resista a temperatuas elevadas sem refrigeração. 

Esta descoberta poderia não só ajudar apacientes diabéticos, mas também a portadores do Mal de Alzheimer e de certos tipos de câncer associados à resistência à insulina.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Experimento consegue eliminar sintomas do diabetes tipo 1



Cientistas suíços conseguiram reprogramar o sistema imunológico de roedores para eliminar uma doença autoimune, feito que pode abrir caminho para novos tratamentos contra condições para as quais ainda não há cura, como diabetes tipo 1. O estudo, desenvolvido na Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, foi publicado na edição desta semana do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
 
Injeções de insulinaAs doenças autoimunes são aquelas em que o sistema imunológico ataca as células do próprio organismo. No estudo, os pesquisadores modificaram uma proteína que, uma vez inserida em camundongos com diabetes tipo 1, foi capaz de eliminar completamente os sintomas da doença nos animais. Isso ocorreu porque a substância atacou os linfócitos T, células do sistema de defesa cuja disfunção agride as células do pâncreas, acarretando esse tipo de diabetes.
 
"Nosso método comporta poucos riscos e não deve produzir importantes efeitos colaterais, na medida em que não atacamos o sistema imunológico de forma conjunta, mas unicamente o tipo de linfócitos T implicados nesta doença", disse Stephan Konton, um dos autores do estudo.
 
Para os pesquisadores, a técnica é promissora em tratar, em humanos, esse tipo de diabetes, como também outras doenças autoimunes, como a esclerose múltipla. Essa condição também resulta de uma disfunção dos linfócitos T, que passam a atacar a mielina, uma substância que envolve e protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinal e do nervo óptico. De acordo com os autores, os primeiros testes clínicos da pesquisa deverão ocorrer em 2014.
 
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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Nova promessa para o tratamento da diabetes

O projeto Dream, liderado pelo pesquisador israelense Moshe Phillip, está desenvolvendo o que promete ser o futuro no tratamento da diabetes tipo I, um pâncreas artificial capaz de calcular o índice de glicose sanguínea e liberar a quantidade necessária de insulina automaticamente, sem qualquer intervenção do paciente.
A diabetes tipo I é uma doença autoimune, na qual ocorre a destruição das células produtoras de insulina no pâncreas. Desse modo, os pacientes que sofrem dessa doença (cerca de 10% dos pacientes que sofrem com diabetes) precisam controlar o nível desse hormônio através de algumas injeções diárias de insulina.
O pâncreas artificial funciona através de um sensor de glicose subcutâneo, responsável por monitorar a taxa de açúcar no sangue. Esse sensor está ligado a uma bomba, responsável por fazer a injeção de insulina. Esse mecanismo todo é controlado por programas, que são responsáveis por fazer o cálculo da quantidade de insulina necessária, a partir das informações recebidas pelo sensor.
Os pesquisadores avaliaram o desempenho desse aparelho em jovens de 12 a 15 anos, sendo que essas pessoas estavam desenvolvendo suas atividades rotineiras, fora de um ambiente hospitalar.
Atualmente já existe no mercado uma bomba de infusão de insulina, entretanto ela não é tão automática assim, já que os cálculos da quantidade de insulina a ser injetada depende do paciente, assim como apertar o botão para iniciar a injeção.

Para maiores informações, clique aqui.

domingo, 18 de março de 2012

Conexões viscerais


Há muito tempo sabe-se que existe cerca de 100 trilhões de bactérias nos intestinos e até então acreditava-se que a presença dessas bactérias era benéfica para elas e seus hospedeiros na maior parte das vezes, ou ainda que, no máximo, não favorecesse nem prejudicasse qualquer um dos lados. Porém, nos últimos anos surgiram estudos mostrando que, em alguns casos, a intimidade contínua pode trazer consequências indesejáveis para o hospedeiro.
A equipe do médico Mário Abdalla Saad, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicou um estudo na revista PloS Biology demonstrando que um determinado grupo de bactérias intestinais pode, em certas situações, iniciar um desequilíbrio metabólico que quase sempre leva ao desenvolvimento de diabetes e obesidade.
A alteração que antecede o diabetes e o ganho excessivo de peso é o que os médicos chamam de resistência à insulina. Quando a resistência à insulina se instala, o corpo deixa de usar de maneira adequada o hormônio que permite às células dos músculos e de outros tecidos retirar o açúcar do sangue e convertê-lo em energia ou estocá-lo para usar mais tarde. Em experimentos com camundongos, a equipe de Saad verificou que por trás da resistência à insulina podem estar as bactérias do filo Firmicutes.
O aumento da proporção de Firmicutes na microbiota intestinal parece influenciar o surgimento de diabetes e obesidade de duas maneiras: por melhorar a capacidade de extrair energia dos alimentos ou por contribuírem para o desenvolvimento de uma inflamação sutil, típica da obesidade, que se espalha pelo organismo e interfere no aproveitamento da insulina.
Porém, não são as Firmicutes que disparam a inflamação. Elas apenas parecem facilitar a passagem de pequenos fragmentos de outras bactérias – constituídos de lipopolissacarídeos (LPS) - pela delicada parede dos intestinos, que vão se aderir a receptores na superfície de diferentes tipos de células do corpo. Ao se conectarem à membrana dos macrófagos, os LPS acionam sinais bioquímicos que colocam o sistema imunológico em alerta e iniciam a inflamação leve. Nas células dos músculos, do fígado e do tecido adiposo os sinais inflamatórios disparados pelos LPS também geram um efeito distinto: impedem o uso da insulina e a entrada de glicose nas células – é a resistência à insulina. A exposição prolongada ao LPS faz a resistência à insulina se instalar primeiro no fígado depois nos músculos e só mais tarde ela atinge o tecido adiposo.
O trabalho da PLoS Biology abre caminho para se buscar novas formas de combate e prevenção ao diabetes e à obesidade. “Não estamos propondo o uso de antibiótico para tratar a obesidade; no estudo eles servem para provar um conceito”, alerta Saad. Alguns acreditam que os probióticos, compostos contendo microrganismos vivos, possam ajudar a desenvolver uma microbiota que evite o ganho de peso, mas não está comprovado. “Talvez funcione como prevenção, antes que se comece a engordar”, imagina Saad.
Enquanto não avançam os testes, a saída menos arriscada é praticar exercícios físicos e apostar em uma dieta com pouca gordura.


Para mais informações sobre o estudo realizado, acesse a notícia na íntegra.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Insulina ainda é produzida em diabéticos tipo 1

  O organismo de pessoas com diabetes tipo 1 continua a produzir insulina, afirmam pesquisadores do Hospital General de Massachusetts, em Boston (EUA).
O grupo sugere que algumas células pancreáticas, responsáveis pela produção do hormônio, continuam a funcionar nos diabéticos, levando os cientistas a acreditar que elas poderiam ser regeneradas no futuro.
No diabetes do tipo 1, os leucócitos interpretam erroneamente que as células beta do pâncreas são corpos estranhos e estes, por sua vez, passam a ser atacados pelos anticorpos, o que leva à falta de insulina essencial para controlar os níveis de glicemia do sangue.
No estágio inicial da doença, as ilhotas de Langerhans liberam uma quantidade de insulina, mas como também são atacados, ao longo do tempo o corpo deixa de produzir insulina em quantidade suficiente.
Segundo os resultados obtidos pela equipe de Boston, essa premissa pode estar equivocada.
Denise Faustman e equipe analisaram o sangue de 182 diabéticos em busca do peptídeo C, uma proteína que é fabricada exclusivamente durante a produção de insulina pelo corpo.
O peptídeo C foi encontrado em 80% dos pesquisados, todos diagnosticados com diabetes tipo 2, durante os últimos cinco anos.
Baustman também detectou a mesma proteína em 10% dos diabéticos diagnosticados com a doença entre 31 e 40 anos atrás.
De acordo com a pesquisadora, isso mostra que os diabéticos poderiam restabelecer a produção de insulina para níveis normais, recuperando-se as células produtoras de insulinas da mesma forma como tem sido feito com as células-tronco.

Leia notícias complementares a essa, já postadas no blog:

Fonte: Folha online

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Estudo em animais mostra que medicamento dado ao nascer impede diabetes

Foram realizadas pesquisas com a aplicação de medicamento humano para adultos diabéticos em animais recém nascidos. O resultado surpreendente é que a droga quando ministrada muito cedo na vida, impede a possibilidade posterior de se desenvolver a doença.
Se o estudo for feito em humanos o medicamento poderá impedir que crianças venham a desenvolver diabetes do tipo 2 ao longo da vida. Portanto, existe um intervalo de tempo na infância em que se pode proteger permanentemente as células responsáveis pela produção de insulina e, consequentemente, evitar a doença.
O hormônio utilizado na pesquisa foi o hormônio Exendin-4 recentemente aprovado para a utilização em pessoas que apresentam diabete 2 e não conseguem processar a insulina naturalmente, ou sua produção é insuficiente. Apesar de o mecanismo de ação da droga não ser conhecido, sabe-se que ele aumenta a secreção de insulina em adultos.
Pesquisas anteriores revelaram que a falta de disponibilidade da quantidade necessária de hormônios e nutrientes para o o desenvolvimento fetal está relacionada a crianças que passaram por complicações no crescimento intra-uterino durante a gestação. Esse problema altera irreversivelmente a expressão gênica e danifica as células produtoras de insulina presentes no pâncreas.
Durante o estudo foram recriados problemas intra-uterinos em ratos e analisada a atuação do medicamento quando ministrado nestes ratos recém-nascidos. Foi observado que ele aumentou a expressão de um gene essencial às células beta produtoras de insulina a fim de que funcionem corretamente.

domingo, 11 de setembro de 2011

Você é o que você come


Nós, seres humanos, não somos unidades indivisíveis. Ao contrário, nós somos um ecossistema complexo onde habitam, por exemplo, colônias de bactérias responsáveis pela nossa digestão. Ainda na boca, a saliva contém bactérias que dão início ao processo digestivo. No estômago, a decomposição do alimento termina com o auxílio dos ácidos estomacais e de outras bactérias. Já no intestino, estão concentradas as bactérias que absorvem para o organismo os nutrientes do alimento.


No começo do ano, uma equipe de geneticistas descobriu que os microbiomas que povoam o sistema digestivo dos seres humanos variam entre os indivíduos. Essa variação, como se descobriu, não estava ligada a etnia, região, cultura, sexo, classe econômica ou idade. O que se sabia era que a humanidade está dividida em grupos de acordo com a prevalência de uma ou outra espécie de bactérias: a Prevotella, a Bacteroides e a Ruminococcus.

Um estudo publicado na revista Science no começo do mês trouxe a explicação para essa diferenciação. Segundo os geneticistas da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia, EUA, a fauna bacteriana de cada indivíduo varia de acordo com a alimentação da pessoa. A Prevotella se mostrou dominante entre os vegetarianos, a Bacteroides entre os carnívoros e a Ruminococcus entre aqueles que tem consumo elevado de álcool e de gorduras poli-insaturadas. Apesar de ocorrer a dominância de uma espécie, isso não quer dizer que apenas um exista em cada ser humano. Ao contrário, os três grupos habitam o intestino de qualquer indivíduo.

Com isso, ficou a pergunta: são as bactérias que influenciam o paladar ou é a dieta que determina a flora intestinal? Se a resposta for que as bactérias determinam nosso paladar, isso pode gerar novos tratamentos que, mudando a composição de nossa flora intestinal, nos ajudem em dietas, na intolerância a lactose, na eliminação de açúcar em diabéticos e no combate ao alcoolismo.

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Ciencia-e-tecnologia/noticia/2011/09/voce-e-o-que-voce-come.html