Cientistas britânicos da Universidade de Edimburgo descobriram que os netos podem herdar de suas avós problemas de saúde ligados à obesidade, como cardiopatias e diabetes, mesmo que suas mães não apresentem indícios de tais doenças.
O estudo foi realizado com camundongos fêmeas com obesidade moderada, alimentadas com uma dieta rica em gordura e açúcar antes e durante a gravidez. A obesidade moderada ocorre quando o indivíduo tem Índice de Massa Corporal (IMC, calculado dividindo o peso pela altura elevada ao quadrado) entre 30 e 34,9.
Os cientistas chegaram à conclusão de que os riscos da obesidade eram passados para a segundo geração da prole, sendo que a primeira geração não apresentavam nenhum dos efeitos negativos do sobrepeso. O motivo para isso ainda não está esclarecido, mas, entre as hipóteses, estão as diferenças no ganho de peso ou a alimentação com um determinado tipo de comida durante a gravidez.
Segundo Amanda Drake, da Universidade de Edimburgo, "dado o aumento da obesidade no mundo, é vital entender como as gerações futuras podem ser afetadas por isso". Os experimentos com humanos para entender esse processo são desafiadores, mas possíveis. "Estudos realizados futuramente podem analisar essas tendências em humanos, mas precisariam levar em conta fatores genéticos, ambientais, sociais e culturais".
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