Um cuidado indispensável com portadores de diabetes é identificar ou não se eles têm retinopatia diabética, uma enfermidade nos olhos que pode levar à cegueira. O risco aumenta se o controle da glicemia não for adequado e o paciente não procurar um oftalmologista. O diagnóstico é feito por mapeamento da retina ou por análise de fotografias coloridas produzidas por um aparelho chamado retinógrafo.
Para auxiliar nessa análise e tornar o diagnóstico mais rápido, pesquisadores do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (IC-Unicamp) desenvolveram uma solução computacional que poderá ajudar na detecção e tratamento da doença. O software é capaz de analisar automaticamente imagens na retina, no fundo do olho, de pacientes diabéticos e indicar de forma precoce anomalias como hemorragias, alterações vasculares, cicatrizes e sinais de processos inflamatórios.
A novidade ganha importância porque essa doença é a principal causa de cegueira na população ativa – entre 20 e 74 anos – em países desenvolvidos. “De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, atualmente o mal afeta 366 milhões de pessoas em todo o mundo e é estimado que este número cresça para aproximadamente 552 milhões até 2030”, diz o professor Anderson Rocha, do IC-Unicamp, coordenador do projeto. No Brasil, estima-se que cerca de 5% da população, ou perto de 10 milhões de brasileiros, são diabéticos, parte dos quais poderá vir a desenvolver a retinopatia diabética.
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