Foi nesse ponto que Luciana Yamane, bolsista FAPESP com essa pesquisa, enxergou uma grande possibilidade. Através de uma técnica chamada de bio-hidrometalurgia, que utiliza bactérias para fazer a extração de cobre desses circuitos, conseguiu ser muito eficiente na extração bem como em seu custo e sustentabilidade, já que é muito menos poluente e inofensiva aos seres humanos.
Já é possível fazer a extração de cobre e outros metais desses circuitos, mas são utilizados ácidos ou através de pirometalurgia para fazer a extração resultando em altas temperaturas, que são problemas de gasto de energia e também para os rios se não forem bem tratadas, além da emissão de gases poluentes.
O desafio da pesquisa foi fazer com que as bactérias sobrevivessem ao meio em que seriam colocados os resíduos triturados dessas placas, uma vez que fibras de vidro e outros materiais são tóxicos para elas. A solução foi fazer uma seleção de bactérias resistentes colocando pequenas concentrações dos resíduos até chegar ao ponto de conseguir colocar 28 gramas para cada litro de solução.
A bactéria Acidithiobacillus ferrooxidans linhagem LR é inoculada oxidando os íons ferrosos transformando-os em íons férricos (Fe+3), que oxidará o cobre liberando-os dos grânulos da placa e dissolvido na solução, conhecido como biolixiviação. O processo de separação do cobre solubilizado é feito através de técnicas convencionais e por meio de processos já estabelecidos.
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