sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Terapia genética em teste freia doença ocular degenerativa

Conseguir ler três linhas de letras miúdas a mais durante um exame de vista faz diferença para quem estava ficando cego por causa de uma doença degenerativa.


Esse avanço ocorreu durante um teste da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que usou terapia genética para tentar reverter o dano à retina e a outras regiões cruciais dos olhos.

Não há nada de milagroso: dos seis pacientes tratados, quatro continuam com a mesma acuidade visual que tinham antes da operação (eram os casos menos sérios, nos quais a visão era só um pouco mais fraca do que a de pessoas sadias).

Os outros dois doentes –justamente os que já tinham perdido boa parte da visão– responderam de forma mais clara ao tratamento.

A doença que a equipe do pesquisador Robert MacLaren está tentando enfrentar é a coroideremia, assim chamada porque afeta a coroide, camada do olho cheia de vasos sanguíneos que ajuda a nutrir a retina, também progressivamente destruída pela moléstia. A coroideremia afeta uma pessoa a cada 50 mil, em geral homens– e tem origem genética. A cegueira vem ao longo de décadas e é inevitável.

Como um defeito num único gene desencadeia o problema, a ideia dos cientistas é substituir o trecho de DNA defeituoso pelo equivalente "em bom estado".
Isso é conseguido por meio de um vírus modificado que, na natureza, infecta seres humanos e outros primatas sem causar doenças.

Em laboratório, os cientistas embutem o gene de interesse no vírus, como um arquivo num pen drive, e ele fica encarregado de espalhar o gene nas células do olho após ser injetado no local.

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