Para produzir o etanol a cana-de-açúcar passa por vários
processos. Primeiro é preciso extrair o caldo da cana (garapa) que é
aquecimento para a obtenção do melaço, depois o melaço é fermentado por
leveduras, o que resulta em um baixo teor alcoólico, que é aumentado com a
destilação fracionada.
A levedura utilzada para transformar o açúcar do
melaço em álcool na fermentação é a Saccharomyces cerevisiae. Porém, algumas linhagens da levedura são
sensíveis à temperatura necessário no processo e outras são sensíveis ao etanol
formado. Por esse motivo, vários pesquisadores tentam modificar geneticamente essas
leveduras para torná-las resistentes á altas temperaturas e ao etanol, visando
também uma maior produção de etanol com a mesma quantidade de cana-de-açúcar e
a diminuição do custo da produção.
Como exemplo desse tipo de pesquisa temos as
pesquisas realizadas na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) conduzidas
pelo professor Anderson Cunha,
financiadas pela FAPESP em parceria com
a ETH Bionergia. A intenção das pesquisas é pegar os genes que causam a resistência
ao calor e ao etanol em outras leveduras e transferi-los para linhagens bem
adaptadas ao processo industrial. Anderson Cunha e sua equipe tiram
amostras das leveduras das dornas de fermentação e no laboratório fazem a seleção
e os testes. Com essa pesquisa foi possível criar uma banco de dados com 400
linhagens de leveduras com características fermentativas distintas.
Outra forma de melhorar a levedura Saccharomyces cerevisiae é identificando genes presentes em outros
microorganismos, como fungos polimórficos, que produzem enzimas celulolíticas,
capazes de fazer a hidrólise da celulose, uma característica interessante para
o etanol de segunda geração, e passar esses genes para a levedura. Esse
é objetivo dos estudos sob a coordenação do professor Francisco Maugeri Filho,
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), também financiados pela
FAPESP.
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