segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Robô feito de DNA pode combater o câncer


Cientistas do Wyss Institute, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, criaram um nano-robô feito com partes de DNA capazes de transportar moléculas para dentro de células do corpo humano.

          A miniaturização dos robôs, fazendo-os encolher até a escala molecular, poderá oferecer aos cientistas ferramentas para atuar em nível molecular que trarão os mesmos benefícios que os robôs e a automação trouxeram para a escala macroscópica. Esses robôs moleculares poderão ser programados para avaliar o ambiente ao seu redor por meio de sensores, detectando, por exemplo, moléculas no interior das células que indiquem a presença de doenças e, assim, descarregar drogas que eliminem células cancerosas.
              O nanorrobô, com um comportamento que pode ser controlado previamente, foi construído com uma técnica chamada origami de DNA. Esta técnica é uma espécie de estrutura feita com fitas de DNA que se encaixam autonomamente para formar virtualmente qualquer formato ou padrão.
                Usando as propriedades de reconhecimento de sequências dos pares de bases, os origamis de DNA são criados a partir de uma longa fita de DNA e uma mistura de diversos tipos de fitas curtas de DNA que se ligam à fita longa no formato desejado por meio de uma espécie de "grampo".
              O DNA de origami foi desenvolvido com base na ação de algumas das células de defesa do corpo humano, conhecidas como glóbulos brancos. Ele utiliza formatos tridimensionais de DNA e é o primeiro a usar fragmentos com o objetivo de transmitir mensagens moleculares. O recipiente pode conter vários tipos de cargas. Portanto, ele pode incluir moléculas específicas com instruções codificadas, que podem interagir com a superfície de células de sinalização de receptores. Durante os estudos, as células de linfoma e de leucemia  foram atacadas. Segundo os cientistas, a vantagem do uso do DNA como meio transportador está no fato do material ser biodegradável e compatível com o nosso corpo.

Fonte: Infoabril

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