sábado, 31 de dezembro de 2011

Alemães e brasileiros pela sustentabilidade


A indústria química Lanxess, multinacional de origem alemã, anunciou ontem (5/10) que a partir de novembro começa a fabricar no Rio Grande do Sul uma borracha com base em um derivado da cana-de-açúcar – a primeira do mundo, conforme comunicado da empresa. Trata-se da versão verde de um tipo específico de borracha, descrito quimicamente como monômero de etileno propileno dieno (EPDM, na sigla em inglês), até agora derivada do petróleo. Neste caso, no entanto, a empresa vai utilizar o etileno obtido pela desidratação do etanol. Essa borracha é usada principalmente em mangueiras de motores e para vedar portas, porta-malas e limpadores de para-brisa de automóveis. Poderá também contribuir para a construção civil em fios elétricos e outros itens de borracha que precisem ficar expostos ao calor e às intempéries.
A iniciativa da empresa visa à diminuição de emissão de dióxido de carbono para a atmosfera em relação à borracha feita a partir do petróleo, tornando a fabricação do produto menos problemática do ponto de vista ambiental. O fornecimento do bioetileno será da Braskem, empresa brasileira que desenvolveu tecnologia para produção de insumos para a indústria de polímeros e plásticos baseados no etanol.
As duas empresas estão instaladas em Triunfo, no Rio Grande do Sul, e o etileno será transportado da Braskem à fábrica da Lanxess por meio de uma tubulação. A Lanxess já produz no Brasil 40 mil toneladas da borracha EPDM oriunda de petróleo por ano. Do total produzido, 40% são exportados principalmente para os Estados Unidos e países da América Latina. A empresa espera produzir 10 mil toneladas por ano da mesma borracha em versão “verde”. “Já temos cerca de 2 mil clientes mundiais que estão interessados no produto feito de cana”, disse Guenther Weymans, chefe da unidade de Negócios de Borrachas da Lanxess, no lançamento do produto em São Paulo. Quanto ao preço, os executivos da empresa disseram que o bioetileno é mais caro – não disseram o quanto – e estão negociando o custo com a Braskem. Os investimentos da Lanxess na preparação da fábrica somaram R$ 5 milhões.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Aparelho revela dinâmica da água nas plantas

Esquema ilustrativo do sensor
Um equipamento inédito desenvolvido no Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, poderá ajudar a melhorar a produtividade da agricultura brasileira. Trata-se do Micropulso IAC, aparelho portátil e móvel que realiza a medição direta do fluxo de seiva, por meio de sensores implantados nos caules das plantas, em seu ambiente natural. A aferição é importante para determinar o consumo hídrico na plantação e fornece base para o conhecimento da dinâmica da água na planta e a análise do estresse hídrico. A partir dessas informações, o agricultor pode compreender como as culturas agrícolas se comportam em certos ambientes e obter o melhor rendimento econômico. A metodologia usada pelo aparelho baseia-se no “pulso de calor”, já conhecida. Agulhas de implantação com 0,5 mm de diâmetro funcionam como sensores. A seiva é marcada com calor em intervalos regulares de 15 minutos e o monitoramento é feito com base no deslocamento do calor, por meio de um programa computacional, que permite desenhar um gráfico de perda de água. Segundo o pesquisador Antônio Odair Santos, cada aparelho deverá custar R$ 20 mil.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Nova Vacina Contra Tumores Agressivos

 Um grupo de cientistas dos Estados Unidos anunciou, neste mês de dezembro, que desenvolveu uma vacina que ataca vários tipos de tumores, o que poderá ajudar no tratamento de câncer de mama, colo, ovário e pâncreas.
A vacina mostrou-se promissora em ratos de laboratório, mas sua eficácia ainda precisa ser confirmada com testes em humanos, destacaram os pesquisadores. 
A vacina orienta o sistema imunológico a atacar os tumores que carregam uma proteína conhecida por MUC1 na superfície de suas células. A MUC1 é encontrada em mais de 70% dos tipos agressivos de câncer, incluindo na maioria dos tumores malignos de mama, pâncreas e em vários melanomas.
"Esta é a primeira vez que se desenvolve uma vacina que 'treina' o sistema imunológico a distinguir e matar células cancerígenas baseando-se em suas diferentes estruturas de açúcar em proteínas, como a MUC1", destacou outra autora da pesquisa, Sandra Gendler, professora da Clínica Mayo, no Arizona.
A proteína MUC1 também é encontrada em 90% das pacientes que apresentam um tipo de câncer de mama conhecido como tumor "triplo negativo", que não respondem a tratamentos hormonais como o Tamoxifeno, a inibidores de aromatase ou ao remédio Herceptin. Estas pacientes precisam urgentemente de novos tratamentos para combater seu câncer e "apenas nos Estados Unidos há 35 mil casos diagnosticados a cada ano de triplo negativo", destacou Boons.
"Poderemos ter uma terapia para um grande número de pacientes que atualmente não contam com terapia farmocológica, e dependem apenas da quimioterapia". A vacina contra a MUC1 poderá ser utilizada em combinação com quimioterapia e como medida preventiva em pacientes com alto risco de desenvolver certos tipos de câncer.
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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Extratos nanoencapsulados


Novos mecanismos moleculares com ação contra flacidez e rugas descobertos no picão-preto (Bidens pilosa) resultaram em um ativo cosmético que funciona de forma semelhante ao retinol, sintetizado a partir da vitamina A, mas sem os seus efeitos adversos, como irritação cutânea, descamação e ardência.
Um dos primeiros produtos inovadores a se destacar no disputado mercado de beleza foi o Aquasense, produzido a partir do angico-branco, dos quais se obtém um extrato que contém uma classe de polissacarídeos chamada arabinogalactanas, responsável por estimular a célula a expressar as aquaporinas. Com isso elas transportam mais água para a pele, deixando-a hidratada.
Outro produto desenvolvido pela empresa é um ativo extraído da planta camapu (Physalis angulatu), com atividade semelhante à dos anti-inflamatórios corticoesteroides, mas sem os efeitos colaterais de uso a longo prazo, como ressecamento e envelhecimento da pele. Tanto a extração do camapu como a do picão-preto é feita pelo chamado processo de extração por CO2 supercrítico. Injetando o gás carbônico no equipamento, ele atravessa a planta e arrasta os ativos. Ao eliminar o gás, não sobra nenhum resíduo de solvente, como nos processos tradicionais de extração. Da planta, obtém-se uma pasta que, misturada a um meio apropriado, possibilita dar início ao processo de triagem.
Na pesquisa realizada com o picão-preto, a análise fitoquímica do extrato da planta revelou a presença de fitol e ácidos graxos, sinalizadores de possíveis ações anti-inflamatória, antioxidante e estimuladora de síntese da matriz extracelular, todas ligadas a um mecanismo de ação similar ao dos retinoides. Com base nisso, os pesquisadores avaliaram as atividades antioxidante (pela ação de enzimas específicas), anti-inflamatória (pela quantificação de mediadores inflamatórios como prostaglandina) e retinoide-like (pela medição do fator de crescimento dos componentes da matriz extracelular, como colágeno e elastina). Os resultados obtidos mostram que o extrato da planta funciona de forma parecida ao dos retinoides clássicos, que atuam no rejuvenescimento da pele, promovendo renovação celular bem rápida e eficiente, com diminuição de rugas, de manchas e aumento da elasticidade.
Os retinoides podem atuar em dois receptores distintos, os ácidos (RARs) e os não ácidos (RXRs). Os receptores ácidos produzem uma resposta biológica mais intensa, o que pode desencadear efeitos indesejáveis. Como o ativo do picão-preto tem uma atividade pouco expressiva nesse receptor, isso pode ajudar a explicar por que ele apresenta benefício biológico similar ao ácido retinoico, porém em menor escala e sem os efeitos colaterais.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Europeus encontram gene associado a uma maior necessidade de sono


    Um estudo foi realizado por pesquisadores da University of Edinburgh, na Escócia, e da Ludwig Maximilians University, em Munique, na Alemanha. Foi concluído que cerca de dez mil europeus concluiu que pessoas que possuem o gene ABCC9 precisam de cerca de 30 minutos a mais de sono por noite. Em media, um em cada cinco europeus carrega o gene.
    O estudo foi feito de forma que cada um dos participantes informava a quantidade de horas que dormia por noite e, posteriormente, uma amostra de seu sangue foi colhida para que fosse feita uma análise do DNA.
    Tal revelação pode ajudar a explicar comportamentos associados ao sono, já que participantes que possuíam a variante ABCC9 precisavam de mais tempo de sono do que a média de oito horas.


Para saber mais acesse:  http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/12/111205_gene_sono_mv.shtml

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Cientistas encontram evidências de como os anestésicos funcionam


Médicos usam anestésicos por inalação de uma forma segura para pacientes, no entanto, muito pouco se sabe sobre como estas drogas atuam em crianças e adultos. Estudo conduzido no Seattle Children's Research Institute, nos Estados Unidos, levou à de quais células respondem à anestesia em um verme - C. Elegans.
"Nossas descobertas nos dizem que as células e os canais são importantes para fazer o anestésico funcionar", diz o principal autor e professor de anestesiologia e de medicina da dor Phil Morgan. "A comunidade científica vem tentando desvendar os segredos de como os anestésicos funcionam desde a década de 1860, e agora temos pelo menos parte da resposta", disse a professora de anestesiologia e de medicina da dor Margaret Sedensky.
Verme C. Elegans
A equipe estudou a lombriga depois de inserir um pigmento ou proteína normalmente encontrado na retina do olho humano - chamado de canal de rodopsina retina-dependente - em suas células. As proteínas nas membranas celulares funcionam como canais para ajudar o movimento. Os pesquisadores então usaram uma luz azul, ativando canais na lombriga que permitiram a reversão imediata dos anestésicos, fazendo com que a lombriga acordasse e nadasse aparentemente fora do slide.
As conclusões da equipe não vão se traduzir imediatamente em uma descoberta que estaria disponível para os seres humanos, alertou Morgan, que vem trabalhado nesta área há cerca de 25 anos. "Mas vão nos dizer qual a função que temos que tratar para tentar fazê-lo. Acreditamos que há uma classe de canais de potássio nos seres humanos que é crucial neste processo de como os anestésicos funcionam e que sejam talvez os que são sensíveis à reversão da anestesia em potencial. Existem drogas para bloquear estes canais e com estas mesmas drogas , talvez possamos, finalmente, reverter a anestesia", disse ele.
Os canais de potássio são encontrados em todos os organismos vivos e na maioria dos tipos de células e eles controlam uma grande variedade de funções celulares.
Os medicamentos anestésicos são usados em crianças e adultos, mas muitos são utilizados com mais frequência nas crianças. Morgan e seus colegas pretendem replicar o estudo em outros modelos animais, começando com um rato.

Assista ao vídeo do efeito da luz azul sobre a lombriga aqui
Fonte: iSaúde

domingo, 25 de dezembro de 2011

Divisão errada faz célula-tronco gerar câncer

Cientistas do Instituto de Pesquisa Biomédica (IRB) de Barcelona descobriram que, durante a divisão de células-tronco, a divisão que ocorre dos centríolos (unidades responsáveis pela organização da divisão celular) deve acontecer de forma específica, para que não haja a formação de tumores, que futuramente poderiam desenvolver um câncer. Essa divisão, segundo o artigo publicado na revista Development Cell pelos cientistas do IRB, deve ocorrer de forma assimétrica, ou seja, eles devem produzir componentes internos diferentes entre as células, fazendo com que as células-filha sejam diferentes uma da outra, sendo uma delas uma outra célula-tronco e uma célula mais especializada, que futuramente dará origem a algum tecido.
Durante a divisão celular, as células-tronco têm de estar altamente polarizadas, e não homogêneas, para que haja diferença entre as filhas e se originem corretamente, dessa forma, os tecidos do organismo. Caso elas não estejam polarizadas o suficiente, elas podem se diferenciar e se multiplicar indefinidamente, formando uma massa celular sem função, caracterizado como um tumor.
Para realizar essa descoberta, os cientistas visualizaram os centríolos de células a partir de moscas geneticamente modificadas, que possuíam os centríolos corados, constatando que estes eram realmente heterogêneos entre si.
A partir dessa pesquisa, os pesquisadores concluíram que os centríolos têm papel fundamental durante a divisão celular, prevenindo a formação maligna de tumores. Também foi possível determinar a proteína que tem papel fundamental na divisão assimétrica dos centríolos.

Esse foi mais um estudo que aproximou ainda mais o homem da tão desejada cura do câncer.
Se interessa pelo assunto? Leia a matéria na íntegra clicando aqui.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Líquens ajudam no processo de cicatrização


             A cicatrização de queimaduras de 2° e 3° grau demora em torno de oito semanas. Porém, uma substância encontrada na Serra de Itabaiana, denominada ácido úsnico, tem sido analisada por pesquisas por conter características antiinflamatórias e antibacterianas que podem reduzir o tempo total do processo de cicatrização. A substância é extraída a partir de um líquen, que é uma associação entre fungo e alga.

            Segundo o pesquisador, durante a pesquisa, foram analisados os efeitos sobre as queimaduras. Para isso foram utilizados filmes de colágenos impregnados com ácido úsnico. Em seguida, estudos pré-clínicos para testar a eficácia dos filmes foram feitos, em primeiro momento, o experimento tomou como base a recuperação de roedores e depois este foi feito também com porcos, no qual as queimaduras se assemelham mais com as humanas.

            A partir dos resultados foi-se verificado que a cicatrização com o ácido úsnico é bem mais rápida no grupo  recebeu tratamento com a substância do que nos outros, tornando-a uma potencial substância para ser implantada na área medicinal.

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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Nutrigenômica, interação entre a genética e os alimentos


            Nutrigenômica é o estudo de como constituintes da dieta interagem com os genes e seus produtos, para alterar o fenótipo e, inversamente, como os genes e seus produtos metabolizam estes componentes em nutrientes, antinutrientes, e compostos bioativos.


            Resultados de genética molecular e estudos epidemiológicos indicam que o desequilíbrio da dieta pode alterar as interações gene-nutriente de formas que aumentam o risco do desenvolvimento doenças crônicas, assim como uma dieta correta pode evitar o surgimento de algumas dessas.

            Há cerca de dez anos, pesquisadores estudam a interação entre o genoma humano e os nutrientes dos alimentos, com o objetivo de promover a saúde por meio de uma dieta geneticamente personalizada. Então em um futuro próximo, quando você for consultar um médico ou um nutricionista, deverá apresentar o seu mapa genético. Imagine, então, o quanto precisos e eficazes serão os diagnósticos e os tratamentos propostos por esses especialistas, depois de terem checado, nesse documento, como o seu metabolismo e todo o seu organismo responde, exatamente, a cada nutriente ingerido.

            Além de tudo isso, o principal foco da área atualmente, tem sido o estudo de profilaxias contra o câncer e contra doenças cardíacas, visando assim a diminuição da incidência dessas na população mundial.

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Vacina contra malária passa em primeiro teste com animais


Cientistas britânicos desenvolveram uma vacina experimental que poderá vir a neutralizar todas as cepas da mais letal variedade do parasita da malária.
Os resultados dos testes preliminares em ratos e coelhos mostram que a vacina induz a uma reação imunológica contra o parasita "Plasmodium falciparum", que causa quase todas as 655 mil mortes anuais por malária no mundo. O trabalho foi publicado nesta terça-feira na revista Nature Communications, e os pesquisadores pretendem iniciar testes em humanos dentro de dois a três anos. Para que a vacina seja totalmente aprovada, as pesquisas ainda podem durar pelo menos uma década.
"As vacinas contra a malária são notoriamente difíceis de desenvolver", disse Adrian Hill, da Universidade de Oxford, que trabalha no projeto. Essa vacina incorpora descobertas publicadas no mês passado pela mesma equipe, apontando o receptor de uma proteína específica, a RH5, como sendo crucial para que o parasita da malária penetre nas células vermelhas do sangue, onde ele se espalha e se multiplica.
A vacina segue a proposta, anunciada pelos pesquisadores em novembro, de tentar bloquear esse processo. A equipe disse que não foi encontrada nenhuma cepa do "P. falciparum" que conseguisse furar a barreira. Em outubro, o laboratório britânico GlaxoSmithKline publicou dados de um grande estudo feito na África, mostrando que sua vacina experimental RTS,S reduzia pela metade o risco de crianças contraírem malária, que é transmitida por insetos. Outras equipes mundo afora trabalham com abordagens diferentes na tentativa de desenvolver a primeira vacina contra a doença.
Os especialistas dizem que o mundo conseguiria eliminar a malária nas próximas décadas se tiver as ferramentas adequadas, mas alertam que a vacina precisará ser mais eficaz que a RTS,S. "Ao contrário da RTS,S, que busca impedir que o parasita chegue ao fígado, essa vacina RH5 está tentando matar o parasita no sangue", explicou por telefone Simon Draper, do Instituto Jenner, de Oxford, também envolvido na pesquisa. "Então, pode ser possível que a vacina RH5 venha a complementar a RTS,S."
"No fim das contas, não sabemos até testarmos a nossa vacina em humanos se ela será mais eficaz que a RTS,S. Mas esses dados sobre a RH5 estão entre os mais animadores no terreno atualmente."

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Dieta rigorosa pode evitar envelhecimento do cérebro

Cientistas italianos declararam o conhecimento por um processo molecular no qual uma dieta rígida está vinculada ao retardamento do envelhecimento cerebral ocasionado pela idade.
O estudo que comprova a afirmação foi aplicado em ratos que tiveram uma dieta a base de 70% do que consumiam normalmente antes.
Pesquisas anteriores já haviam revelado a capacidade dos ratos submetidos a essa condição a evitar ou postergar o Mal de Alzheimer, ter menor agressividade, maior habilidade cognitiva e memória;mas, não se sabia ao certo o porquê.
Os cientistas conseguiram provar que os ratos que foram submetidos a esta dieta rigorosa tiveram a proteína CREB1 estimulada. Esta molécula de proteína ativa uma série de genes relacionados a longevidade e bom funcionamento cerebral.
A CREB1 tem notoriedade por estar ligada a regulação de importantes funções cerebrais como a memória, aprendizado e controle da ansiedade. Tem seu funcionamento comprometido pelo envelhecimento, que diminui a atividade fisiológica da proteína.
Os ratos geneticamente modificados para perder a CREB1 não apresentaram os mesmos benefícios de memória que os ratos de dieta pouco calórica,mas sim, deficiências equivalentes àqueles que foram superalimentados.
A descoberta desta pesquisa demonstra pela primeira vez a correlação entre o retardamento do envelhecimento cerebral e dieta hipocalórica, sendo um importante medidor dos efeitos da dieta no cérebro.
O foco dos cientistas agora é encontrar drogas que possam ativar e estimular a proteína CREB1 sem a necessidade de uma dieta rigorosa, a fim de se manter o cérebro jovem. Há a possibilidade e visibilidade de aplicação de terapias futuras para evitar a degeneração e o processo de envelhecimento cerebral.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Cientistas fazem 'corrida' para achar célula mais veloz


Cientistas realizam uma "corrida celular" para determinar as células mais velozes do tecido humano. Segundo eles, o resultado deste estudo pode ajudar a entender a migração de células durante processos importantes, como o desenvolvimento embrionário e a metástase do câncer.


Um dos pesquisadores afirma que a ideia surgiu devido à crescente necessidade de observar os mecanismos de deslocamento celular dentro dos organismos. "Era muito difícil compilar todas as informações sobre a dinâmica da migração celular de todos os campos de pesquisa", disse Théry.

As conclusões deste experimento foram apresentadas no Congresso Anual da Sociedade Americana de Biologia Celular. A célula mais veloz encontrada foi a célula-mãe extraída da medula óssea de um feto.

Foi ressaltado o fato de as células mais velozes serem células em estado primitivo e cancerosas. As células jovens estão programadas para migrar durante seu estado embrionário e se diferenciar em células especializadas segundo a função que irá desempenhar. No indivíduo adulto, este mecanismo é freado. "Quando as células se tornam cancerosas, ou altamente perigosas, tendem a sofrer uma espécie de regressão que volta a ativar o programa que as fazia migrar durante o seu estado de desenvolvimento", afirmou Atkinson, especialista do Departamento de Biologia da Universidade de Indiana.

Essa migração é a metástase do câncer. O biólogo acredita que a "corrida celular" pode ajudar a entender a complexidade do câncer e assim chegar a possíveis tratamentos. "Essa corrida pode nos mostrar o caminho de terapias específicas para cada caso de câncer."


Referências bilbiográficas.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Teste sem cobaias


   Pesquisadores do Rensselaer Polytechnic Institute recentemente desenvolveram um dispositivo chamado substrato Celular Elétrico de Impedância Sensitiva (de sigla ECIS no inglês), que com o uso da eletricidade pode avaliar o comportamento de uma célula. Desse modo pode ser feito um estudo não invasivo das interações que ocorrem na célula.
   O dispositivo ECIS é como uma “escuta” que monitora o comportamento da célula ao longo do tempo. Trabalhando junto a um software computacional, as informações coletadas podem ser armazenadas a cada 0.25 segundos, um processo quase que simultâneo.
   O modo de operação do dispositivo funciona de maneira a efetuar uma cultura celular elétrica, colocando-as em bandejas que passam por um eletrodo, causando uma expansão na célula, que pode ser medida.
   Ao invés de usar a tradicional placa petri para exames de cultura em microscópios, este procedimento oferece maiores detalhes nos resultados.
   Como há um grande debate ético a respeito do uso de animais em testes laboratoriais, este dispositivo elimina a necessidade do uso de animais vivos como cobaias para medir a toxicidade química, com um grande foco desta pesquisa para a indústria de cosméticos. 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Células-tronco de polpa dentária promovem regeneração da medula espinhal em ratos

      Um grupo de pesquisadores da universidade de Nagoya, no Japão, publicaram recentemente uma pesquisa muito promissora: a partir de células-tronco (CT) obtidas de polpa dentária humana – que tem o potencial de diferenciar-se em células ósseas, cartilaginosas, adiposas e também neurônios em condições especiais de cultivo –  eles conseguiram regenerar a medula espinhal que havia sido seccionada em ratos adultos e recuperar a função locomotora das suas patas traseiras. O trabalho, liderado por Minori Ueda, foi publicado na prestigiosa revista The Journal of Clinical Investigation.
       Os cientistas obtiveram CT da polpa dentária de dentes de leite e de adultos (dente de siso) e o primeiro passo foi verificar se elas conseguiam se diferenciar em cultura em células neurais, isto é, se elas expressavam vários fatores que são característicos de células nervosas. É importante lembrar que existem vários tipos de células nervosas que são necessários para se recuperar a função sensorial e motora após uma lesão de medula.  Uma vez confirmado que as CT da polpa dentária expressavam fatores característicos de diferentes células neurais elas foram transplantadas em ratos imediatamente após esses  terem sido submetidos a uma secção total da medula espinhal. Para verificar se os resultados dependiam  das propriedades das CT da polpa dentária e não da metodologia empregada os cientistas usaram como controles dois grupos de ratos submetidos ao mesmo experimento: no primeiro grupo injetaram  CT da medula óssea e no segundo fibroblastos ( células derivadas da pele).

       Ratos que haviam sido transplantados com CT de polpa dentária humana – tanto de dente de leite, como adulto – mostraram uma recuperação muito superior à observada nos grupos injetados com CT de medula óssea ou fibroblastos. Essa melhoria foi observada logo após a operação durante a fase aguda da lesão medular. Cinco semanas após o transplante, os ratos com CT de polpa dentária eram capazes de locomover as patas traseiras de modo coordenado, enquanto os dois outros grupos só conseguiam movimentos sutis. De acordo com os pesquisadores, a observação de que os animais conseguiram recuperar os movimentos sugerem que as CT derivadas da polpa dentária  foram capazes de  promover também a regeneração dos axônios, as terminações nervosas que são projetadas a partir dos neurônios da medula espinhal.
      As CT derivadas de polpa dentária mostraram uma capacidade neuroregenerativa significante  quando injetadas em ratos imediatamente após a secção da medula espinhal . Houve inibição da morte dos neurônios e células da bainha de mielina (a bainha que recobre as terminações nervosas) após a injúria, regeneração dos axonios (terminações nervosas) e substituição de oligodendrócitos lesionados (as células responsáveis pela formação e manutenção das bainhas de mielina) por oligodendrócitos maduros. Entretanto os pesquisadores reconhecem que esses resultados só foram obtidos imediatamente após a secção total  da medula – o que certamente não poderá ser avaliado em seres humanos – e não sabemos quais seriam os resultados em diferentes lesões da medula. De qualquer modo essa pesquisa abre perspectivas muito otimistas.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Polímero de milho substitui composto cancerígeno em plásticos


Uma equipe de pesquisadores brasileiros e norte-americanos desenvolveu um novo polímero à base de milho que pode substituir o bisfenol A.
O bisfenol A (BPA) é um composto usado na fabricação de polímeros utilizados em embalagens plásticas de alimentos, em mamadeiras e no revestimento interno de latas. Ele está sendo banido em diversos países, incluindo o Brasil.
"Esse novo polímero é importante tanto pelo fato de ser proveniente de insumos da biomassa - e, portanto, uma alternativa aos derivados de petróleo - como também por substituir o bisfenol A em resinas epóxi", afirmou o professor Luiz Henrique Catalani, do Instituto de Química (IQ) da Universidade de São Paulo (USP).
De acordo com o pesquisador, o composto que está sendo proibido em diversos países - por ser um mimetizador de estrógenos (hormônios), entre outros efeitos - é utilizado em diversos produtos como um agente plastificante.
Já em resinas epóxi, a substância é a base (monômero) do polímero. "Estamos propondo uma nova estrutura molecular correspondente ao bisfenol A para substituí-lo em resinas epóxi, que é o isosorbídeo", disse, referindo a um composto que é derivado da glicose do milho.
O pesquisador pretende utilizar o novo polímero derivado do isosorbídeo para desenvolver um suporte ao crescimento de diversos tipos de células, que representa o primeiro passo para se tentar produzir tecidos artificiais, como tecido ósseo ou para reconstituição de tímpano.
A equipe de Catalani na USP está desenvolvendo também estruturas chamadas hidrogéis. Formados por redes de polímeros, essas estruturas que absorvem água em grandes quantidades podem atuar como "curativos inteligentes", realizando a liberação controlada de fármacos, como antibacterianos e antifúngicos.
"Já temos três patentes depositadas no Brasil na área de hidrogéis. Mas não temos um produto final porque ainda não fechamos com nenhuma empresa interessada em produzi-lo", disse.
Já produzido em escala comercial a partir do milho, o isosorbídeo também poderia ser obtido a partir de outras matérias-primas, como a cana-de-açúcar.
"Certamente, a cana-de-açúcar seria uma alternativa para obter esse produto, porque dela se obtém glicose em grande quantidade", explicou.
Além de interesse para o Brasil, esta seria uma alternativa para evitar as crescentes críticas ao uso de produtos alimentícios para a substituição de insumos industriais e, sobretudo, para os biocombustíveis.
Essa notícia na íntegra pode ser vista clicando aqui.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estudar célula do envelhecimento pode combater câncer


Há cerca de 50 anos, uma experiência clássica realizada pelo biólogo Leonard Hayflick levou à descoberta do fato de que células humanas cultivadas em recipientes de vidro não se multiplicam indefinidamente, ao contrário do que se pensava até então. Essas células, que podem se dividir apenas 50 vezes, aproximadamente, foram chamadas de senescentes.

Tal descoberta não foi valorizada por outros pesquisadores que acreditavam que a experiência era algo que ocorria somente em laboratórios ou que, mesmo que elas existissem no corpo humano, não havia quantidade suficiente delas para fazer qualquer diferença.

Porém, nos últimos anos, pesquisadores chegaram à conclusão de que as células senescentes aparecem naturalmente no corpo e que exercem um papel central tanto no câncer quanto no envelhecimento.
O câncer é um preço que pagamos por termos um organismo complexo, constituído por tecidos renováveis: se as células conseguem se dividir, qualquer dano ao seu sistema de controle pode levar a um crescimento descontrolado. Então, o corpo desenvolveu dois sistemas principais para reduzir o risco de câncer: a senescência e morte celular.

Assim, as células que passam a ser senescentes não se dividem de novo, mas permanecem nos tecidos até serem eliminadas pelo sistema imunológico (processo chamado de morte celular). Essa é a possível explicação da razão pela qual elas se acumulam no organismo ao longo da vida, quando o sistema imunológico passa a “varrê-las” de forma menos eficiente.

Em 2 de novembro, pesquisadores da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, divulgaram que os tecidos permanecem jovens e vigorosos quando estas células sem capacidade de divisão são removidas do corpo. O estudo foi realizado apenas em camundongos, utilizando uma técnica genética que não pode ser aplicada em pessoas para a remoção das células senescentes.
O resultado obtido é surpreendente e levanta a possibilidade de que atacar as células possa postergar doenças ligadas ao envelhecimento e fazer com que as pessoas vivam mais tempo de sua vida útil com boa saúde.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Solvente é associado a Parkinson

Um novo estudo desenvolvido pelo Dr. Samuel M. Goldman e publicado na revista The Annals of Neurology mostra que o tricloroetileno (TCE), um solvente utilizado em fluídos refrigerantes e agente desengordurante, aumenta o risco de contrair mal de Parkinson.

O estudo foi realizado com a utilização de 99 pares de gêmeos onde apenas um deles possuía a doença. Foi utilizado um questionário para levantar informações sobre o passado de cada um, mostrando o contato de cada um com o TCE.

Os pesquisadores descobriram que o gêmeo que teve contato com o solvente estava seis vezes mais propenso a ter Parkinson, em relação a aquele que não teve contato. O histórico dos gêmeos também mostrou que dois outros solventes, o percloroetileno e o tetracloreto de carbono, substâncias usadas na limpeza a seco, também aumentam a chance de se ter Parkinson, mas nem tanto em relação ao TCE.

De acordo com Goldman e os outros pesquisadores, todos os anos são lançados no meio ambiente mais de 22 mil toneladas de TCE nos EUA, fazendo com que o solvente possa ser detectado na água e na comida em geral.

Fonte: INFO Online

sábado, 10 de dezembro de 2011

Corante natural obtido de líquens pode combater doença de Alzheimer

Olá, leitores do blog, boa noite!


Pesquisadores da Universitätsmedizin Berlin e Centro para Medicina Molecular Max Delbrück, respectivamente, Dr. Martin Herbst, e Dr. Jan Bieschke e Professor Erich Wanker, de Berlin, Alemanha descobriram a possibilidade de um corante, proveniente de líquens usado por séculos por indústrias de corantes e alimentos, reduzir a quantidade de pequenas proteínas tóxicas envolvidas com a doença de Alzheimer. O corante, um composto chamado orceína, e uma susbstância relacionada, chamada O4, se ligam preferencialmente a substâncias que são consideradas tóxicas e que causam disfunções neuronais e danos à memória. O4 se liga a pequenos agregados e promove a conversão em placas grandes e maduras que os pesquisadores reconhecem como não tóxicas para as células neuronais.


Os pesquisadores já haviam descoberto um composto químico que fazia com que substâncias tóxicas às células neuronais se tornassem atóxicas. Com a orceína e a O4 os pesquisadores conseguiram encontrar um outro mecanismo para eliminar as pequenas proteínas tóxicas, pela aceleração da formação das placas grandes e maduras, mencionadas anteriormente. "Esse é um novo mecanismo", explica o Professor Wanker. "Agora a maior dificuldade consiste em parar a formação de conjugados das pequenas proteínas. Se a nossa hipótese estiver correta que as pequenas proteínas, precursoras das placas, são, de fato, causadoras da morte neuronal, com a O4, poderíamos ter um novo mecanismo para atacar a doença."


No entando, permanece um mistério de quando o corante pode ser efetivo contra as proteínas no cérebro de pacientes com Alzheimer e quando a aceleração da formação das placas pode mesmo reduzir os sinais e sintomas da doença de Alzheimer em humanos. "Nós esperamos que nossas descobertas estimulem pesquisas nesse sentido, especialmente na descoberta de drogas", disse o Professor Wanker.


A reportagem completa pode ser acessada clicando-se aqui.