Cientistas realizam uma "corrida celular" para determinar as células mais velozes do tecido humano. Segundo eles, o resultado deste estudo pode ajudar a entender a migração de células durante processos importantes, como o desenvolvimento embrionário e a metástase do câncer.
Um dos pesquisadores afirma que a ideia surgiu devido à crescente necessidade de observar os mecanismos de deslocamento celular dentro dos organismos. "Era muito difícil compilar todas as informações sobre a dinâmica da migração celular de todos os campos de pesquisa", disse Théry.
As conclusões deste experimento foram apresentadas no Congresso Anual da Sociedade Americana de Biologia Celular. A célula mais veloz encontrada foi a célula-mãe extraída da medula óssea de um feto.
Foi ressaltado o fato de as células mais velozes serem células em estado primitivo e cancerosas. As células jovens estão programadas para migrar durante seu estado embrionário e se diferenciar em células especializadas segundo a função que irá desempenhar. No indivíduo adulto, este mecanismo é freado. "Quando as células se tornam cancerosas, ou altamente perigosas, tendem a sofrer uma espécie de regressão que volta a ativar o programa que as fazia migrar durante o seu estado de desenvolvimento", afirmou Atkinson, especialista do Departamento de Biologia da Universidade de Indiana.
Essa migração é a metástase do câncer. O biólogo acredita que a "corrida celular" pode ajudar a entender a complexidade do câncer e assim chegar a possíveis tratamentos. "Essa corrida pode nos mostrar o caminho de terapias específicas para cada caso de câncer."
Referências bilbiográficas.
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