Médicos usam anestésicos por inalação de uma forma segura para pacientes, no entanto, muito pouco se sabe sobre como estas drogas atuam em crianças e adultos. Estudo conduzido no Seattle Children's Research Institute, nos Estados Unidos, levou à de quais células respondem à anestesia em um verme - C. Elegans.
"Nossas descobertas nos dizem que as células e os canais são importantes para fazer o anestésico funcionar", diz o principal autor e professor de anestesiologia e de medicina da dor Phil Morgan. "A comunidade científica vem tentando desvendar os segredos de como os anestésicos funcionam desde a década de 1860, e agora temos pelo menos parte da resposta", disse a professora de anestesiologia e de medicina da dor Margaret Sedensky.
Verme C. Elegans |
A equipe estudou a lombriga depois de inserir um pigmento ou proteína normalmente encontrado na retina do olho humano - chamado de canal de rodopsina retina-dependente - em suas células. As proteínas nas membranas celulares funcionam como canais para ajudar o movimento. Os pesquisadores então usaram uma luz azul, ativando canais na lombriga que permitiram a reversão imediata dos anestésicos, fazendo com que a lombriga acordasse e nadasse aparentemente fora do slide.
As conclusões da equipe não vão se traduzir imediatamente em uma descoberta que estaria disponível para os seres humanos, alertou Morgan, que vem trabalhado nesta área há cerca de 25 anos. "Mas vão nos dizer qual a função que temos que tratar para tentar fazê-lo. Acreditamos que há uma classe de canais de potássio nos seres humanos que é crucial neste processo de como os anestésicos funcionam e que sejam talvez os que são sensíveis à reversão da anestesia em potencial. Existem drogas para bloquear estes canais e com estas mesmas drogas , talvez possamos, finalmente, reverter a anestesia", disse ele.
Os canais de potássio são encontrados em todos os organismos vivos e na maioria dos tipos de células e eles controlam uma grande variedade de funções celulares.
Os medicamentos anestésicos são usados em crianças e adultos, mas muitos são utilizados com mais frequência nas crianças. Morgan e seus colegas pretendem replicar o estudo em outros modelos animais, começando com um rato.
Assista ao vídeo do efeito da luz azul sobre a lombriga aqui
Fonte: iSaúde
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