A vacina mostrou-se promissora em ratos de laboratório, mas sua eficácia ainda precisa ser confirmada com testes em humanos, destacaram os pesquisadores.
A vacina orienta o sistema imunológico a atacar os tumores que carregam uma proteína conhecida por MUC1 na superfície de suas células. A MUC1 é encontrada em mais de 70% dos tipos agressivos de câncer, incluindo na maioria dos tumores malignos de mama, pâncreas e em vários melanomas.
"Esta é a primeira vez que se desenvolve uma vacina que 'treina' o sistema imunológico a distinguir e matar células cancerígenas baseando-se em suas diferentes estruturas de açúcar em proteínas, como a MUC1", destacou outra autora da pesquisa, Sandra Gendler, professora da Clínica Mayo, no Arizona.
A proteína MUC1 também é encontrada em 90% das pacientes que apresentam um tipo de câncer de mama conhecido como tumor "triplo negativo", que não respondem a tratamentos hormonais como o Tamoxifeno, a inibidores de aromatase ou ao remédio Herceptin. Estas pacientes precisam urgentemente de novos tratamentos para combater seu câncer e "apenas nos Estados Unidos há 35 mil casos diagnosticados a cada ano de triplo negativo", destacou Boons.
"Poderemos ter uma terapia para um grande número de pacientes que atualmente não contam com terapia farmocológica, e dependem apenas da quimioterapia". A vacina contra a MUC1 poderá ser utilizada em combinação com quimioterapia e como medida preventiva em pacientes com alto risco de desenvolver certos tipos de câncer.
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