segunda-feira, 22 de dezembro de 2014


Molde natural: microtubos de ouro produzidos ao redor de filamentos de fungos

Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia conseguiram criar microtúbulos de ouro a partir de um fungo que cresce em plantas uma área de proteção ambiental da Bahia, mais precisamente na lagoa do Abaeté.

A partir do caule, folhas e raízes de plantas que crescem nesse lago, foram isolados, em laboratório, três tipos de fungos que se desenvolvem no interior das plantas. Após isso, os fungos foram cultivados em uma solução contendo citrato, usado como fonte de nutrientes, em diferentes concentrações além de nano-partículas de ouro. Percebeu-se, então, que as nano-partículas de ouro aderiram à superfície dos fungos e isso fez com que formasse uma camada de ouro por cima do organismo.

Após realizar uma secagem para que o micro-organismo mantivesse sua forma, além de eliminar sua parte orgânica por meio da calcinação, os cientistas obtiveram microtúbulos de ouro, ocos e porosos, características que aumentam sua superfície de contato.

Isso é importante visto que em reações eletroquímicas o ouro é um eletrodo que possui uma alta área de superfície, assim, para as reações desse tipo e de acordo com essa estratégia, seria necessário menos quantidade de ouro para esse material ser produzido.

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sábado, 20 de dezembro de 2014

Enzima para o branqueamento da celulose

A empresa Verdartis Desenvolvimento Biotecnológico, originada de um grupo de pesquisas da USP de Ribeirão Preto, desenvolveu um novo tipo de enzima capaz de fazer o branqueamento da celulose durante o processamento da madeira para produção de papel de modo mais barato, eficiente e ecologicamente correto.

A celulose possui elementos fibrosos, como a lignina, que adquirem cor amarronzada durante o seu processamento para produção de papel. Dessa forma, para que o papel tenha a cor branca padrão, diversos compostos químicos, entre eles o dióxido de cloro, de alto custo e de difícil descarte, são necessários para a etapa de branqueamento, uma vez que quebram a lignina em moléculas menores.

Assim, as novas enzimas desenvolvidas pela Verdatis através de engenharia genética, utilizando a bactéria Escherichia coli, atuam de forma específica quebrando a lignina, necessitando de quantidades menores de dióxido de cloro para o branqueamento, o que reduz os custos do processo.

Na verdade, este tipo de enzima branqueadora de celulose já existe no mercado, porém o que difere estas enzimas já existentes da recém produzida é o seu baixo custo de produção, a sua especificidade para cada processo industrial, ou seja, a enzima é criada especificamente para o processo ao invés de modificar o processo para a enzima, e o seu  extremamente baixo lançamento de resíduos na água.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Metal líquido é utilizado para reparar nervos rompidos

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Tsinghua anunciou o uso promissor de uma liga metálica para unir as duas pontas de um nervo partido. O elemento é uma liga gálio-índio-selênio, bastante maleável que se torna líquido na temperatura corporal.

Quando um nervo é rompido, a comunicação dos músculos ao redor com o cérebro é interrompida, levando a um possível atrofiamento.  Para que isso não ocorra é necessário que sinais neurais sejam enviados aos músculos enquanto o nervo se cura, esses sinais podem ser transmitidos através de uma solução de sais chamada Solução de Ringes que simula fluidos corporais e é depositada na lacuna entre os nervos.

Em testes realizados os cientistas verificaram que o metal tem se mostrado uma melhor opção, já que esse apresenta uma fluidez mais favorável ao processo, superconformidade e uma alta condutividade elétrica.  Contudo, testes posteriores devem ser realizados para verificar possíveis ricos ao organismo e a possibilidade de rejeição. 

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Cientistas descobrem elos entre canto dos pássaros e fala humana

 Publicado na "Science", o resultado faz parte de uma análise do DNA de cerca de 50 espécies de aves, da qual participaram pesquisadores brasileiros que trabalham no Pará, no Rio e nos EUA.
 Após desvendar o genoma destas aves, os cientistas têm um retrato mais claro não só das origens do canto como também das relações de parentesco entre as aves atuais.
 Comparações feitas entre o cérebro das aves e o de humanos já haviam mostrado semelhanças entre as áreas que controlam a fala na nossa espécie e as que regulam o canto nas espécies que precisam aprender essa prática. Muitas aves já "nascem sabendo" emitir os sons de sua espécie. Já formas mais complexas de canto são produzidas apenas pelas aves que possuem aprendizado vocal.
"Tanto esse tipo de canto quanto a fala requerem que os indivíduos jovens ouçam as vocalizações do adulto e modifiquem suas próprias vocalizações para imitar o que ouviram", explica Claudio Mello, brasileiro que trabalha na Universidade de Saúde e Ciência do Oregon (EUA) e assina dois dos estudos sobre o tema na "Science".
Mello e seus colegas compararam a expressão de genes do DNA de várias espécies de aves, de pessoas e de macacos resos (os quais não têm aprendizado vocal). Essa análise de expressão foi feita a partir de amostras de células de vários locais do cérebro de cada espécie.
 Como resultado, dezenas dos mesmos genes ficam ativos no cérebro das aves "cantoras" e no cérebro humano, como esse paralelo envolve regiões específicas -- são conjuntos de genes que ficam "ligados" nas áreas ligadas ao controle da laringe (ou da siringe, o equivalente desse órgão nos animais penosos).

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Curiosidades: Ultrassom para ossos e metais

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, desenvolveram um modo que permite com que o ultrassom penetre nos ossos e até mesmo em metais. Eles fizeram isto utilizando metamateriais (material produzido artificialmente com propriedades físicas não encontradas comumente na natureza) especiais, criados por eles mesmos, que anulam o efeito de distorção causado pelas características físicas dos ossos e dos metais.

De acordo com as simulações feitas por esta equipe de pesquisadores, 28% da energia das ondas de ultrassom passam por um osso. Quando o metamaterial é disposto sobre o osso, 88% da energia das ondas passa sobre eles.

Este é um grande feito que pode mudar a forma como os exames médicos são realizados, assim como pode ser também utilizado para aplicar energia em tumores cerebrais ou localizados dentro de ossos, queimando-os. Exames de ultrassom poderão também ser utilizados para checar peças de metal, como as de aviões.

A equipe trabalha agora na fabricação de protótipos de metamateriais que se adaptem bem à aplicações médicas e para o uso industrial.

Saiba mais aqui

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Diário de um Engenheiro: Mars One, uma viagem sem volta


Como todo bom engenheiro, devemos sempre ficar informados e atualizados sobre diversos assuntos, assim, fugiremos um pouco do tema de biotecnologia nessa postagem (mas ainda assim voltados a engenharia) e iremos para outro campo, a astronomia e a viagem espacial. 

A muito tempo se debate a ideia da possível viagem do homem para outros planetas , mas cada vez mais, essa ideia se aproxima da realidade. Muitas pessoas sabem que o planeta que oferece as maiores chances de sobrevivência para o homem, fora a terra, é Marte, dessa forma, criou-se o projeto Mars One , o qual tem como objetivo fazer uma viagem apenas de ida á marte para a colonização do planeta vermelho.

Os futuros astronautas da missão serão escolhidos em 4 etapas:
Na primeira, a seleção é feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato.
Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas.
Na terceira etapa, o processo passa para o nível nacional, de onde sairá um candidato por país selecionado. Essa etapa será transmitida pela TV e internet em cada país participante e o público desses países decidirá o próprio representante dentre um grupo de 20 a 40 candidatos por nação.

Na etapa final, os candidatos restantes, que precisam se comunicar bem em inglês, participarão de um evento transmitido pela TV em todos os países participantes para selecionar apenas 24 astronautas.

Viagem sem volta a Marte
Todo esse cuidado se deve as diversas condições difíceis do planeta vermelho, tal como a temperatura que pode chegar até -60º C, raios cósmicos, falta d’agua, ar irrespirável etc. Além disso, por ser uma viagem apenas de ida, é necessário que o viajante tenha uma boa socialização, para que não comprometa tanto a si mesmo quanto os outros pela limitação de pessoas no planeta.

Está previsto para que em 2018 um robô seja enviado ao planeta para começar a preparar o local e as condições para os astronautas e em 2023 o projeto pretende levar os viajantes para o planeta vermelho.

A viagem para Marte será um passo gigantesco para a humanidade, principalmente se o projeto der totalmente certo, será um marco histórico  e possibilitará grandes avanços para nós. Talvez com a conclusão do projeto, muitas perguntas sejam respondidas, mas provavelmente, muito mais perguntas a respeito do homem surgirão. 

Mas e você, o que acha sobre todo o projeto Mars One e sobre a viagem do homem a Marte? De a sua opinião nos comentários e, caso queira saber mais detalhes do projeto entre aqui ou no site oficial da Mars One.


sábado, 22 de novembro de 2014

Anticorpos monoclonais na luta contra o câncer de ovário

O câncer de ovário é o quinto tipo de câncer mais comum entre as mulheres e causa mais mortes que qualquer outro tipo de câncer nos órgãos reprodutores femininos, pois costuma ser identificado tardiamente. Atualmente, o único tratamento para todos os estágios desse câncer é a cirurgia, na qual é removido o útero, os ovários, as trompas e a remoção de parte ou toda a camada de gordura que protege os órgãos no abdômen. A quimioterapia é usada após a cirurgia para tratar qualquer resíduo do câncer e quando a doença reincide.

Até o fim do ano, será testado o anticorpo monoclonal RebmAb200 no hospital da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, sendo a primeira vez que uma versão produzida especificamente para uso em seres humanos desse composto será utilizada em um teste clínico. Esse teste será realizado em seis mulheres, que fizeram a cirurgia e a quimioterapia contra o câncer de ovário, como reforço no tratamento da doença. O RebmAb200 foi produzido, em 10 anos de pesquisa, no Brasil por uma empresa privada de biotecnologia, a Recepta Biopharma, com participação de equipes de instituições públicas de pesquisa consagradas, como o Instituto Butantan e a USP, contando com os financiamentos da Recepta Biopharma, da FAPESP e da Financiadora de Estudos e Projetos.

Anticorpos são proteínas produzidas no nosso organismo que ajudam o sistema imunológico a combater vírus, bactérias e câncer através do reconhecimento de antígenos e os anticorpos monoclonais são específicos para uma única região do antígeno, reconhecendo assim um tipo de célula. Com essa característica, o RebmAb200 foi criado para carregar elementos químicos radioativos até a célula cancerígena, permitindo que apenas esta fosse bombardeada com a radiação, evitando acertar as células sadias. Mas, em experimentos com células animais e humanas, foi mostrado que esse anticorpo, mesmo sem a carga radioativa, se liga às células cancerígenas e aciona os linfócitos, que entende aquele conjunto como um corpo estranho e o ataca com substâncias tóxicas, destruindo a célula, reduzindo a taxa de crescimento tumoral. Se funcionar, essa estratégia pode evitar o restabelecimento de células malignas nos ovários ou sua migração para outros órgãos.

Os testes clínicos que serão realizados em Gotemburgo são muito importantes para o processo de aprovação desse composto como medicamento, pois é na fase de testes clínicos que se pode observar a real eficácia e os efeitos colaterais do tratamento. Independentemente dos resultados, as pesquisas para a obtenção do RebmAb200 permitiram conhecimentos que proporcionam a produção, em grande quantidade, de anticorpos humanizados com um padrão de qualidade e estabilidade. Os anticorpos humanizados são anticorpos produzidos em laboratórios que apresentam menores riscos de provocar alergias.

 O Brasil domina há tempos a tecnologia da produção  de vacinas, mas ainda não conseguiu desenvolver um medicamento biológico (biofármaco) completamente inovador que chegasse ao estágio de ser comercializado, o RebmAb200 pode ser o primeiro deles e abrir as portas para essa área.

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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Algas são utilizadas para produzir biomoléculas para industrias

Uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Universidade de São Carlos (UFSCAR) e da Universidade de São Paulo (USP) conseguiram desenvolver um tanque de cultivo para algas, denominado fotobiorreator.

O fotobiorreator visa à cultura em série de microalgas para a produção de diferentes moléculas de interesse. Isso ocorre através da manipulação bioquímica das algas, por este processo é possível obter biomoléculas que servirão de matéria para empresas.

A ideia por de trás deste fotobiorreator para atingir a especificidade das moléculas é a implementação de uma membrana porosa que utilizada para filtrar o meio de cultura que serve de fonte nutricional para as algas.

A membrana possibilita, pela escolha da alga e do meio de cultura, selecionar a biomassa que será obtida no final do processo, como por exemplo, proteínas para a suplementação de ração animal e a obtenção de ômega 3 que é utilizada em industrias farmacêuticas e alimentícias.

Leia a matéria completa aqui.

Descomplicando o vestibular: noções de eletrodinâmica

I-Corrente elétrica (i)

Nos bons condutores, a distribuição e o tipo de átomos que os constituem são tais que é possível o movimento de cargas de uma região para outra com relativa facilidade. Quando o movimento de cargas tem um sentido preferencial, ou seja, é feito maneira ordenada, temos uma corrente elétrica (i).

Podemos obter corrente elétrica de uma maneira bem simples. Basta ter duas esferas metálicas com cargas opostas e um fio metálico. Quando as esferas estão distante do fio, este possui os elétrons se movimentando de forma desordenada, chamado de agitação térmica. Porém, ao aproximarmos as esferas às extremidades opostas do fio, teremos a movimentação ordenada dos elétrons.  Adota-se o sentido da corrente de maneira contrária ao sentido do movimento dos elétrons, como representado na imagem abaixo:

                            

Sendo Q a quantidade de carga que atravessa a seção transversal de um condutor em um intervalo de tempo Δt, a intensidade média de corrente elétrica, im, é definida pela seguinte expressão:

                                              

Unidades no SI:

                        

Obs - alguns prefixos usuais:

Um gráfico pode nos fornecer alguns valores de incógnitas que procuramos de acordo com o calculo de área, e tangente da reta.

II-Noções de diferença de potencial (DDP)

Os elétrons de um condutor se encontram no estado de agitação térmica. Tomando-se ao acaso, o número de elétrons que passa por uma seção transversal de um fio condutor é igual, em média, nos dois sentidos, não havendo corrente. Para ocorrer uma corrente elétrica, é necessário um agente externo capaz de provocar movimento ordenado dos elétrons.

Podemos, então, interpretar a diferença de potencial (DDP) como sendo o motivo do movimento ordenado dos elétrons e, portanto, da corrente. É importante lembrar que os elétrons movimentam-se espontaneamente do polo positivo para o negativo, ou seja, do menor para o maior potencial, enquanto a corrente segue no sentido oposto.

Em um circuito elétrico, é comum nos referirmos ao potencial de um ponto. Assim, se tivermos dois pontos, A e B, de potências Va e Vb, respectivamente, a DDP (Uab) entre A e B será dada por Uab = Va-Vb.


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Google desenvolve nanopartículas detectora de doenças

 Recentemente o Google anunciou estar trabalhando no desenvolvimento de nanopartículas com intuito de utilizá-las para identificar alterações bioquímicas no organismo sendo sinalizadoras e alertas para doenças.
Estas nanopartículas serão ingeridas por uma cápsula e transmitirão as informações sobre as células doentes para um computador equipado com sensores.
A GoogleX, divisão do Google que desenvolveu os automóveis autônomos (sem motorista, freio ou volante), o Google Glass e os balões aerostáticos, para levar internet às comunidades remotas, também está trabalhando no projeto destas nanopartículas.
“A GoogleX está desenvolvendo pesquisas para saber se as nanopartículas no fluxo sanguíneo combinado ao um dispositivo portável equipado com sensores especiais, podem ajudar os médicos a detectar doenças ainda em fase inicial”, afirmou a empresa.
O projeto ainda está em desenvolvimento, os especialistas estimam que pode ser necessário de cinco a sete anos até que se complete. Ainda assim, o Google acredita no potencial desta tecnologia.
O Google ressaltou que as tecnologias desenvolvidas nos últimos anos como micro sensores e poderosos microscópios aumentam a esperança de novos sistemas de diagnóstico.

“Antes de existir estas ferramentas, estudar uma doença era como estudar a cultura francesa sobrevoando Paris uma vez ao ano. Era possível ter uma visão superficial, mas não imergir na ação”

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Biossensor responsável por diagonosticar dengue em 20 minutos é desenvolvido no Brasil

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, em inglês), cerca de 40% da população mundial vive em áreas com risco de transmissão de dengue. A doença que, nas Américas, tem como vetor o Aedes aegypti causou mais de 215 mil casos nos quatro primeiros meses de 2014, que muitas vezes, resultaram em morte.

A dengue tem sintomas muito parecidos aos da gripe, e com isso, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maior será a eficácia do tratamento. Pensando nisso, pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), coordenados pelo Professor Francisco Eduardo Gontijo Guimarães, desenvolveram um teste que gera o diagnóstico da doença em 20 minutos. A detecção do vírus da dengue é feita através a identificação da interação antígeno (NS1) - anticorpo, presentes no sangue após o quinto dia da infecção. Caso haja a detecção, a ligação entre o anticorpo, presente no biossensor, e o antígeno, gera um sinal elétrico captado pelo mesmo.

O projeto desenvolvido na USP São Carlos, com o financiamento da FAPESP e da CNPq, e a ideia é que todos os postos de saúde possam fazer o teste de maneira eficaz e rápida, evitando que haja o transporte de sangue para grandes centros que capacitados para realizar os atuais testes. A ideia é aplicável, segundo Guimarães, pois o aparelho é de baixo custo e portátil.

Outras linhas de pesquisa contra a dengue também vêm sendo realizadas no Brasil e no mundo. Para saber mais, clique aqui.


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Curiosidades: Braço prostético controlado pela mente agora uma realidade

Um sueco foi a primeira pessoa no mundo a receber um braço prostético controlado diretamente pela mente. Essa prótese interage diretamente com osso, músculo e nervos e está em fase de testes desde Janeiro de 2013, mas somente agora os seus estudos foram revelados. 

foto: Reprodução/CNET
A técnica responsável por esta novidade é chamada de osseointegração, e consiste de implantar e fixar a prótese de titânio no osso, conectando eletrodos diretamente aos nervos e músculos, possiblitando a rápida leitura e resposta dos sinais elétricos provenientes do cérebro para o braço. De acordo com o pesquisador que lidera esta criação, Max Ortiz Catalan, da Chalmers Universidade de Tecnologia, Suécia, isso cria uma "relação íntima entre corpo e máquina; entre biologia e mecatrônica".

Há outras próteses robóticas sofisticadas no mercado, mas elas utilizam eletrodos menos invasivos, que ficam sobre a pele do usuário, limitando o que elas podem fazer. Esta, por ser totalmente interna, sofre menos interferências de sinais elétricos provenientes de outros locais do corpo, garantindo melhor estabilidade e controle. O sueco que a utiliza, inclusive, segue sua rotina normal como motorista de caminhão desde que passou pela cirurgia, carregando peso e lidando com máquinas.  

O próximo passo agora é desenvolver tato. Enquanto a maior parte da informação segue do cérebro para a prótese, os eletrodos implantados nos nervos também podem enviar dados da prótese para o cérebro, e é nisso que os pesquisadores estão agora trabalhando. 

Para saber mais, clique aqui

Descelularização de órgãos: Uma alternativa para o transplante de órgãos



O uso de células-tronco como fonte para a produção de órgãos desponta como uma ótima alternativa para a realização de transplantes, uma vez que essas células são retiradas do próprio receptor, não ocorrendo reações de rejeição mediadas pelo sistema imunológico. Dessa forma, inúmeras técnicas e estudos vêm sendo desenvolvidos a fim de possibilitar a utilização de células-tronco.


Contudo, diversas restrições éticas, legais e propriamente biológicas vêm dificultando o aprimoramento dessas técnicas. Muitos modelos testados apresentam bom desempenho in vitro e quando aplicados em animais, mas não demonstram a mesma eficiência em relação aos seres humanos. 

Apesar de tudo, já foram reportados grandes avanços no que diz respeito à engenharia de tecidos, ramo que visa principalmente à utilização de células-tronco para a reconstrução de órgãos. Entre esses avanços, pode ser citado o processo de utilização de células-tronco pluripotentes induzidas para a repopularização de arcabouços de órgãos. 

Este procedimento vem sendo apontado por muitos como o mais promissor de todos já realizados até o presente momento, já que demonstra ter bons resultados nos testes realizados. Nele, um determinado órgão é despopularizado, ou seja, são retiradas suas células, restando apenas o arcabouço do órgão. Em seguida, algumas das células retiradas desse órgão são induzidas a pluripotência, tornado-se células-tronco pluripotentes induzidas, da sigla em inglês iPSC.  

As iPSCs geradas são inoculadas no órgão e fazem a sua repopularização. O órgão é reimplantado no paciente e tem apresentando funções fisiológicas normais em todos os testes já realizados. 

Uma grande quantidade de estruturas, como fígado, rins e coração, já foram reconstruídas com o uso dessa técnica, a qual, por utilizar células-tronco induzidas derivadas do próprio paciente, acaba com questões éticas e de ordem jurídica relacionadas a células-tronco embrionárias, por exemplo.


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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Leds fornecem "suplementação luminosa" para plantas

Os leds ganharam o Prêmio Nobel de Física e ocupam lugar de destaque na gravação de mídias digitais , e em iluminação está avançando rumo a agricultura, melhorando o rendimento das culturas usando o que os pesquisadores chamam de "suplementação luminosa".

Uma das principais vantagens dessa tecnologia é complementar a radiação solar em locais onde há pouca luz, ou iluminar parte das plantas que recebem uma menor incidência de luz solar pelo sombreamento.

Em hortaliças, os primeiros testes tiveram um acréscimo de 15% na produtividade de minitomates com uso de barras de led fornecendo iluminação adicional, tendo um aumento da eficiência fotossintética da cultura.

O primeiro experimento vem sendo realizado em ambiente protegido climatizado, composto por sistema de resfriamento evaporativo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Entrevista: Professora Cassia Roberta

Cassia Roberta Malacrida Mayer,formada em engenharia de alimentos na Unesp de Rio Preto, fez mestrado na UFMG onde começou a trabalhar com compostos bioativos. Fez seu doutorado na Unesp de Rio Preto na área de tecnologia de óleos e gorduras e seu pós doutorado trabalhou com micro encapsulação de ingredientes alimentícios.



Db: Diga um pouco sobre a sua formação professora

Cassia: Sou engenheira de alimentos, sou formada na Unesp de Rio Preto, fiz mestrado na UFMG onde comecei a trabalhar com compostos bioativos, na ocasião trabalhei com suco de uva. Retornei para a Unesp de Rio Preto para fazer meu doutorado que foi na área de óleos e gorduras onde trabalhei na extração de óleos de sementes de frutas, depois disso fiz meu pós doutorado também na Unesp mas na área da engenharia, onde trabalhei na microencapsulação de ingredientes alimentícios.


Db: Fale-nos sobre sua linha de pesquisa, em que consiste ela?

C: Trabalho com a extração de óleos e métodos alternativos para extrair os mesmos, tais como ultrassom e enzimas. A ferramenta da minha pesquisa é o pequi, uma fruta do cerrado. Além disso, estou no começo da linha de pesquisa da micro encapsulação.

Db: Como começou sua linha de pesquisa a partir do pequi?

C:No meu doutorado trabalhei com semente de frutas, queria trabalhar com uma fruta que conseguisse extrair o óleo da polpa e o pequi é uma fruta bem oleosa, por causa disso acabou sendo a ferramenta da minha pesquisa.

Db: Como começou a dar aula e quais disciplinas você administra?

C: Quando terminei o pós doutorado. Antes mesmo de ter terminado surgiu a oportunidade de me inscrever para o concurso, me inscrevi e acabei passando. Trabalho com as disciplinas de Físico-Química, Análise de Alimentos, Química Analítica e divido Fenômenos de Transportes com outra docente.

Db: O que acha sobre o curso de Engenharia Biotecnológica e qual nosso diferencial por ser um curso de engenharia?

C: Conheci sobre o curso ainda quando ele era apenas Biotecnologia. O curso ainda tem muito para evoluir, mas por ser multidisciplinar existe um vasto campo de aplicação, principalmente pelo grande crescimento da biotecnologia. Por ser um curso de engenharia, acredito que muitos de vocês deveriam se esforçar para conseguir um estágio em uma indústria pois isso é algo importante para um engenheiro. Além disso por vocês serem os pioneiros nessa área da engenharia biotecnológica, acredito que possuam algo a mais em relação aos outros cursos.

Db: Qual sua opinião sobre a Biotec Jr? Chegou a conhecer bem nossa empresa e projetos?

C: Não conheço bem, gostaria de conhecer melhor a empresa. Acho interessante a ideia da empresa júnior e importante para vocês pois os colocam em contato com outras empresas e te proporcionam experiência no desenvolvimento de projetos e outras áreas, como a administração por exemplo.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Descomplicando o vestibular: Sistemas de Unidades - Análise dimensional

Quando estudamos algum fenômeno, analisamos as variáveis que participam do mesmo, estas variáveis se denominam grandezas físicas que correspondem a tudo que você pode contar, enumerar e etc.
Em análise dimensional tratamos as dimensões como grandezas algébricas, dessa forma, apenas adicionamos ou subtraímos grandezas nas equações quando elas possuem a mesma dimensão.

Exemplo 1: Suponha que desejemos determinar quantas polegadas são equivalentes a 55 cm. Sabendo que:
                       1 in = 2,54 cm.
Podemos entender isso como: Há 2,54 cm por polegada. Dessa forma, precisamos descobrir quantas vezes 2,54 centímetros por polegada divide 55 centímetros. Fazemos então :
                      (55 cm) / (2,54 cm/in) = 21,6 in  
Como quantidades algébricas, temos :
                       cm / (cm/in) = in     ou                 
                       cm *( in/cm) = in

Além dessa relação, demos levar em conta os fatores unitários :
                     1 in / 2,54 cm = 1 (A divisão é igual a 1 pois são equivalentes)

Aplicando o fator ao exemplo, obtemos:
                      55 cm * (1 in / 2,54 cm) = 21,6 in

Exemplo 2: Você viaja em um carro à velocidade de 50 milhas por hora. A quantos metros por segundo corresponde esta velocidade ?
Solução:  Usando fatores de conversão sequencialmente, obtemos:
        50 mi/h *(1,61 km / 1 mi)*(10^3 m / 1 km)*(1 h / 60 min)*(1 min / 60 s) = 22,4 m/s

No Sistema Internacional de Unidades temos sete grandezas fundamentais:
  1. Comprimento (metro)
  2. Massa (quilograma)
  3. Tempo (segundo) 
  4. Intensidade de corrente elétrica (Ampere)
  5. Temperatura termodinâmica (Kelvin)
  6. Intensidade luminosa (candela)
  7. Quantidade de matéria (mol)

Porém, na análise dimensional utilizamos apenas três grandezas massa, comprimento e tempo, as quais são representadas pelas letras M, L e T respectivamente.


Fonte :
Quimica Geral Volume 1 - John B. RUSSELL
http://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_dimensional



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Terapia gênica no tratamento da imunodeficiência grave (SCID-X1)

A terapia gênica consiste em pegar um gene e é inserido no genoma substituindo o gene que causa a doença. O vetor é necessário para enviar o gene terapêutico para a célula-alvo do paciente, o vetor mais comum utilizado é um vírus.

Porque o vírus? O vírus tem a capacidade de inserir o seu material genético dentro da célula humana, por esse mecanismo ele é capaz de causar doenças. Aproveitando-se dessa capacidade, o material genético que o vírus colocaria foi trocado por genes benéficos, genes terapêuticos. 

Pesquisadores descobriram que a terapia gênica quando usada como um sistema de entrega ou um vetor, pode restaurar o sistema imunológico de crianças com imunodeficiência grave (SCID-X1), uma rara doença que principalmente afetam crianças homens. 

Esta doença é decorrente de mutações no gene codificador da subunidade de sinalização de um receptor de citocinas, apresentando bloqueio na diferenciação das células T, NK e linfócitos B. 

Os esforços para o tratamento da SCID-X1 através da terapia gênica foram inicialmente um sucesso, porém aproximadamente um quarto das crianças desenvolveram leucemia de dois a cinco anos depois do tratamento. Os resultados dos estudos sugerem que este novo vetor criado é igualmente efetivo em restaurar a imunidade e pode ser muito mais efetivo que outros métodos já existentes. 

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Biomateriais: Aplicações e complicações

Biomateriais são materiais sintéticos que podem conviver com o corpo sem que nenhum dos dois (tecido ou o material em questão) seja prejudicado. Esse fator é relativo e leva em consideração o objetivo do material e o tempo que ele ficara em contato com o ser vivo. O intervalo de tempo pode variar entre 10 segundos (no caso de uma seringa) ou poderá ser vitalício.

As funções dos biomateriais variam entre substituir um órgão ou tecido, servir de fixação entre órgãos e tecidos, estimular o crescimento de tecidos dentre outras aplicações como em seringas e bisturis. Os pontos com maior enfoque atualmente tem sido a substituição de órgãos para diminuir as filas de transplante (no site www.unos.org podemos ter uma noção das filas no cenário estadunidense) e em aplicações cirúrgicas de forma que não sejam necessários outros processos cirúrgicos para extração de materiais que podem trazer prejuízos ao paciente, sendo assim eles deveriam ser absorvidos pelo organismo.

Uma novidade que pode provocar uma revolução na área é a impressora de materiais em 3D, onde formatos e novos materiais são pesquisados e testados de forma que possam substituir a curto prazo ossos que não foram somente deformados e mas sim aqueles que sofreram perda total do tecido em algumas regiões, ou seja, o material em questão deveria ser resistente e poroso para que possa simular e estimular o crescimento do tecido de forma que possa ser absorvido após um processo de reconstituição natural feito pelo próprio organismo.
 
Porém esse recurso apresenta grandes dificuldade: a biocompatibilidade, as exigências físicas e as exigências químicas. Alguns materiais simplesmente não são biocompativeis por não possuir a textura ou as características químicas necessárias, uma vez que qualquer corpo externo pode causar uma rejeição, que pode trazer sérias complicações médicas. As dificuldades das exigências físicas podem ser encontradas quando é necessária a reposição de uma artéria, já que o material deve ser flexível, resistente e não pode sofrer obstruções quando dobradas, na substituição de juntas também devem apresentar resistência e flexibilidade. As dificuldades químicas são encontrar um composto estável e que tenha aprovação para qualquer aplicação médica, já que podem ficar dentro de um organismo durante longos períodos.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Descomplicando o vestibular: Noções de eletrostática

I-Introdução

Eletrostática é o nome que damos à dinâmica de atração existente entre as diferentes cargas dos corpos, antes ou após sua eletrização. Há muito tempo, observou-se no âmbar (resina vegetal petrificada), o qual era capaz de atrair pedaços de palha, após ser atritada ao pelo dos animais. Esse fenômeno é conhecido como eletricidade estática.

Após algum tempo, criou-se a idéia de carga existente nos materiais. Mas essas cargas so começaram a ser nomeadas de positivo e negativo por Benjamin Franklin, ao realizar experimentos de eletrostática com bastões de borracha e vidro.

Mais tardiamente, descobriu-se que a matéria era composta por átomos . E de uma maneira simplificada, foi dividido o átomo em duas regiões; o núcleo(contendo o próton) e a eletrosfera (que contém elétrons orbitantes). Essa descoberta ajudou a entender melhor o como funcionava a atração entre os bastões do experimento realizado por B. Franklin. Adimitiu-se, assim, o sinal positivo para o próton e o negativo para o elétron. E atualmente sabemos que as cargas dos elétrons e dos prótons são iguais em valores absolutos. Desta forma, um corpo neutro contém a mesma quantidade de prótons e elétrons.

A carga elétrica de um elétron ou de um próton, em modulo, é chamada de carga elétrica elementar (representado pela letra “e”), e seu valor é:



II-Condutores e Isolantes

Bons Condutores: materiais que possuem parte de seus elétrons sofrendo fraca atração pelo núcleo, possuindo, assim,  liberdade de movimento.
Maus Condutores:  são os materiais em que essa liberdade de movimento não é grande, ou seja, que os elétrons possuem grande atração pelo núcleo.

III- Quantidade de carga de um corpo (Q)

Deve-se ter em mente que um corpo é composto por cargas positivas (np) e negativas(ne). E, além disso, lembrar que se um corpo é neutro, seu número de prótons e elétrons são iguais(ne=np). Se ele for eletrizado positivamente, seu número de prótons é maior que de elétrons (np>ne) e quando eletrizado negativamente seu número de elétrons é maior que o número de prótons (np<ne).

Assim, como a quantidade de carga depende, basicamente, da quantidade de np e ne de um corpo para ser quantizada, seu calculo é dado por:


IV-Princípios Eletrostática

Princípio da conservação da carga elétrica: Em um sistema isolado, a quantidade de carga elétrica se conserva, ou seja, a soma algébrica das cargas elétricas do sistema é constante.

Princípio das Ações Elétricas: cargas de sinais opostos se atraem e cargas de sinais iguais se repelem.

V-Processos de eletrização

Processos de eletrização são métodos utilizados para a troca de carga elétrica entre corpos, adicionando-se ou retirando-se elétrons. Vemos a seguir os três principais processos: atrito, contato e indução.

Eletrização por atrito:  Os corpos acabam trocando suas cargas devido ao atrito. Assim, um cede elétrons, eletrizando-se positivamente, e o outro recebe esses elétrons, eletrizando-se, negativamente.

Eletrização por Contato: Ao colocarmos dois corpos condutores com cargas diferentes, eles trocarão elétrons até alcançarem o equilíbrio. Se os corpos forem idênticos, o equilíbrio ocorrerá quando as quantidades de cargas dos dois corpos se igualarem.

Eletrização por indução: É um processo de eletrização em que se acarreta (induz) a eletrização dos corpos.