A empresa Verdartis Desenvolvimento Biotecnológico, originada de um grupo de pesquisas da USP de Ribeirão Preto, desenvolveu um novo tipo de enzima capaz de fazer o branqueamento da celulose durante o processamento da madeira para produção de papel de modo mais barato, eficiente e ecologicamente correto.
A celulose possui elementos fibrosos, como a lignina, que adquirem cor amarronzada durante o seu processamento para produção de papel. Dessa forma, para que o papel tenha a cor branca padrão, diversos compostos químicos, entre eles o dióxido de cloro, de alto custo e de difícil descarte, são necessários para a etapa de branqueamento, uma vez que quebram a lignina em moléculas menores.
Assim, as novas enzimas desenvolvidas pela Verdatis através de engenharia genética, utilizando a bactéria Escherichia coli, atuam de forma específica quebrando a lignina, necessitando de quantidades menores de dióxido de cloro para o branqueamento, o que reduz os custos do processo.
Na verdade, este tipo de enzima branqueadora de celulose já existe no mercado, porém o que difere estas enzimas já existentes da recém produzida é o seu baixo custo de produção, a sua especificidade para cada processo industrial, ou seja, a enzima é criada especificamente para o processo ao invés de modificar o processo para a enzima, e o seu extremamente baixo lançamento de resíduos na água.
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