A primeira bioimpressora 3D comercial
chega ao mercado já com a capacidade de replicar tecido celular e com a
promessa de, um dia, gerar órgãos inteiros do zero. Se hoje pacientes esperam
meses e até anos por um transplante, a tecnologia seria capaz de sanar esse
problema, produzindo pedaços do corpo sob demanda. Soa futurista o bastante
para você?
A impressão 3D,
que cria objetos tridimensionais depositando materiais camada por camada, como
se fosse uma impressora “jato de tinta”, chegou definitivamente ao reino da
nanotecnologia. Assim, Pinar Zorlutuna, da
Universidade da Califórnia de San Diego, desenvolveu uma forma de fabricar, em
poucos segundos, estruturas tridimensionais macias e biocompatíveis. As
estruturas são ideais para o estudo e o cultivo de células em laboratório,
incluindo o desenvolvimento de células-tronco e o crescimento de tecidos
artificiais.
Segundo
Zorlutuna, o objetivo de longo prazo do trabalho é imprimir tecidos biológicos
que possam ser usados diretamente pelos médicos, para transplantes ou enxertos.
Por exemplo, ao verificar a parte do coração afetada por um infarto, os médicos
"imprimiriam" uma seção artificial exatamente equivalente à parte
danificada, e a substituiriam.
A
técnica foi batizada de DOPsL: dynamic optical projection stereolithography -
estereolitografia por projeção óptica dinâmica.
O problema é que esses implantes,
gerados na máquina, ainda precisam passar por muitos testes antes de acabarem
em corpos humanos. Ainda não se sabe se eles atuam exatamente como se tivessem
crescido naturalmente, e nem quanto tempo aguentam saudáveis. A modelação 3D é
complexa, especialmente porque necessita de diferentes tipos de células e
tecidos. Por isso, ainda deve levar um bom tempo para vermos o dispositivo em
hospitais, mas seria uma grande solução para o fim da espera de transplantes.
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