A pesquisa teve inicio a partir do estudo da molécula de
bradicinina, substancia liberada pelo organismo humano, que era utilizada para
o tratamento de mal de Parkinson e derrame cerebral. O estudo realizado pelos
alunos do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) constatou que
a substancia foi capaz de reverter a morte das células cerebrais, mais
conhecida como apoptose.
A apoptose é uma lesão primaria causada pela ausência de oxigênio
nas células. Fato esse gerado pela oclusão de um vaso do cérebro, causando
derrame cerebral isquêmico.
Em casos como esse a bradicinina é capaz de reverter à morte dos neurônios a partir da indução excessiva de ativação de receptores de glutamato. Com a morte de neurônios há uma liberação excessiva de glutamato o que acaba sobrecarregando as outras células e causando a morte celular.
O estudo ainda está em fase experimental e os resultados observadores foram obtidos a
partir de ensaios in vitro, o próximo passo é o teste em animais.
A bradicinina está presente no plasma e é produzida em todos
os tecidos do corpo humana, e possui uma ação anti-hipertensiva. O desafio dos
pesquisadores é buscar substancias com os mesmos efeitos da bradicinina, mas
que possuam subprodutos menos danosos ao corpo humano.
A mesma substancia
vem sendo testada contra o mal de Parkinson. Foram feitas aplicações de
substancias toxicas que matam os neurônios dos ratos, posteriormente a
bradicinina foi aplicada e depois de 56 dias, houve a reversão de problemas
motores da maioria dos roedores.
As descobertas promovidas pela pesquisa tendem ao
desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de derrame cerebral e outras
doenças neurodegenerativas, no entanto não existe previsão de quando isso pode
ocorrer.
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