Células OLM infectadas com vírus que produz proteína fluorescente |
Um tipo especial de célula cerebral que havia sido descrito quase um século atrás pelo médico espanhol Santiago Ramón y Cajal teve sua função identificada por um grupo de pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos e da Suécia.
Essas células, que recebem o nome complicado de neurônios oriens lacunosum-moleculare (OLM), estão no hipocampo, estrutura profunda do cérebro associada à aquisição da memória. Os neurônios OLM funcionam como uma ponte que coloca as células da camada mais superficial do hipocampo em contato com as das áreas mais profundas. Nos experimentos, eles observaram que, uma vez ativados, os neurônios OLM bloqueavam a chegada de informações sensoriais do ambiente ao hipocampo e acionavam os mecanismos químicos de recuperação das informações armazenadas no cérebro.
Exemplificando, podemos utilizar a situação de quando encontramos algum conhecido na rua. Nesse caso, a informação captada pelos olhos chega à região mais superficial do hipocampo; quando os neurônios OLM transferem essa informação para a área mais profunda, ativam o mecanismo de recuperação da memória (que permite reconhecer a pessoa), mas impedem a chegada de mais dados do ambiente. “Os neurônios OLM desligam um circuito e ligam outro”, conta Richardson, pesquisador do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e que também trabalhou em colaboração com pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos.
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