Cientistas ganham prêmio por descobrirem o potencial das células maduras de se transformarem em células-tronco pluripotentes, que dão origem a todos os tecidos do corpo.
O
britânico John B. Gordon descobriu há 50 anos que a especialização das células
era reversível. Em sua pesquisa, ele substituiu o núcleo celular dentro do
óvulo de um sapo pelo núcleo de uma célula intestinal madura. Como o óvulo se
desenvolveu de modo normal, ele provou que o DNA da célula madura e
diferenciada ainda continha as informações necessárias para desenvolver todas
as células do corpo.
Mais de
40 anos depois, Shinya Yamanaka provou que, para criar novas células-tronco a
partir de células especializadas, não era necessário transplantar seu núcleo
para um embrião – era possível reverter o estado da célula original. Para isso,
ele estudou células-tronco embrionárias, retiradas de embriões e cultivadas em
laboratório, em busca de quais genes permitiam que elas se mantivessem
imaturas.
Ao descobrir
vários desses genes, ele testou diversas combinações para reprogramar células
maduras conhecidas como fibroblastos. Por fim, ficou provado que a introdução
de apenas quatro genes poderia levar à criação de uma célula-tronco
pluripotente induzida.
A pesquisa trouxe esperança na comunidade
científica, por produzir células-tronco sem a necessidade de se destruir
embriões.
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