quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O fim da fila para transplantes?


    A primeira bioimpressora 3D comercial chega ao mercado já com a capacidade de replicar tecido celular e com a promessa de, um dia, gerar órgãos inteiros do zero. Se hoje pacientes esperam meses e até anos por um transplante, a tecnologia seria capaz de sanar esse problema, produzindo pedaços do corpo sob demanda. Soa futurista o bastante para você?
     A impressão 3D, que cria objetos tridimensionais depositando materiais camada por camada, como se fosse uma impressora “jato de tinta”, chegou definitivamente ao reino da nanotecnologia. Assim, Pinar Zorlutuna, da Universidade da Califórnia de San Diego, desenvolveu uma forma de fabricar, em poucos segundos, estruturas tridimensionais macias e biocompatíveis. As estruturas são ideais para o estudo e o cultivo de células em laboratório, incluindo o desenvolvimento de células-tronco e o crescimento de tecidos artificiais.
     Segundo Zorlutuna, o objetivo de longo prazo do trabalho é imprimir tecidos biológicos que possam ser usados diretamente pelos médicos, para transplantes ou enxertos. Por exemplo, ao verificar a parte do coração afetada por um infarto, os médicos "imprimiriam" uma seção artificial exatamente equivalente à parte danificada, e a substituiriam.
    A técnica foi batizada de DOPsL: dynamic optical projection stereolithography - estereolitografia por projeção óptica dinâmica.
     O problema é que esses implantes, gerados na máquina, ainda precisam passar por muitos testes antes de acabarem em corpos humanos. Ainda não se sabe se eles atuam exatamente como se tivessem crescido naturalmente, e nem quanto tempo aguentam saudáveis. A modelação 3D é complexa, especialmente porque necessita de diferentes tipos de células e tecidos. Por isso, ainda deve levar um bom tempo para vermos o dispositivo em hospitais, mas seria uma grande solução para o fim da espera de transplantes.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Pesquisador transforma bagaço da cana, cevada e casca de frutas em salgadinhos


De salgadinhos a sopas instantâneas, passando por bebidas, o aproveitamento de resíduos industriais pode contribuir para a produção de alimentos de qualidade e, ainda por cima, mais baratos.
Carlos Wanderlei Piler de Carvalho, pesquisador da Embrapa Agroindústria de Alimentos, coordena projeto que reaproveita bagaço de cana de açúcar, de cevada, cascas de maracujá e arroz quebrado para desenvolver alimentos nutritivos, saborosos, funcionais e, principalmente, a custos mais baixos.
"Além de oferecer um destino para rejeitos produzidos nas indústrias sucroalcooleira, de sucos e de cerveja, representa também vantagem econômica para quem produz e para quem consome, além de ser benéfico para o meio ambiente", explica Piler.
A técnica utilizada para a produção desses alimentos já é conhecida. Apesar do nome pouco sonoro, a extrusão termoplástica - processo de tratamento térmico, que por uma combinação de calor, umidade e trabalho mecânico, modifica profundamente as matérias primas, dando-lhes novas formas, estruturas e características funcionais e nutricionais - tem resultados bastante apreciados.
De acordo com Piler, o produto mais difícil de ser processado é o bagaço da cana, por ser bastante fibroso. "Ele contém cerca de 30% de lignina, a mesma fibra da casca das árvores. Mas seu alto teor de celulose, parte de fibra insolúvel, traz benefícios para o consumidor, ajudando a regular o intestino. Além disso, ele possui um sabor adocicado", garante o pesquisador. 
Com a farinha do bagaço da cana ou com o da cevada, ricos em fibras, é possível desenvolver pães, biscoitos e sopas. Já a farinha da casca do maracujá serve para criar bebidas cremosas e biscoitos. O pesquisador orienta um grupo de doutorandos que estuda a fabricação de uma bebida nutritiva à base de cereais, entre eles o arroz.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Remédio usado para tratar glaucoma faz crescer o cabelo

Bimatoprosta já é utilizado para o alongamento dos cílios
 e pode vir a ser uma terapia contra a calvície

Uma pesquisa publicada no FASEB, periódico da Federação das Sociedades Americanas de Biologia Experimental, sugere que o remédio bimatoprosta, já aprovado pela Food and Drug Administration (FDA, órgão americano que regula remédios e alimentos), pode fazer o cabelo humano crescer. "Nós esperamos que este estudo leve ao desenvolvimento de novas terapias para a calvície, o que deve melhorar a qualidade de vida de muitas pessoas que convivem com a perda de cabelo", diz Valerie Randall, pesquisadora da Universidade de Bradford, no Reino Unido.

A bimatoprosta é um colírio contra o glaucoma, um grupo de doenças que atingem o nervo óptico. Só que ele também estimula o crescimento dos cílios. Por isso, a bimatoprosta é utilizado na forma de esmalte desde o ano passado. "A aplicação é feita com pincéis e provoca um aumento do ciclo do crescimento dos cílios", diz a dermatologista Leila Bloch, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A equipe de Randall queria saber se o remédio produz os mesmos efeitos no cabelo.

Os cientistas testaram a bimatoprosta em folículos pilosos (espécie de bolsa dentro da qual se localiza a raiz do fio de cabelo) retirados do couro cabeludo de humanos. Os folículos tratados com o medicamento produziram mais cabelo do que folículos que não receberam aplicações.
Autora da pesquisa, Valerie Randall espera que outros estudos aumentem o conhecimento sobre como os folículos pilosos trabalham, podendo resultar em diferentes medidas terapêuticas para muitos distúrbios relacionados à calvície. 

domingo, 28 de outubro de 2012

Um novo medicamento para hemofílicos


Pesquisadores brasileiros desenvolveram a partir de células humanas, o “Fator VIII”, substância que controla hemorragias e que não é encontrada nos hemofílicos. 

É uma descoberta é muito importante para poupar o Ministério da Saúde do imenso gasto que anualmente é feito para comprar substâncias similares comercializadas no exterior. Uma vez que o Fator VIII poderá ser utilizado como medicamento e facilitará a vida dos hemofílicos.

A substância produzida em laboratório já foi testada em animais e agora o próximo passo é conseguir financiamento para que a produção do Fator VIII ocorra em escala  maior. E conseguir a licença para se iniciar os testes em pacientes humanos.

sábado, 27 de outubro de 2012

Embrião feito a partir do DNA de três pessoas


Cientistas americanos buscam uma alternativa para obter embriões humanos livres de doenças hereditárias, através de uma técnica um tanto que polêmica que usa o material genético de duas mulheres e um homem.


A mãe doaria o óvulo e outra mulher doaria o DNA mitocondrial. O DNA da doadora representaria 1% do total da herança genética do embrião desenvolvido, e o mais importante, livre de doenças hereditárias. Sendo possível que mulheres que possuem mutações genéticas, tenham filhos seguramente saudáveis.

As pesquisas do grupo de Shoukhrat Mitalipov já conseguiram gerar 13 embriões em estágio inicial de desenvolvimento, o próximo estágio é conseguir que algum desses venha a nascer. Repetindo com sucesso que já foi alcançado em pesquisas feitas com macacos.



sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cientistas africanos desenvolvem tecnologia de combate à tuberculose

A tuberculose é uma das doenças que mais mata na África do Sul, principalmente na população mais carente. O tratamento utilizado para cura da doença é eficiente, entretanto muitos dos enfermos abandonam o tratamento precocemente, e quando a doença volta a se manifestar, o micro-organismo causador,bacilo de Koch, é selecionado de forma à ser resistente ao antibiótico.

Com essa visão cientistas africanos adaptaram um chip microfluido , que já era usado em laboratórios em outras partes do mundo, capaz de realizar análises bioquímicas muito mais rapidamente do que as máquinas convencionais. O diagnóstico sai, portanto mais rápido e o uso do chip poderia ajudar nas pesquisas de resistência do bacilo aos medicamentos. O centro de produção desse chip está em fase final de implantação visando aprimorar pesquisas e iniciar a utilização do novo aparelho.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Brasileiro cria vacina experimental eficaz contra a AIDS

O imunologista brasileiro Michel Nussenzweig, da Academia Americana de Ciências da Universidade Rockefeller, em Nova York, desenvolveu um estudo de combate à AIDS. A vacina consiste na combinação de cinco potentes anticorpos monoclonais idênticos produzidos pelo mesmo tipo celular. A mistura foi injetada em camundongos com sistema imunológico idêntico ao humano e com a presença do vírus HIV.

O cientista observou que o nível da carga viral caiu e se manteve abaixo do nível detectável por 60 dias após o tratamento ser concluído.
A pesquisa também foi feita com três desses anticorpos e apresentou níveis baixos do vírus por 40 dias, enquanto a monoterapia os mesmos resultados só são apresentados durante o tratamento.Assim, segundo o especialista o uso desses anticorpos em conjunto poderia prevenir a contaminação e auxiliar no desenvolvimento de novos tratamentos.
Atualmente a doença é tratada com um coquetel de no mínimo três drogas entretanto quando o mesmo é interrompido a doença volta a progredir dentro de 21 dias.
Apesar do estudo altamente promissor ainda são necessários testes clínicos para avaliar a eficácia em tratamentos humanos e medir efeitos sobre a infecção em longo prazo.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Circuito lógico é feito com genes de bactéria

Pesquisador da Universidade de Washington, Estados Unidos, Tae Seok Moon criou portas lógicas usando genes, e as utilizou para construir o primeiro “circuito genético”. O objetivo desta pesquisa é que os componentes das células possem atuar e monitorar seu ambiente ativamente, a isso se dá o nome de biocomputadores. Esta descoberta pode ser útil para realizar reações químicas, fabricar biocombustíveis despoluir áreas contaminadas e até curar doenças no interior do corpo humano.


Biocomputadores serão úteis para executar reações químicas com precisão, 
fabricar biocombustíveis, despoluir áreas contaminadas ou mesmo curar doenças 
no interior do corpo humano.
Cada porta lógica possui várias entradas, porém apena uma saída que depende do processamento que cada tipo de porta realiza. Os genes são ligados ou desligados quando um fator de transcrição liga-se à uma região adjacente ao gene, conhecida como promotor.
Este mecanismo genético foi encontrado na Salmonella typhimurium, uma bactéria que causa intoxicação alimentar, no qual o fator de transcrição liga-se ao promotor de um gene somente se uma molécula chamada chaperona estiver presente.
O circuito genético completo é formado por quatro sensores para quatro moléculas diferentes, que alimentam três portas “AND”, se todas as quatro moléculas responsáveis pelo processo estiverem presentes, as três portas AND são ligadas, com a última, produzindo uma proteína fluorescente vermelha, que indica o resultado da operação.
Segundo os pesquisadores, no futuro, uma bactéria sintética com um circuito assim, poderá sentir quatro indicadores diferentes de câncer e, na presença de todos os quatro, ao invés de acender os sinalizador, produzirá um fator capaz de destruir o tumor.

Para ler a notícia completa, clique aqui.

domingo, 21 de outubro de 2012

Pesquisadores revertem morte de células cerebrais


A pesquisa teve inicio a partir do estudo da molécula de bradicinina, substancia liberada pelo organismo humano, que era utilizada para o tratamento de mal de Parkinson e derrame cerebral. O estudo realizado pelos alunos do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) constatou que a substancia foi capaz de reverter a morte das células cerebrais, mais conhecida como apoptose.
A apoptose é uma lesão primaria causada pela ausência de oxigênio nas células. Fato esse gerado pela oclusão de um vaso do cérebro, causando derrame cerebral isquêmico.
Em casos como esse a bradicinina é capaz de reverter à morte dos neurônios a partir da indução excessiva de ativação de receptores de glutamato. Com a morte de neurônios há uma liberação excessiva de glutamato o que acaba sobrecarregando as outras células e causando a morte celular.
O estudo ainda está em fase experimental  e os resultados observadores foram obtidos a partir de ensaios in vitro, o próximo passo é o teste em animais. 
A bradicinina está presente no plasma e é produzida em todos os tecidos do corpo humana, e possui uma ação anti-hipertensiva. O desafio dos pesquisadores é buscar substancias com os mesmos efeitos da bradicinina, mas que possuam subprodutos menos danosos ao corpo humano.
 A mesma substancia vem sendo testada contra o mal de Parkinson. Foram feitas aplicações de substancias toxicas que matam os neurônios dos ratos, posteriormente a bradicinina foi aplicada e depois de 56 dias, houve a reversão de problemas motores da maioria dos roedores.
As descobertas promovidas pela pesquisa tendem ao desenvolvimento de medicamentos para o tratamento de derrame cerebral e outras doenças neurodegenerativas, no entanto não existe previsão de quando isso pode ocorrer.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Medicina Biológica detem progressão de artrite reumatóide

Dr.Mauricio Monteiro membro do colégio mexicano de reumatologia explica que a caracteristica desta doença é uma "tabela não específica", como mal-estar, fadiga antes do início dos sintomas nas articulações, onde a inflamação ocorre. artrite é determinada quando há quatro articulações simultaneamente características: dor, inchaço, inchaço das articulações, ou seja, aumento da temperatura da referida zona e delimitando o movimento ea função destes. "Quando o conjunto mostrado acima, podemos dizer que há artrite e se isso ocorre com uma duração superior a seis semanas e cinco articulações afeta o diagnóstico é feito, e deve ser verificado com um estudo de laboratório, disse o especialista.
A partir da aplicação de terapias biológicas em pacientes com artrite reumatóide conseguiram deter o avanço da doença, embora não curada, pode evitar a dor e inflamação nas articulações. para esta doença, que afecta mais de um milhão mexicano utilizado em terapia de droga destinada a impedir que uma substância biológica, denominado factor de necrose tumoral, e os outros foram adicionados para parar o desenvolvimento da patologia. respeito, o Dr. Mauricio Montero Lua, especialista em reumatologia, disse tratamentos biológicos são projetados por meio de engenharia genética de células não-humanos, e são os anticorpos ou proteínas. "Os tratamentos padrão com o qual tiveram efeitos gerais sobre o sistema imunológico; no caso de terapia biológica e é especificamente e seletivamente bloqueando uma molécula em particular ", disse ele.
Dr. Mauricio Montero explicou que medicamentos prescritos em terapia biológica são administrados por via intravenosa ou subcutânea, ao contrário daqueles que são tomados por via oral. Atualmente, existem sete tipos de terapia biológica no mercado, e outros estão em fase de investigação e desenvolvimento, o que lhe permite ser receptivo no momento da aplicação do tratamento De acordo com as características do paciente e quem é mais bem sucedido.
Confira a reportagem na integra em espanhol aqui.
 
 
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Leite de vaca transgênica: sem beta-lactoglobulina, sem alergia.


Uma equipe de cientistas neozelandeses criou uma vaca transgênica que produz leite sem beta-lactoglobulina, ou seja, a proteína BLG que causa alergia a bebes.
Sabe-se que em países desenvolvidos, entre dois a três por cento das crianças são alérgicas a proteínas do leite de vaca no primeiro ano de vida.
Leite não tem beta-lactoglobulina
Leite sem beta-lactoglobulina pode ser a solução para crianças alérgicas. 
A proteína BLG não existe no leite humano, mas é comum no leite de vaca e ovelhas. No entanto, existem formulações hipoalérgicas, destinada à crianças que possuam a alergia. Porém, na maior parte das vezes esse leite hipoalérgico pode ter um sabor amargo e ser, economicamente, caro.
Na pesquisa, a equipe recorreu a um método  para inibir a expressão de determinados genes e conseguiram inibir 96% da produção da proteína BLG. Depois dos testes em células, utilizaram-se ratos modificados para imitar a glândula mamária de uma ovelha (onde se produz a BLG).
Após esse procedimento, os cientistas clonaram 57 embriões, que resultaram em cinco gestações. Uma bezerra transgênica proveniente dessas gestações não tinha a proteína BLG em seu leite, mas infelizmente  possuía um índice muito elevado de outras proteínas, no sangue, as chamadas caseínas, que também podem causar alergias.
Não se sabe muito sobre o papel da BLG, ou seja, sua função biológica. Segundo os autores, faltam muitos estudos para chegar às vacas transgênicas que produzam um leite perfeito, que não provoque nenhum tipo de alergias ou intolerâncias, mas é fato que esse já foi um primeiro e importante passo para essa conquista.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Células matadoras podem controlar o vírus da Aids


Pesquisadores norte-americanos e brasileiros testam com sucesso a eficácia de linfócitos T no combate ao HIV


Ficheiro:HIV entry into T cell schematic.png
Representação do HIV entrando no linfócito T.
     Na guerra contra o HIV, vírus que causa a Aids, a busca por desenvolver uma vacina costuma se concentrar nos anticorpos, as proteínas do sistema imunológico responsáveis por atacar invasores. Um grupo de pesquisadores norte-americanos e brasileiros pode ajudar a mudar esse panorama – ou pelo menos ampliá-lo. Eles mostraram que um tipo específico de linfócitos T – as células que orquestram o combate a infecções – tem um papel importante no combate aos vírus e estimular a sua produção pode vir a ser uma arma eficaz.

     As estrelas do estudo são as células T CD8+, responsáveis por controlar a carga viral nos pacientes conhecidos como “controladores de elite” – pessoas que, apesar de infectadas com o HIV, não desenvolvem os sintomas da doença. “Uma em cada 300 pessoas infectadas consegue controlar a replicação do vírus”, explica o patologista David Watkins, da Universidade de Miami, coordenador do estudo. Em 70% dessas pessoas, segundo ele, é possível detectar uma assinatura genética especial, que agora se sabe estar relacionada ao funcionamento das células CD8. Falta ainda entender exatamente como funciona essa relação.

     O importante é que esses linfócitos conseguem, por meio de uma ação tóxica, aniquilar as células do organismo invadidas pelo HIV. “O vírus precisa de células para se replicar, e as CD8 matam essas fábricas”, explica o pesquisador norte-americano, fluente em português graças a uma longa e frutífera colaboração com colegas brasileiros.
     “Nosso estudo aponta um novo caminho possível, não mais focado em anticorpos, mas em controle da replicação do vírus mediante a indução da produção de células T CD8 protetoras pelo organismo”, explicou Myrna à assessoria de imprensa da Fiocruz. “É como se, na rodovia do estudo de vacinas para a Aids, estivéssemos fixando uma placa nova, apontando para um novo caminho, baseado na abordagem celular.”

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Aplicação do conhecimento científico da cana deverá servir ao desenvolvimento de novas ferramentas para a produção de etanol

A cana-de-açúcar tem sindo alvo de inúmeros genéticos, fisiológicos e agronômicos. O que se quer é conhecer mais profundamente a planta e suas peculiaridades com o intuito de aumentar a produtividade dessa gramínea trazida pelos portugueses ao Brasil ainda no século XVI. A meta final é produzir mais etanol em um mesmo hectare de terra. Para isso contam também as pesquisas para tornar a cana mais adaptada à chamada segunda geração de produção de álcool, quando enzimas vão aproveitar os açúcares que são recuperados do bagaço de cana para a formação de uma espécie de sopa e então produzir mais biocombustível.
O último resultado das pesquisas confirma que o colmo e as folhas da cana, que compõe o bagaço da cana, possuem mais açúcares, substâncias primordiais na elaboração do etanol, na porção hemicelulose do que na celulose, um conhecimento que pode mudar os rumos da produção de etanol de segunda geração no futuro.
"A tecnologia que se está desenhando hoje para a futura segunda geração de etanol se baseia apenas na celulose, enquanto os polímeros de açúcares das hemiceluloses, que contêm açúcares complexos como os arabinoxilanos, betaglucanos e xiloglucanos, são deixados de lado, além das pectinas, que juntos representam 70% dos açúcares na parede celular da cana”, diz Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) do Bioetanol.
O aproveitamento futuro por meio da hidrólise das pentoses do bagaço, que são os açúcares de cinco carbonos, pode levar a um aumento de etanol estimado em, pelo menos, mais 5 bilhões de litros na produção brasileira, hoje com cerca de 25 bilhões de litros. A utilização das pentoses também poderá se dar no uso em aplicações biotecnológicas, em alimentos e medicamentos, agregando valor comercial ao bagaço. Nos processos de segunda geração, as enzimas formam um líquido que também serve de alimento para as mesmas leveduras.

Para mais informações entre:

Nova terapia pode ajudar na recuperação de infarto

coraçãoPesquisadores da Universidade Fudan, na China, desenvolveram uma nova terapia capaz de recuperar o tecido do coração danificado depois de um infarto do miocárdio.

A técnica desenvolvida se baseia na utilização de células tronco, as quais produzem em grande quantidade uma proteína chamada de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF, em inglês), responsável pelo nascimento de novas veias e pela substituição de velhas células cardíacas por novas.

 Desse modo, a proteína poderia recuperar as células danificadas no coração. No entanto, o excesso da mesma também é responsável por estimular o crescimento de tumores nas veias. Por isso os cientistas alteraram geneticamente as células-tronco. Eles inseriram no mesmo gene que produz a proteína VEGF um elemento que responde a falta de oxigênio.

 Enquanto o coração estiver danificado, a célula irá produzir a proteína. No entanto, assim que a circulação sanguínea na região voltar ao normal, e com ela o suprimento de oxigênio, a produção do VEGF é interrompida. Essa técnica foi testada em ratos e foi bem sucedida.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Americanos levam Nobel de Química por estudos de receptores celulares

O Prêmio Nobel de Química de 2012 foi oferecido nesta última semana (10/10/2012) aos pesquisadores Brian K. Kobilka, da Universidade Stanford, e Robert J. Lefkowitz, da Universidade Duke, ambos dos EUA, conforme anúncio da Real Academia de Ciências da Suécia, em Estocolmo.

O prêmio é um reconhecimento a seus estudos sobre receptores acoplados à proteína G (GPCRs, na sigla em inglês) - uma família de receptores situados nas membranas celulares que se ligam a moléculas no exterior e enviam "sinais" para dentro, possibilitando que a célula responda de maneira específica. As proteínas G são uma classe envolvida nesse tipo de processo dentro das células.

Um exemplo desse tipo de interação, citado na apresentação em Estocolmo, é o do contato da adrenalina com as células. O hormônio não entra na célula para surtir seu efeito - ele age sobre os receptores que são alvo das pesquisas de Kobilka e Lefkowitz, que então desencadeiam uma reação no metabolismo celular.

Além da adrenalina, a família dos GPCRs inclui receptores para dopamina, serotonina, luz, paladar e odor. A maioria dos processos fisiológicos depende dos GPCRs, destaca a entidade que concede o Nobel.

A academia sueca argumenta que o trabalho dos dois pesquisadores tem importância porque ajudou a conhecer o funcionamento desses receptores em nível atômico. Entender os mecanismos associados aos receptores acoplados à proteína G permite o desenvolvimento de remédios que atuem de forma similar às moléculas encontradas na natureza.

"Cerca de metade de todos os medicamentes age através desses receptores, entre eles os beta bloqueadores, anti-histamínicos e vários tipos de medicamentos psiquiátricos", disse o comitê.
"Esses receptores são capazes de modular a fiosologia de todos os tecidos. Estão envolvidos em tato, visão, paladar. Quando a gente tem um estresse, substâncias são liberadas no corpo e as células interagem por meio desses receptores", exemplifica, lembrando que muitos medicamentos atuam por meio da interação direta com eles, ativando ou bloqueando-os e, assim, influenciando o funcionamento das células.




domingo, 14 de outubro de 2012

Britânico e japonês ganham Nobel de Medicina por pesquisas com células-tronco


Cientistas ganham prêmio por descobrirem o potencial das células maduras de se transformarem em células-tronco pluripotentes, que dão origem a todos os tecidos do corpo.

O britânico John B. Gordon descobriu há 50 anos que a especialização das células era reversível. Em sua pesquisa, ele substituiu o núcleo celular dentro do óvulo de um sapo pelo núcleo de uma célula intestinal madura. Como o óvulo se desenvolveu de modo normal, ele provou que o DNA da célula madura e diferenciada ainda continha as informações necessárias para desenvolver todas as células do corpo.
Mais de 40 anos depois, Shinya Yamanaka provou que, para criar novas células-tronco a partir de células especializadas, não era necessário transplantar seu núcleo para um embrião – era possível reverter o estado da célula original. Para isso, ele estudou células-tronco embrionárias, retiradas de embriões e cultivadas em laboratório, em busca de quais genes permitiam que elas se mantivessem imaturas.
Ao descobrir vários desses genes, ele testou diversas combinações para reprogramar células maduras conhecidas como fibroblastos. Por fim, ficou provado que a introdução de apenas quatro genes poderia levar à criação de uma célula-tronco pluripotente induzida.
 A pesquisa trouxe esperança na comunidade científica, por produzir células-tronco sem a necessidade de se destruir embriões.

sábado, 13 de outubro de 2012

Britânico Inventa Carro Movido a Ar Congelado

O inventor britânico Peter Dearman está chamando a atenção da indústria com seus motores movidos a ar líquido resfriado.

A invenção, que vem sendo desenvolvida há 40 anos pelo inglês, usa ar resfrido a 190ºC negativos e já movimenta o carro dele.

O primeiro protótipo foi um motor de cortador de grama modificado.

Décadas depois deste invento, muitas indústrias vêm se interessando pelo motor de Deaman. Principalmente, depois que uma usina elétrica também descobriu novo uso para ar líquido congelado.

O equipamento consegue armazenar a energia produzida durante a noite por usinas eólicas.

Um dos grandes dilemas das fontes renováveis - como a eólica ou a solar - é justamente o que fazer com a energia gerada em momentos de baixa demanda, como a noite, por exemplo.

Raio-X de baixa intensidade


Utilizando raios-X de baixa intensidade, máquinas desenvolvidas num projeto europeu de investigação, conseguem ver o invisível. Essas máquinas são capazes de observar o interior de um produto e assinalar falhas que outros equipamentos não conseguem detectar.

Assim, conseguem verificar alterações com apenas alguns mícrons de profundidade. Isso porque os raios-X de baixo consumo de energia usam um maior comprimento de onda, sensível a pequenas alterações na densidade ou espessura.
Joergen Rheinlaender, um dos personagens principais desta invenção explana: “Basicamente, a estrutura do sistema baseia-se numa série de computadores potentes que captam as imagens. A maioria dos projetos de investigação finalizam algo, no final de contas funcionam, mas nunca foi testado em termos de robustez. Este tem sido um ponto central para nós, ter a certeza que também funciona completamente.”

Para mais informações, clique aqui.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

GPS; novo conceito.


A Agência Espacial Europa lançou com sucesso os dois novos satélites Galileu que permitirão formar com os outros dois que já estão em órbita a primeira MINI-CONSTELAÇÃO operacional desse sistema de navegação europeu. O lançamento foi feito por um foguete chamado de Soyuz, aconteceu no Centro Espacial Europeu de Kuru, na Guiana Francesa, e foi qualificado pela ESA como um marco no programa, já que tornará possível calcular uma posição no terreno utilizando apenas o sinal de satélites Galileu. 

Essa manobra está sendo conhecida como uma mais nova revolução no conceito de GPS.


Estes dois novos satélites são os primeiros a transportar antenas de busca e salvamento, que possibilitarão em um futuro próximo determinar a posição de aeronaves e embarcações em perigo.
Para determinar com precisão uma posição no terreno, como informa a ESA, são necessários pelo menos quatro satélites: três para fixar a latitude, longitude e altitude do usuário, e o quarto para proporcionar uma referência temporária.


Até o final de 2014, a ESA espera contar com 18 satélites em órbita que permitirão começar os serviços públicos, e o Galileu completo, estado previsto para 2018, estará composto por um total de 27 satélites operacionais e outros três de reserva, distribuídos em três planos orbitais.



Para mais


O porteiro da memória

Células OLM infectadas com vírus que produz proteína fluorescente
    Um tipo especial de célula cerebral que havia sido descrito quase um século atrás pelo médico espanhol Santiago Ramón y Cajal teve sua função identificada por um grupo de pesquisadores do Brasil, dos Estados Unidos e da Suécia.
   Essas células, que recebem o nome complicado de neurônios oriens lacunosum-moleculare (OLM), estão no hipocampo, estrutura profunda do cérebro associada à aquisição da memória. Os neurônios OLM funcionam como uma ponte que coloca as células da camada mais superficial do hipocampo em contato com as das áreas mais profundas. Nos experimentos, eles observaram que, uma vez ativados, os neurônios OLM bloqueavam a chegada de informações sensoriais do ambiente ao hipocampo e acionavam os mecanismos químicos de recuperação das informações armazenadas no cérebro.
    Exemplificando, podemos utilizar a situação de quando encontramos algum conhecido na rua. Nesse caso, a informação captada pelos olhos chega à região mais superficial do hipocampo; quando os neurônios OLM transferem essa informação para a área mais profunda, ativam o mecanismo de recuperação da memória (que permite reconhecer a pessoa), mas impedem a chegada de mais dados do ambiente.  “Os neurônios OLM desligam um circuito e ligam outro”, conta Richardson, pesquisador do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e que também trabalhou em colaboração com pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos.

Para maiores informações, acesse a matéria na íntegra.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Enxerto de células-tronco no cérebro restaura impulsos nervosos


Cientistas da Universidade da Califórnia, nos EUA, descobriram que células-tronco neurais enxertadas nos cérebros de pacientes conseguiram produzir mielina. A pesquisa realizada com bebês mostra que o enxerto é capaz de restaurar impulsos nervosos no cérebro de pacientes e é seguro um ano após ser colocado no cérebro.
Essa descoberta é uma esperança no tratamento de doenças graves que causam desmielização, como esclerose múltipla, certas formas de paralisia cerebral e Pelizaeus-Merzbacher (PMD), defeito genético que impede algumas células especiais do cérebro, os oligodendrócitos, produzam mielina (material condutor de impulsos nervosos) resultando em disfunção neurológica e neurodegeneração.
Nos testes, os pesquisadores injetaram células-tronco neurais diretamente no cérebro de quatro bebês com PMD. Após um período, foram encontradas evidências do sucesso das células troncos enxertadas, que já recebiam sangue e nutrientes do tecido circundante. Os investigadores descobriram ainda evidências indiretas de que as células-tronco se tornaram oligodendrócitos e estavam produzindo mielina. Outro ponto significativo é que as células-tronco não causaram rejeição, mesmo não sendo do próprio paciente.

Para acessar a matéria completa clique aqui

Mulher volta a enxergar após implante de "telescópio" no olho

Simulação do implante de um micro-telescópio do tamanho de uma ervilha
Boa tarde, leitores do Descomplicando a Biotec!

Hoje trazemos a reportagem sobre o implante que deverá devolver a visão para as pessoas que sofrem com problemas relacionados à retina, desenvolvido e implantado pelo Centro de Olhos do hospital da universidade americana US Davis, na Califórnia, Estados Unidos. Uma dessas pessoas é Virginia Bane (89), que sofre de Degeneração Macular Relacionada à Idade (AMD, na sigla em inglês), uma das principais causas de cegueira.

No caso do olho atingido pela doença, pontos centrais não são vistos com clareza. "A degeneração macular danifica a retina e causa um ponto de cegueira no campo central de visão das pessoas. O implante telescópico restaura a visão ao projetar imagens sobre uma parte não danificada da retina, o que torna possível ver os rostos das pessoas e detalhes de objetos localizados diretamente diante delas", diz Mark Mannis, professor titular de oftalmologia e ciências da visão do Centro de Olhos do hospital da universidade americana US Davis, em Sacramento, na Califórnia.

Depois da implantação do micro-telescópio, Virginia diz: "Já consigo enxergar melhor. As cores são mais vibrantes, bonitas e naturais, consigo ler letras grandes com meus óculos." Virginia Bane é a primeira de uma lista de 50 pessoas que se voluntariaram nos Estados Unidos para receber o implante. "A visão de Virginia vai continuar melhorando com o tempo, conforme ela recondiciona seu cérebro para enxergar", diz Mannis.

Para acessar acessar a fonte da reportagem, clique aqui.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Encontradas Primeiras Evidências de Fotossíntese em Insetos


Maine.gov

A biologia dos afídeos, conhecidos também como pulgões, é exótica: eles podem nascer gestantes e às vezes os machos não têm bocas, o que os leva à morte pouco após a cópula. Em adição à lista de excentricidades, um trabalho publicado semana passada indica que eles talvez possam capturar luz solar e usá-la com propósitos metabólicos.

Os afídeos são únicos por terem a capacidade de sintetizar pigmentos chamados carotenoides. Muitos animais dependem desses pigmentos para diversas funções, como manter o sistema imune saudável e produzir certas vitaminas, mas precisam obtê-los por meio da dieta. Agora o entomologista Alain Robichon, do Instituto Sophia de Agrobiotecnologia em Sophia Antipolis, na França, e seus colegas sugerem que, nos afídeos, esses pigmentos podem absorver luz do Sol e transferi-la para o maquinário celular envolvido na produção de energia.

Ainda que sem precedentes em animais, essa capacidade é comum em outros Reinos. Plantas e algas, além de certos fungos e bactérias, também sintetizam carotenoides – e em todos esses organismos os pigmentos formam parte do sistema fotossintético.

Coletores domésticos

Aproveitando a descoberta de 2010 de que os altos níveis de carotenoides encontrados em afídeos são produzidos pelos próprios insetos, Robichon e sua equipe decidiram investigar por que os pulgões produzem químicos que exigem tanto do metabolismo.

Os carotenoides são responsáveis pela coloração dos afídeos, o que determina o tipo de predador que pode vê-lo. A pigmentação corporal dos pulgões criados em laboratório por Robichon é afetada por condições ambientais: insetos verdes no frio e alaranjados em condições padrões. Quando a população é grande e os recursos limitados eles são brancos.

Quando os pesquisadores mediram os níveis de ATP dos afídeos – responsável pela transferência de energia em seres vivos – os resultados foram marcantes. Os insetos verdes, com altos níveis de carotenoides, produzem significativamente mais ATP que os brancos, que são quase destituídos desses pigmentos. Além disso, a produção aumentou quando os pulgões alaranjados – com uma quantidade intermediária de carotenoides – foram colocados à luz, e caiu ao serem transferidos para o escuro.

Em seguida, os pesquisadores extraíram e purificaram os carotenoides dos afídeos alaranjados, demonstrando que esses pigmentos são responsáveis pela absorção de luz e transferência de energia.

Maria Capovilla, uma das autoras do estudo e também entomologista, do Instituto Sophia, ressalta que são necessárias mais pesquisas antes de os cientistas terem certeza de que os afídeos realmente fazem fotossíntese, mas as descobertas levantam essa possibilidade. E a maneira como as moléculas de caroteno se organizam nos insetos dá peso a essa hipótese: os pigmentos formam uma camada que fica entre 0 e 40 micrômetros abaixo da cutícula dos animais, o que os deixa em posição perfeita para capturar a luz do Sol.

Nancy Moran, geneticista de insetos da Yale University em West Haven, em Connecticut, responsável pela descoberta original de que afídeos têm genes para a produção de carotenoides, aponta que há muitas perguntas sem respostas. “A produção de energia parece ser o menor dos problemas de um afídeo – sua dieta tem açúcar em excesso e eles não conseguem usar a maior parte disso”, explica ela.

O argumento leva à pergunta de por que os afídeos precisariam fazer fotossíntese. Segundo Maria, talvez o processo funcione como um sistema de emergência que poderia ajudar em momentos de estresse ambiental, como no período de migração para uma nova planta hospedeira.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Biofiltro tenta diminuir emissão de metano em aterros sanitários

Filtro de bactérias

Cientistas da USP (Universidade de São Paulo) estão testando um sistema de biofiltros na tentativa de diminuir a quantidade de gás metano (CH4) lançado na atmosfera por aterros sanitários.

A nova técnica consiste em lançar uma cobertura de bactérias no aterro. As bactérias filtram o CH4 produzido pelo lixo, transformando o gás poluente em água e gás carbônico.

O processo biológico de oxidação do metano diminui até 50% a emissão do gás de efeito estufa.

O teste está sendo feito no Aterro Sanitário de Campinas, a 85 quilômetros da capital paulista.

Emissão de metano em lixões

"A ideia é estudar qual a eficiência desse processo para que ele possa ser usado na cobertura de aterro de resíduos sólidos, seja ele sanitário ou não", explica o professor Fernando Marinho, coordenador da pesquisa.

Segundo ele, a solução pode ser adequada sobretudo para diminuição das emissões de poluentes em lixões, tendo em vista que, mesmo desativados, eles continuam a produzir gases - o metano é um gás de efeito estufa 21 vezes mais potente do que o CO2 (gás carbônico).

O pesquisador esclarece que o processo biológico de oxidação do metano foi descoberto há anos e já é amplamente difundido.

A novidade dos estudos brasileiros está na aplicação da tecnologia em campo, onde se espera uma redução da emissão de metano entre 20% e 50%.

"A maioria dos estudos era feita em laboratório. Iniciamos em 2004, juntamente com uma universidade canadense, os estudos em campo", disse Fernando.

Referência Bibliográfica: Inovação Tecnológica

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Córnea artificial devolve capacidade de enxergar a deficientes visuais

Cientistas do Instituto Fraunhofer, na Alemanha, desenvolveram uma córnea artificial capaz de devolver a visão a deficientes visuais. O dispositivo pode, no futuro, auxiliar pessoas que perderam a visão devido a danos na córnea causados por lesões ou doenças.

"Estamos no processo de desenvolvimento de dois tipos diferentes de córneas artificiais. Um deles, por exemplo, pode ser utilizado como uma alternativa a uma córnea doada nos casos em que o paciente não toleraria um transplante e na escassez de doadores. Um grande número de pacientes que sofrem de uma variedade de condições poderão se beneficiar do nosso novo implante, que recebeu o nome de ArtCornea ®", afirma o pesquisador Joachim Storsberg.

Os especialistas também conseguiram produzir um material de base química, biologicamente inerte e compatível com o segundo tipo de córnea artificial, batizado de TexKpro. Esse tipo tem a capacidade de unir a extremidade da córnea artificial com a córnea do paciente, deixando a óptica interna do implante livre de células.

Os implantes foram testados pela primeira vez pelos médicos no laboratório depois in vivo em vários coelhos. Depois de um processo de seis meses de cura, as próteses implantadas foram aceitas pelos coelhos sem irritação, de forma clara e firmemente fixa no interior do olho. Testes realizados após a operação mostraram que os animais toleraram a córnea artificial.

A equipe agora planeja ensaios clínicos em breve em seres humanos em conjunto com a Eye Clinic Cologne-Merheim

Leia o artigo completo e entenda os princípios utilizados  nessas córneas artificiais em: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/31186/ciencia-e-tecnologia/cornea-artificial-devolve-capacidade-de-enxergar-a-deficientes-visuais