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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Entrevista: Karoline Mansano

Karoline Mansano, graduanda do 9º semestre de Engenharia Biotecnológica na UNESP Assis e atual presidente da Biotec Júnior, conta da jornada no MEJ e todo seu aprendizado dentro da Empresa Junior. Confira!



Descomplicando: Como é a sua atuação no movimento empresa Júnior (MEJ)? 

Karoline: Primeiramente agradeço a oportunidade desta entrevista.
Minha atuação no movimento empresa Júnior vem desde 2010, no meu primeiro ano de faculdade. Antes mesmo de entrar na Unesp eu comecei a pesquisar as oportunidades que a universidade me trariam, foi então que me deparei com o Movimento Empresa Júnior, mais especificamente com a Biotec Júnior. Em junho de 2010 me inscrevi no processo seletivo da Biotec Júnior e neste mesmo ano ingressei como trainee da EJ. Nos anos seguintes atuei como membro, vice diretora e diretora do departamento de Comunicação e Marketing, seguido da vice-presidência e atualmente da presidência. Nos primeiros anos tive um contato grande com outras ejs através de benchmarks e do Enejunesp (Encontro das Empresas Juniores da Unesp) que no meu ano de trainee foi sediado pelo Biotec Júnior em Assis. Durante meus anos de MEJ, participei de muitos eventos relacionados ao movimento e participei do núcleo Unesp, onde a cada dia me aprofundo e apaixono mais por ser empresária Júnior. 

Descomplicando: Quais são os principais pontos que você pode apontar onde o MEJ e a Biotec Júnior agregaram em sua vida?

Karoline: O MEJ e a Biotec Júnior me agregaram muito nesse anos todos, e dia após dia vejo o quanto cresci e amadureci com essa vida. Hoje tenho uma visão muito mais sistêmica de tudo, além de ver as coisas "fora da caixinha". Sem duvida o papel de presidente tem muita influência nisso, porém eu só sou quem sou e tenho a experiência que tenho, devido a muito esforço e força de vontade. Acredito que a maior experiência que o MEJ me proporcionou foi a de trazer a oportunidade de poder aprender errando e fazendo. Só vivendo o dia a dia de uma empresa Júnior, somado as demais atividade de graduação, que aprendi a organizar meu tempo, fazer contatos para o meu futuro e mostrar responsabilidade e comprometimento através de um trabalho bem feito. Vejo que tudo que o MEJ e a Biotec Júnior me proporcionaram não pararam por aqui. São frutos que planto no dia a dia e que verei o resultado durante a vida toda. No fundo, essa pergunta não tem uma resposta clara, porém resumo ela em um principal ponto: o aprendizado.

Descomplicando: Em sua gestão como presidente, qual foi sua visão geral da empresa? Quais eram suas metas e o que você acredita ter deixado de legado? 

Karoline: Sem duvidas 2013 foi um ano muito conturbado, porém em um balanço geral, tenho que a felicidade de dizer que cumprimos nossas metas. Tínhamos um grande planejamento para a nossa gestão. Eu e a Gabriela Mazali, a vice presidente, tivemos um cuidado ao planejar a gestão e ao gerencia-la. Cada membro teve papel fundamental em todas as conquistas. Então, digo que me sinto realizada e com muitas metas cumpridas. 
De todo o planejamento destaco algumas metas realizadas com êxito: aumentar a visibilidade da empresa para o MEJ, para os clientes e parceiros, aumentar a capacitação dos membros com um programa extenso de treinamentos, criar planos de ação a fim de tornar nosso projetos consultorias. Esses três pilares,  ao meu ver, marcaram a gestão 2013: Consolidar a marca, capacitar os membros e aprimorar projetos.

Descomplicando: Qual foi sua trajetória na Biotec Júnior e quais são seus planos para a empresa no futuro?

Karoline: Como já dito, minha trajetória na Biotec Júnior teve inicio em 2010 e continuará em 2014, ano que farei parte do conselho gestor da minha EJ, contribuindo com todas as minhas experiências acumuladas. Como conselho gestor não pretendo fazer muitos planos para a empresa, acredito que isso não cabe a mim mais, mas sim a toda uma gestão que esta se formando. Particularmente só desejo que a Biotec Júnior continue crescendo, sem se esquecer dos valores e de todo o histórico construído nesses 6 anos, aprendendo com a cultura dos valores e dos erros, com gestores que se superem cada vez mais.

Descomplicando: Qual ou quais são os maiores aprendizados que você vai levar dessa experiência? 

Karoline: Difícil descrever claramente, quem me conhece sabe que me faltam palavras e me sobram emoções. A Biotec Júnior durante 2013 foi, mais do que em qualquer época, a minha vida. Me dediquei de corpo e alma, literalmente. Tentei ser empresária, tentei ser a melhor. Aprendi muito, errei muito, ganhei muito e cresci mais ainda. Construí, com cada membro, uma ej mais forte, mais conhecida e mais reconhecida. 

Que venha 2014, que venham muitos anos de trabalho, dedicação, responsabilidade e comprometimento. Que venham as próximas gestões. Meu trabalho ainda não acabou, e não sei se um dia acabará, pois quero sempre estar a disposição da empresa, tentando retribuir tudo o que ela me presenteou. Se hoje sou quem sou, sem duvida é porque por muito mais tempo, sou Biotec Júnior. 

Em nome da Biotec Junior parabenizamos e agradecemos a atual presidente, Karoline Mansano, por todo seu trabalho e esforço pela e por a Empresa. Desejamos todo o sucesso do mundo e que essa experiência seja levada adiante pela empresa e por você. Obrigada!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Entrevista: Fernando Cesar Barbosa

Fernando Cesar Barbosa, graduando do 8º semestre de Engenharia Biotecnológica na UNESP Assis e ex-presidente da Biotec Júnior, conta da sua experiência no intercâmbio nos Estados Unidos pelo Ciência sem Fronteiras logo após o seu retorno ao Brasil. Confira as oportunidades que se pode obter com essa experiência e algumas dicas!






Descomplicando: Quais atividades você participou durante a graduação na UNESP Assis, tanto dentro do campus quanto fora? O quão importante elas estão sendo na sua vida e/ou ainda podem ser?

Fernando: Primeiramente, fiz e ainda faço parte do grupo de pesquisa do Professor Regildo, no laboratório de Fitofarmacologia, desde 2010. Além disso, entrei na Biotec Jr. em 2009, ano em que fui membro de P&D. Em 2010, fui vice-diretor de P&D; 2011, vice-presidente da empresa e, no comecinho de 2012, presidente até a troca da gestão. Em julho de 2010, 2011 e 2012, também fiz estágio na UNIFESP, complementando meu trabalho no laboratório do professor Regildo. Ainda em 2012, fiz 2 meses de estágio em uma farmácia de manipulação de Assis e ainda estudei nos EUA por um ano (agosto 2012 a agosto 2013) pelo Ciência sem Fronteiras. Todas as atividades foram importantes. Trabalhos em laboratório me ensinaram a vida dentro de um laboratório, como fazer pesquisa, apresentar relatórios, analisar resultados, escrever artigos, etc. A Biotec Júnior também foi muito importante, principalmente ao fato de me ensinar a trabalhar em equipe, o modo de expor minhas opiniões e respeitar as opiniões dos meus amigos, a cultura de viver a realidade dentro de uma empresa. Em relação ao intercâmbio, foi uma experiência indescritível, onde pude, além de aprender nova cultura e língua, aprender inovações referentes à biotecnologia que eu provavelmente não veria aqui no Brasil.

D.: Como você fez a escolha do país em que iria estudar? Quais principais fatores vocês levou em consideração?

F.: Na verdade, à priori, eu me candidatei para o Reino Unido, inclusive tinha concedido uma carta de aceite de um professor da UCL. Entretanto, eu tive uns problemas relacionados ao CNPq e, então, a CAPES me indicou para me inscrever para os EUA. Tendo em vista esse problema, me inscrevi para os EUA, também na certeza de que seria uma grande oportunidade, não só devido ao aprendizado do inglês em si, mas ao fato de que os EUA é uma das maiores potências referentes à biotecnologia.

D.: Em qual universidade você estudou?

F.: Eu estudei o Fall de 2012 e o Spring de 2013 (agosto até maio) na Kent State University, em Kent, OH. E, no Summer (maio até agosto de 2013), fiz estágio no WPI Bioengineering Institute, em Worcester, MA.

D.: Nessas universidades, quais atividades, além das aulas de graduação, você participou?

F.: Além das aulas de graduação na KSU, fiz estágio no Liquid Crystal Institute. Já em Worcester, eu não tive aulas, fiz só estágio no Instituto mesmo.

D.: Quais foram suas experiências mais marcantes durante o intercâmbio?

F.: Tirando as infraestruturas das universidades em si, que são inexplicáveis, o mais marcante foi a estrutura dos laboratórios. Eles possuem muito incentivo para pesquisa, muita verba, tanto do governo quanto de empresas privadas, que vão até as universidades em busca de parceria para inovação. Fato esse ainda muito pouco incentivado no Brasil, infelizmente.

D.: O que você ainda pretende fazer antes de terminar a graduação?

F.: O que eu ainda gostaria de fazer é conseguir algum estágio em empresa no nosso período de férias, entre dezembro e fevereiro, mas nossas empresas não possuem essa cultura como as norte-americanas. De qualquer forma, pretendo conseguir estágio na área de P&D em uma indústria de farmacologia.

D.: As experiências no intercâmbio o fizeram mudar seus planos de carreira? Quais são eles?

F.: Não. Não fizeram, mas acredito que abriram minha mente para novas áreas. Eu pretendo trabalhar na área de P&D em indústrias farmacêuticas, no desenvolvimento de novos fármacos, ou em industrias de engenharia de tecido. São áreas bem aplicadas ao desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas.

D.: Você tem alguma dica ou recado para aqueles que pretendem candidatar-se ao Ciência Sem Fronteiras - Estados Unidos ou para que aqueles que pretendem se candidatar ao Reino Unido não tenham problemas relacionados a CNPq?

F.: Na realidade, acredito que meu problema relacionado ao CNPq foi devido ao fato de ainda estar no início do programa e, querendo ou não, todos estávamos meio perdidos em relação aos procedimentos. Acredito que, hoje, eles já tenham solucionado isso. Acho que muitos se candidatam ao CsF pensando em viajar, lugares para conhecer, mas seria uma boa também pensar um pouco em relação à língua que vão aprender, nas oportunidades de estágios no pais de destino e se o país de destino é ou não uma potência na sua área de atuação.

D.: Muito legal você passar essa sua experiência para os interessados no programa de intercâmbio! Muito obrigada pela entrevista! Em nome da Biotec Júnior, desejo que você tenha muito sucesso e que faça muito proveito dessa sua bagagem de conhecimentos que você conseguiu adquirir com tantas experiências!

F.: Muito obrigado e muito sucesso para nossa Biotec Jr. também. Parabéns pela iniciativa!

Para quem quiser ter mais informações sobre esse programa de intercâmbio, oferecido pelo governo federal, acesse o site: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf

terça-feira, 28 de maio de 2013

Entrevista: Caio Pontes Godoi

Caio Pontes Godoi, 23 anos, formou-se em junho de 2012 no curso de Engenharia Biotecnológica pela UNESP Assis, em que participou da Biotec Júnior por três anos e, depois, foi estagiar na P&G, com sede no Panamá, onde foi contratado e trabalha atualmente. Vamos conferir um pouco sobre sua trajetória:


Caio Godoi


Descomplicando: Fale um pouco sobre a sua formação. Por que você se interessou em se matricular no curso de biotecnologia?

Caio: Bom, eu sempre gostei muito de exatas. Pra ser sincero, biologia não era o meu forte. Por outro lado, sempre fiquei fascinado em filmes e seriados de ficção científica. Ainda na escola, eu soube do curso de biotecnologia que recém havia sido criado na UNESP e fiquei curioso sobre o que seria. No segundo colegial, comecei a ler mais sobre biotecnologia e como o curso integrava conhecimentos de biologia e exatas. Isso para mim foi a chave na hora de optar pelo curso. O que também ajudou muito é que, no segundo colegial, eu mesmo fui assistir uma aula do curso na UNESP Assis e conversei com alguns alunos. Com isso, decidi prestar e, se eu passasse, entraria pra ver se eu gostava. Entrei, gostei bastante e hoje estou formado!

D.: Você fez as matérias da grade de engenharia durante a graduação?

C.: Quando entrei, o curso ainda era biotecnologia. Eu, inclusive, participei de reuniões e da "luta" pela engenharia com o Felipe Delestro (Curió) e alguns outros alunos. Sempre achei importante essa transição do curso, especialmente pelas oportunidades que nos seriam abertas em empresas e indústrias. Fiz a engenharia através do currículo especial e sou muito contente com todo o trabalho que o departamento de ciências biológicas fez em conseguir nos incluir nessa, apesar de algumas dificuldades que todo curso novo enfrenta.

D.: As suas expectativas ao fazer o currículo especial da engenharia foram correspondidas?

C.: Acho que a resposta dessa pergunta depende um pouco da expectativa que se tem. Minha maior expectativa era sair formado com o título de engenheiro. Pensando nisso, sim, atendi às minhas expectativas. Eu, assim como muitos dos meus colegas, sabia que não seria perfeito (ideal). Éramos os primeiros cursando as novas matérias. Em muitas delas necessitávamos de mais estrutura, como laboratórios e visitas técnicas a indústrias e, em outras, para ser sincero, professores mais capacitados (muitos eram substitutos e não dominavam tão bem o conteúdo). Acredito que a engenharia funciona e que tivemos falhas por conta de tudo ser muito novo. Acredito que as novas gerações de alunos já enfrentam menos problemas e que será assim, sempre melhorando.

D.: Quando você se interessou em fazer parte da Biotec Júnior e qual foi sua trajetória como colaborador?

C.: Interessei-me desde o primeiro momento em que escutei falar dela! (Risos)

Lembro-me bem! Passaram na nossa sala avisando que haveria um processo seletivo. Eu ainda estava no primeiro ano e não pensei duas vezes em participar. Acreditava e, hoje, acho ainda mais que essa abordagem (empresa júnior) é essencial na formação acadêmica. O que eu aprendi está muito além do que se aprende em uma sala de aula. Mais até do que colocar o conhecimento em prática, eu aprendi a lidar e liderar pessoas, organizar eventos, ser organizado e responsável não só por mim, mas pelos outros.

Na empresa, comecei como vice-diretor de comunicação e marketing. No final da primeira gestão, justamente pelas questões de evolução do curso para engenharia, enfrentamos uma crise na empresa. Ela tinha sido recém formada e não éramos ainda muito organizados. Por esse contexto de "engenharia/não engenharia", a presidente em questão renunciou e ficamos um pouco perdidos no começo, afinal éramos novos. Decidimos que daríamos um jeito e tocaríamos a empresa pra frente. Juntamo-nos, como se fosse uma "task force" e conseguimos, mesmo no meio dessa confusão, organizar o primeiro encontro de empreendedorismo em biotecnologia. Ficamos muito felizes pelo sucesso que teve o evento!

No final do mesmo ano, me candidatei à presidência com o Curió de vice. Meu ano de presidência na empresa, acredito que tenha sido bom. Focamo-nos muito na parte organizacional. Criamos a estrutura da empresa com diretorias, departamentos, tipos específicos de reuniões, organizamos o estatuto, legalizamos a empresa, ou seja, demos cara de empresa à nossa organizações júnior.

No fim da gestão, cada departamento já tinha sua autonomia. De verdade, que fiquei muito orgulhoso com tudo que conseguimos fazer em um ano!

Depois, fui para o conselho gestor. Nesse ano, infelizmente, já não pude contribuir tanto com a empresa, porque estava em iniciação científica.

D.: Você participou de mais alguma atividade de extensão no campus?

C.: Ah, sim! Eu sempre fui o tipo de estudante que abraça o mundo! (Risos)

Estive na Biotec Júnior por três anos, estive no LAMEM também por três anos, incluindo iniciação científica FAPESP e também dei aula de física no cursinho da UNESP por três anos. Muitas vezes, essas três atividades aconteceram ao mesmo tempo. Era um pouco de “Deus nos acuda”, mas valeu à pena!

D.: Qual foi o seu primeiro emprego? Fazia o que almejava antes de se formar?

C.: Então, meu primeiro emprego foi ainda enquanto estava na graduação. Dava aula de física no colégio dos professores em Assis e de inglês na Fisk. Sempre gostei de ser professor! Acho que ainda hoje tenho o instinto de explicar demais as coisas! (Risos)

Acho que a universidade me propiciou ter oportunidades em todas as áreas que eu pensava em atuar: professor, pesquisador e empresário.

D.: Onde você trabalha hoje? O que faz? É uma profissão que você pretendeu seguir em algum momento na graduação?

C.: Fora da UNESP, já tinha tido experiência como professor e decidi que queria uma experiência em uma empresa "sênior". Foi quando soube do processo seletivo da P&G e apliquei. Consegui estágio por cinco meses aqui no Panamá ano passado. No estágio, consegui ser recomendado para contratação e aqui estou! Se você me perguntar se eu pensava que estaria trabalhando com o que trabalho hoje, eu responderia não. Mas acho que não estaria tão contente como estou se estivesse em outra profissão.

Hoje trabalho na P&G aqui do Panamá. É a sede regional da empresa na América Latina. Trabalho numa área que se chama CMK (consumer & market knowledge), que é mais ou menos inteligência de mercado. Trabalho com a marca Pampers. Não trabalho com biotecnologia, mas posso dizer que a Biotec Júnior me ajudou em uns 80% nessa decisão. Muitas das coisas que aprendi com a Biotec Júnior, eu aplico aqui. Conhecer a estrutura e como é trabalhar em empresa foi essencial para minha escolha.

D.: Há muita oportunidade para um engenheiro biotecnológico de se trabalhar no exterior?

C.: Poxa, muita! Só esse semestre, há três estagiários aqui na empresa que estudam biotecnologia: uma chilena, um mexicano e outra.

Acho que a oportunidade está aí sim! Vejo a P&G, por exemplo, sempre de portas abertas a novos talentos. Acredito que, com muitos alunos trabalhando e fazendo estágio fora, também ajudam a divulgar o curso e possibilitar mais oportunidades para outros.

D.: Você fez algum curso de especialização?

C.: Não, nenhum. Acho que isso depende muito do tipo de profissão que se vai seguir depois da faculdade. A P&G, por exemplo, é uma empresa que gosta de "formar" seus funcionários. Dentro da empresa, fiz diversos cursos, mas não os chamaria de especialização. Sai da faculdade e fui direto para a empresa.

D.: Muito obrigada pela excelente entrevista, Caio! Parabéns pelas conquistas e nós da Biotec Júnior desejamos muito sucesso a você! 

terça-feira, 30 de abril de 2013

Entrevista com Herina Satie Tatibana


Herina Satie Tatibana, cursando o quarto ano de Engenharia Biotecnológica, conta um pouco sobre cada atividade que participa no campus da Faculdade de Ciências e Letras em Assis, já que ele oferece diversas atividades que podem agregar muito conhecimento para a nossa formação, além da graduação.

Dentro da Biotec Júnior, empresa júnior em que é colaboradora há quase dois anos, foi trainee, membro, vice-diretora e diretora do departamento Administrativo/Jurídico e, hoje, faz parte do Conselho Gestor.

Descomplicando: Por que escolheu vir à UNESP Assis cursar Engenharia Biotecnológica?

Herina: Como sempre gostei muito da área de exatas e de biológicas, acreditei que eu poderia encontrar uma área que eu pudesse me identificar dentro desse curso, já que o mesmo engloba essas duas áreas. É ter a possibilidade de desenvolver habilidades, gerenciamento e capacidade de pensamento criativo e inovador.

D: Você faz alguma atividade no campus além da graduação?

H: Sim. Além da graduação, faço parte do LABI - Laboratório de Biotecnologia Industrial, no qual tenho um projeto sobre imobilização de enzimas visando obtenção de ésteres de uso industrial. Também ingressei na Pre-Inova, que é um Programa de Pré-Incubação que visa o empreendedorismo e a inovação, na qual atuo como coordenadora da Assessoria de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I). Atuo como Conselho Gestor na Empresa Biotec Jr. e auxilio na ENACTUS, uma ONG de cunho social.

D: Podemos perceber que você participa de muitas atividades de extensão. Você pode explicar sobre cada uma delas e porque se interessou em fazer parte delas?

H: Claro. A Biotec Jr. foi o primeiro projeto que tive interesse em ingressar, pois sabia que dentro da Empresa eu poderia crescer tanto profissionalmente como pessoalmente. É uma Empresa em que oferece assessoria e consultoria em Biotecnologia, e que propicia ao aluno atividades práticas, estas baseadas nos conhecimentos teóricos estudados em sala de aula, sem deixar de ter o caráter empresarial. Relacionado ao lado empresarial e criativo, comecei a fazer parte da Pré-Inova, que nos permite pensar de maneira dinâmica e inovadora, fazendo com que haja exploração de ideias novas de sucesso. Assim, ela apresenta como objetivo o auxílio no desenvolvimento de ideias surgidas das pessoas da Universidade, que queiram tirá-la do papel e torná-la palpável. O projeto que faço no Laboratório (Enzimologia) me ajudou a encontrar uma área que eu me identifico, já que sempre pensei em atuar na área industrial. E, pela ENACTUS, fazemos atividades sociais para que haja força de ação para a comunidade, causando impactos positivos e melhorando a qualidade de vida dos indivíduos. Por exemplo, o projeto de Biodigestor visa geração de energia para os próprios membros da Cooperativa de Assis. Interessei-me porque me considero uma pessoa pró-ativa e gosto de desenvolver capacidades, explorando um lado diferente e desafiador. Além disso, trabalhar em grupo e lidando com pessoas, com certeza poderá me auxiliar no futuro. Dentro desses projetos de extensão, pude desenvolver um lado empreendedor, o qual nunca havia pensado em seguir no mercado de trabalho.

D: Que área você pretende seguir na sua carreira profissional?

H: Pretendo seguir a área industrial, seja inserida em laboratórios ou em gestão de projetos.

D: O que a experiência na Biotec Júnior lhe agregou na parte pessoal e profissional? 

H: Dentro da Empresa, tive que trabalhar em grupo e a lidar com pessoas. Acredito que isso me dará uma vantagem no mercado competitivo de hoje e, não obstante, agreguei conhecimentos, principalmente, no ramo administrativo/jurídico, em que aprendi registrar ATAS, alterar estatutos, elaborar contratos, realizar um planejamento estratégico trienal da Empresa utilizando o método BSC (Balanced Scorecard), bem como a Análise SWOT. Aprendi, também, a ter compromisso e a liderar, já que fui Diretora deste departamento. Isso com certeza me desenvolveu profissionalmente e pessoalmente, ainda mais no quesito de gestão de Empresa, pois esta é fundamentada no conjunto de princípios, normas e funções elaboradas, constituída de pessoas e recursos, em prol de um objetivo comum. Outras habilidades que são desenvolvidas é a comunicação, a capacidade de solucionar problemas e paciência.

D: Como está sendo a experiência no Conselho Gestor da Biotec júnior? Quais são as funções desse departamento?

H: A experiência no Conselho Gestor está sendo ótima, porém um tanto confuso, já que este departamento não possui atividades definidas. Então, até agora pude estabelecer um planejamento e, além disso, é gratificante poder ajudar a sanar as dúvidas que aparecem na Empresa, poder ver a Empresa como um todo e aconselhar os membros a tomar um caminho correto, para que não comentam o mesmo erro, visando a sua melhoria e o crescimento. O conselho Gestor é responsável pela fiscalização e assessoramento da Empresa Júnior. Só pode ser do Conselho quem possui dois ou mais anos atuando dentro da Biotec Jr. Zela pelas decisões estratégicas da federação, tendo que auxiliar e controlar o planejamento estratégico, participando da sua criação, além de deliberar sobre casos omissos no estatuto. Por fim, proferir, sempre que necessário, a debater sobre assuntos que julgarem serem pertinentes dentro da Empresa.

D: Quais são as próximas conquistas que você deseja alcançar?

H: Pretendo, em um futuro próximo, fazer intercâmbio e ganhar uma bolsa de apoio à pesquisa através do meu projeto de enzimologia (IC), além de tentar um estágio em uma indústria.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Entrevista com Rafaela Herrera Silva

Da Escócia, Rafaela nos conta como está sendo a experiência no intercâmbio que conseguiu pelo programa Ciência sem Fronteiras e o quão determinante sua experiência na Biotec Júnior foi para a sua carreira acadêmica.

Rafaela Herrera Silva, com 21 anos e no 10º semestre do curso de Engenharia Biotecnológica, está atualmente em intercâmbio pelo CsF, cursando Ciências do Alimento na Glasgow Caledonian University (Escócia - RU). 

Na UNESP Assis, participou do time de futsal feminino, de pesquisas no laboratório de Neurociência e da Empresa Júnior, Biotec Jr., como trainee e membro do departamento de Gestão de Pessoas e como presidente da gestão de 2012. Além disso, também teve colaboração em uma pesquisa no laboratório de Fitoterápicos, na Pré-Incubadora PreInova e na construção da ideia da feira de recrutamento em Assis, a Destaque.


Descomplicando: Por que você escolheu cursar Engenharia Biotecnológica na UNESP Assis?

Rafaela: Eu estava decida a fazer engenharia desde minha 7ª série, por vários motivos, mas ainda não sabia qual área. Eu queria desenvolver as habilidades atribuídas a um engenheiro, como boa capacidade analítica, conhecimento de tecnologias e a visão do todo. No meu ensino médio, tive um professor sensacional de biologia, o qual me fez despertar um interesse muito grande pela área, principalmente ao estudar ciência do corpo humano. Por isso, escolhi a Engenharia Biotecnológica, uma vez que pude abranger ambas as áreas.

BIOTEC JÚNIOR

D.: Quais eram os seus objetivos ao decidir ingressar em uma Empresa Júnior?

R.: Desenvolver meu lado empreendedor e aumentar meu conhecimento sobre o funcionamento de uma empresa. Atrelado a isso, eu tinha e ainda tenho vontade de me envolver com todas as possibilidades que a universidade oferece. E eu tinha muita curiosidade de saber como era estar na Empresa Júnior e do que se tratava. Meu objetivo era explorar.

D.: Você estava em qual ano do curso de Engenharia Biotecnológica quando entrou na empresa e fez parte de quais departamentos?

R.: Entrei na empresa no meu segundo ano de faculdade. Comecei como trainee do departamento de Gestão de Pessoas e, no ano seguinte, fui membro do mesmo departamento. Ano passado, trabalhei como diretora presidente da empresa.

D.: Seus objetivos foram atingidos? O que você carrega pra sua vida dessa experiência?

R.: Meus objetivos foram alcançados e minhas expectativas superadas. As minhas experiências na EJ vou levar comigo sempre, pois foram minhas primeiras experiências como empresa e nesse ambiente você se propõe a desenvolver várias habilidades, como comunicação, liderança, capacidade analítica, desenvolvimento de projetos, habilidade de lidar com o imprevisto, de produzir soluções rápidas, ser criativo. São habilidades que projetos de extensão como um todo podem lhe oferecer, cabe a cada pessoa saber aproveitar e estar disposto às mudanças.

INTERCÂMBIO

  
Glasgow Caledonian University
D.: Há quanto tempo você já está estudando na Glasgow Caledonian University e quanto tempo falta para terminar esse intercâmbio?

R.: Minhas atividades na Escócia começaram no dia 14 de janeiro e terminam em dezembro, totalizando 12 meses.

D.: Porque você escolheu a Escócia e porque você acha que as pessoas devem escolhê-la também?

R.: Na verdade, eu escolhi o Reino Unido em si, porque pretendo fazer meu mestrado nos Estados Unidos, então queria vir para Europa nessa primeira oportunidade. O intercâmbio em si é um banho de cultura e estar na Europa se torna ainda mais promissor, pela história que tem aqui. A Escócia me surpreendeu em vários sentidos, desde conhecer uma cultura muito amigável e alegre, até as paisagens sensacionais.

D.: Quanto ao processo seletivo, quais aspectos você acha que ajudaram para que você conseguisse a bolsa no programa Ciência sem Fronteiras?

R.: Acredito que o que conta muito é o conhecimento da língua, além do seu histórico escolar. Um dos documentos do processo é uma carta de apresentação, na qual você deve apresentar suas habilidades e objetivos. A experiência na EJ me
ajudou bastante nesse sentido, uma vez que pude justificar várias habilidades a partir de situações vividas na Biotec Júnior.

D.: Como está sendo estudar tão longe do Brasil? Quais diferenciais você acha que está adquirindo com essa experiência?

R.: O intercâmbio é uma experiência única, por ser tão rico em cultura. É uma oportunidade para ampliar sua visão de mundo e também aproveitar oportunidades diferentes que são oferecidas. Além de conhecer pessoas de outros países, também tenho colegas de várias partes do Brasil. É interessante ver também como outras pessoas veem nosso país e também poder comparar como o Brasil está em relação a outros países, pensando em economia, educação. Aqui vigora outro sistema de estudo, que exige muito mais disciplina por parte do estudante, pois envolve bastante estudo individual. Eu escolhi uma área específica para estudar, o que faz com que eu agregue bastante conhecimento também para minha formação.

D.: Quais atividades exatamente você está desempenhando agora, tanto dentro, quanto fora da universidade?

R.: Nesse semestre, eu fiz três matérias (o permitido pela universidade), sendo elas, toxicologia de alimentos, commodities e nutrição e saúde pública. Estou participando de um concurso de negócio social e também de atividades do grupo de empreendedorismo da universidade. Também já fiz apresentação em um show de calouros aqui, o que foi bem divertido.

D.: Muito obrigada pela entrevista! Um ótimo intercâmbio para você, muito sucesso! Parabéns pelas conquistas e que venham muitas outras pela frente! 
Estamos em período de Processo Seletivo na Biotec Júnior. Você tem alguma dica para aqueles que almejam ser trainees da próxima gestão?

R.: Imagina, foi um prazer! Que eles busquem explorar! A Empresa Júnior e a faculdade em si dão N oportunidades. Que eles encontrem a atividade que vá desenvolvê-los mais.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Entrevista com Camila Betterelli Giuliano

A aluna de Engenharia Biotecnológica da UNESP, Camila B. Giuliano, de 22 anos, conta sobre sua experiência na presidência da Biotec Júnior e nos Estados Unidos, pelo programa Ciência sem Fronteiras.


Camila Betterelli Giuliano irá cursar o 5º ano de Engenharia Biotecnológica na UNESP Assis, foi presidente da Biotec Júnior em 2011 e bolsista do programa ciências sem fronteiras em 2012, programa pelo qual foi aos Estados Unidos estudar na Boston University e estagiar em Harvard.





Biotec Jr.: Por que você escolheu cursar engenharia biotecnológica na UNESP Assis?

Camila: Porque eu sempre gostei muito de biologia, mas nunca achei que um curso de biológicas iria me motivar o bastante. Além disso, eu sempre tive certa facilidade com exatas, mas sempre achei cursos só de exatas muito pesados. Então, quando descobri o curso de Engenharia Biotecnológica, achei que era a mistura perfeita.

BJ.: Quais são as funções de uma empresa júnior?

C.: Uma empresa júnior tem como principal função, do ponto de vista dos membros, por em prática o que foi aprendido em aula e deixar o membro mais próximo do que seria o mercado de trabalho pós-formado.
Do ponto de vista da comunidade acadêmica, é uma forma de devolver para a comunidade os impostos investidos na universidade, como forma de serviços de qualidade com baixo custo.

BJ.: Por que você escolheu entrar na Biotec Júnior?

C.: Porque as empresas seniores gostam de pessoas que tem noção de uma corporação, mas não tem os vícios de uma empresa grande ainda. Então, eles vão ter mais facilidade de treinar esse tipo de pessoa e empresas sempre valorizam pessoas que fizeram mais do que apenas passar pela faculdade. Atividades extracurriculares mostram pró-atividade e atitude, qualidades bastante procuradas hoje.

BJ.: O que atuar na empresa júnior te agregou na carreira acadêmica e profissional?

C.: Trabalhar em equipe é sempre algo que necessita ser exercitado, pois a parte mais difícil, seja em qualquer área da vida, é lidar com pessoas. A posição de liderança que eu assumi na empresa me ensinou muito sobre isso, além de noções de gestão. Outra coisa que a empresa me mostrou e eu confirmei depois, fazendo estágio em laboratório, é que eu gosto muito mais dessa parte, de gerência e administração, do que da pesquisa em si. Então, meu contato com a empresa pode ter um grande impacto nas minhas decisões depois de formada.

BJ.: O que a Biotec Júnior representa para você?

C.: Eu tenho muito carinho pela empresa. Nas duas gestões que passei nela, aprendi muito e lidei com pessoas maravilhosas.

Confira, semana que vem, a segunda parte dessa entrevista, em que Camila conta sobre sua jornada de intercâmbio na Boston University e em Harvard!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

III Encontro de Empreendedorismo em Biotecnologia

O ano de 2011 foi declarado pela ONU, como o Ano Internacional das Florestas e a intenção principal desta declaração é promover nos próximos 12 meses atitudes em prol da conservação e gestões sustentáveis, visando uma mudança de postura das populações, mas principalmente das empresas.

Baseado nisso, nos dias 27 e 28 de outubro, a Biotec Júnior realizará o III EEB, com o tema “Gestão Sustentável no Desenvolvimento Biotecnológico“. O evento contará com renomados palestrantes, que abordarão desde a conservação e gestão sustentável, até exemplos de sucesso e as dificuldades enfrentadas por aqueles que desejam empreender. Serão no total sete palestras e uma mesa redonda, com as atividades ocorrendo no período da manhã e da tarde.

O Encontro proporcionará aos participantes a oportunidade de acrescentar aos seus conhecimentos uma visão empreendedora interligada com um desenvolvimento inovador e sustentável, o qual é um grande foco no mundo empresarial atualmente. Para aqueles que se interessam em buscar novas visões em relação a empreendedorismo e sustentabilidade, e conhecer alternativas inovadoras de carreira, o evento será de grande valia. 

Inscreva-se já nos plantões no RU de segunda à sexta feira ou no site do evento www.asssis.unesp/eeb.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Células Solares - Imprima sua Energia

 A nova tecnologia desenvolvida por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, visa a geração de eletricidade através de células solares impressas em papéis.



Apresentando uma estrutura de pequenos retângulos coloridos, formados por cinco camadas muito finas de tintas especiais através da deposição química de vapor de polímeros e em temperaturas menores a 120 graus Celsius, esta nova técnica representa uma ruptura importante com os sistemas utilizados até agora para a criação da maioria das células solares, pois, de acordo com os pesquisadores envolvidos, os custos gerados devido aos materiais utilizados e instalação dos dispositivos fotovoltaicos atuais são aproximadamente mil vezes maiores do que a desenvolvida por eles. 


O invento mostrou-se bastante flexível e versátil, podendo ser aplicado não só a papéis, mas também a panos e plásticos - considerados materiais normalmente disponíveis e que podem ser facilmente presos a uma parede de apoio, reduzindo drasticamente os custos de instalações solares e consequentemente tornando este modelo de energia renovável mais acessível. Atualmente, as células solares impressas em papel têm eficiência de cerca de 1% - enquanto os aparelhos fotovoltaicos atuais apresentam taxas médias mundiais de 14%-  mas a equipe acredita que com adaptações e melhoria dos materiais tal eficiência possa ser significativamente ampliada.

Eletricidade já suficiente para pequenos dispositivos elétricos:


Para saber mais, clique aqui.


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Unindo a Biologia com a Matemática!

Nesse post, trataremos sobre um assunto que mistura a biologia com a matemática e física, com o objetivo de produzir energia limpa. Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriram uma forma de conseguir energia solar com a ajuda de um vírus!
A energia solar é a conversão do calor emitido pelo sol em energia elétrica, e isso acontece com a ajuda de pequenas placas que captam e armazenam esse calor, chamadas de células solares. No estudo, publicado na revista Nature Nanotecnology, as células solares possuíam estruturas microscópicas em forma de tubo, os nanotubos de carbono, para tentar aumentar a quantidade de calor convertido em energia elétrica. Apesar dos minúsculos nanotubos de carbono conseguirem aumentar a eficiência das células solares, os pesquisadores esbarravam em um problema: eles tendiam a ficar todos unidos, grudados, não cobrindo toda a extensão da célula, o que é uma grande desvantagem, pois muito calor era perdido nas partes descobertas, além de ocorrerem alguns curto-circuitos nos locais de união dos tubos.
Ai que entra a história do vírus! Um vírus, conhecido como M13, que não é perigoso para humanos, apenas para bactérias, consegue fazer com que os nanotubos de carbono fiquem nos seus devidos lugares! Isso por causa de uma proteína que interage fortemente com o carbono dos nanotubos e impede que eles se aproximem. Além disso, o vírus foi geneticamente modificado para produzir um filme de dióxido de titânio, componente da célula solar, o qual aumenta a proximidade entre o calor do sol e os nanotubos, aumentando, então, a taxa de conversão em energia elétrica.

A reportagem sobre o artigo pode ser vista, na íntegra, no site da Agência Fapesphttp://agencia.fapesp.br/13783
E, para aqueles que assinam a Nature Nanotecnology, o link do artigo completo (Virus-templated self-assembled single-walled carbon nanotubes for highly efficient electron collection in photovoltaic devices (doi:10.1038/nnano.2011.50)) é:  www.nature.com/nnano



terça-feira, 21 de junho de 2011

Bioinformática aplicada as Ômicas

No começo de agosto a Biotec Júnior irá realizar o curso "Bioinformática aplicada as Ômicas". Mas afinal, o que é isso? Do que exatamente se trata? Qual a sua importância? O texto que se segue, retirado do artigo "Recursos de Bioinformática aplicados às ciências Ômicas como Genômica, Transcriptômica, Proteômica, Interatômica e Metabolômica" irá responder todas essas perguntas de forma simples e objetiva.

"Os dados gerados pelo sequenciamento dos genomas de diferentes organismos transformaram a biologia. A integração de várias áreas do conhecimento permitiu avançar os estudos em relação à genômica, os processos de transcrição das informações contidas nos genes, a transcriptômica, bem como a compreensão do conjunto dos produtos destes genes pela proteômica. No início desta década com o advento do genoma humano também se iniciava as discussões e as ações para uma nova era da biologia, a “era pós-genômica”. Neste contexto, promoveu-se o desenvolvimento e o aperfeiçoamento das técnicas que permitiram os avanços destas novas ciências ômicas, como a transcriptômica, proteômica e metabolômica, com o objetivo de isolar e caracterizar o RNA, as proteínas e os metabólitos, respectivamente; sendo possível devido também ao desenvolvimento da bioinformática. O termo “ômicos” refere-se à análise global dos sistemas biológicos. Além das citadas anteriormente, uma variedade de subdisciplinas ômicas têm surgido, cada uma com seu próprio conjunto de instrumentos, técnicas, softwares e base de dados. Entre as tecnologias ômicas que impulsionam estas novas áreas de investigação, mencionam-se as tecnologias de DNA e microarrays, a espectrometria de massas e uma série de outras tecnologias e instrumentação que permitiram uma alta capacidade de análise. O domínio da bioinformática cresceu em paralelo e com a internet, em que a rápida análise de dados e a troca de informações sobre os códigos biológicos e computacionais estão em convivência harmônica, por meio de suas múltiplas ramificações, gerenciando e integrando bancos de dados aplicáveis, e construindo sistemas  in silico  para simulação de formas naturais e modificadas de produtos específicos. Todos os projetos de sequenciamento genômico realizados e em andamento, tanto de procariotos como de eucariotos, continuam a nos lembrar que o nosso conhecimento sobre o funcionamento de um organismo ou célula, a nível molecular, é realmente muito limitado. Desta forma, o aumento substancial de sequências e de informações produzidas pelo rápido avanço das ciências ômicas está ajudando a prover novos caminhos da exploração de textos pela bioinformática."

A seguir estão duas figuras com um resumo das principais Ciências Ômicas e suas interações. Clique nas imagens para ampliar.

 Fonte: http://www.nature.com/nrm/journal/v7/n3/fig_tab/nrm1857_F4.html
Fonte: http://omics.org/index.php/File:Omics_pathway_jong_bhak_sm_20071231.png

Para uma base mais aprofundada sobre o assunto, inscreva-se no nosso curso de inverno através do site: www.wix.com/cursodebioinformatic/btc.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Entrevista: produção de celulases visando produção de biocombustível

Olá a todos!
                Nesse post, teremos uma entrevista feita por nós da Biotec Júnior (Empresa Júnior de Biotecnologia ) com a graduanda Bianca Bussamra, do 4º ano de Engenharia Biotecnológica da UNESP Assis. A aluna vem desenvolvendo um projeto de iniciação científica muito interessante na área de microbiologia, intitulado ‘Produção de Celulase a partir de fungos em diferentes temperaturas e pH e imobilização parcial da enzima’, fomentado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), e orientado pelo Prof. Dr. Pedro de Oliva Neto.
O projeto consiste, resumidamente, na produção de celulases a partir de fungos visando a produção de bicombustível a partir de biomassa lignocelulósica, sendo esta biomassa vista hoje apenas como resíduo gerado pelas industrias. 

O que fez você se interessar por tal assunto? 
Bianca BussamraEu sempre gostei dessa área do conhecimento, que engloba a bioquímica, microbiologia e assuntos correlacionados a biocombustíveis. Além disso, essa área está em foco no mundo todo devido à corrida pela substituição dos combustíveis fósseis e o Brasil é o maior produtor mundial da cana-de-açúcar, detendo  42,5% da produção mundial de etanol. Assim, uni o útil ao agradável!

Já se consegue pensar se seria viável o acesso das indústrias a essa enzima?
Bianca BussamraAs pesquisas direcionadas ao bioetanol de segunda geração, aquele proveniente a  partir do bagaço, ainda está em fase inicial no Brasil. Os estudos que são feitos prevêem sempre uma viabilidade financeira em linha de produção industrial, como por exemplo  técnicas e reagentes baratos. Futuramente, almeja-se estender esses projetos, como é o caso das enzimas, para a produção nacional, mas hoje isso ainda não passa de pesquisa.

 O projeto de pesquisa foi financiado por alguma instituição? Se sim qual? Você considera que o fato de hoje a grande busca por bicombustíveis facilitou o acesso ao financiamento?
Bianca Bussamra – O projeto está sendo financiado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). No cenário mundial, é de extrema importância agregar valor a resíduos que antes eram descartados ou até prejudiciais ao meio–ambiente. Assim, eu acho que o fato do projeto estar focado nesse reaproveitamento e possível prospecção à produção de combustíveis renováveis facilitaram o acesso ao financiamento.

O fato de usar esses resíduos, que hoje são descartados, é mais importante do ponto de vista ecológico ou financeiro?
Bianca Bussamra – Em ambos os pontos o reaproveitamento é importante. Na questão ficanceira, se o Brasil detivesse a técnica do uso do bagaço para a produção do bioetanol, a produção aumentaria em até 50%, uma quantia bastante considerável. Já no caso ecológico, o reaproveitamento reduziria os problemas de estoque desse material e diminuiria a quantidade de cana plantada, uma vez que a mesma quantidade de terra teria capacidade produtiva de etanólica de 50% maior. Isso evitaria o desmatamento de novas áreas, reduziria as queimadas e, consequentemente, a emissão de CO2 e a eliminação de micronutrientes e da vida microbiológica existente nesses solos. Além disso, o uso de pesticidas e fertilizantes também diminuiria, prevenindo a contaminação de lençóis freáticos.

Você acredita que o bicombustível processado por celulase é viável financeiramente?
Bianca Bussamra – Na verdade, o etanol gerado a partir da cana-de-açúcar (primeira geração) e a partir do bagaço (segunda-geração) são processados da mesma forma. A única coisa que muda é a fonte do açúcar (matéria-prima)  que no caso do primeiro, é proveniente da cana, e do segundo, é  proveniente do bagaço. As enzimas atuariam na “preparação” do bagaço para esse processo, uma vez que deixariam a celulose disponível em forma de glicose. Esse processo é viável devido ao fato do baixo custo dessa matéria-prima.

Como está sendo o desenvolvimento do seu projeto? Você vem enfrentando problemas? Se sim, qual foi sua estratégia para contorná-los?
 Bianca Bussamra – Os imprevistos fazem parte da vida de um pesquisador. Às vezes surgem problemas relacionados à metodologia empregada, às vezes à forma de conduzir o experimento e até mesmo de falta de materiais e tempo. É muito importante trabalhar sempre com humildade e tirando as dúvidas com os companheiros de laboratório e com seu orientador.

Você já possui algum resultado parcial de suas pesquisas?
Bianca Bussamra – Até o atual estágio, já identificamos fungos com potencial de produção de enzimas celulolíticas bem maiores que o Trichoderma reesei, fungo modelo na produção de celulase.

Na sua opinião, qual a importância de um projeto de iniciação científica para sua vida profissional?
 Bianca Bussamra – O projeto de iniciação científica é muito importante não só aos alunos que querem seguir a vida acadêmica, mais também àqueles que almejam uma carreira industrial ou empresarial. Isso porque um projeto requer de você planejamento, prática de trabalho em grupo, responsabilidade, entrega de tarefas no prazo, organização e administração do próprio tempo.

Qual o tempo previsto de duração de seu projeto?
 Bianca Bussamra – O projeto está programado para ser realizado no período de um ano.

Agradecemos muito à entrevistada, e desejamos muito sucesso no término de seu projeto, e em seu futuro profissional.

domingo, 22 de maio de 2011

Células na máquina do tempo


Células da polpa dentaria humana.
Para começar, teremos uma notícia publicada na revista Pesquisa Fapesp edição online, do dia 19 março de 2011. A notícia, intitulada “Células na máquina do tempo”, trata do trabalho de pesquisadores brasileiros, da Universidade de São Paulo (USP), que conseguiram transformar células extraídas do dente de crianças em células-tronco pluripotentes.
Mas o que são células-tronco pluripotentes? Elas são células imaturas, que ainda não se diferenciaram em um tipo celular específico, e que, portanto podem se tornar qualquer célula do corpo de um indivíduo, desde uma célula da pele até               um neurônio. Ou seja, são células muito versáteis, que são extraídas de embriões humanos em seus primeiros dias de vida, o que é tratado com muita polêmica. Portanto quando se consegue chegar ao estado de célula-tronco pluripotente,a partir de uma outra fonte de células que não apresentem barreiras éticas, se tem uma grande vitória, pois essas células podem ser aplicadas em um leque de pesquisas, incluindo o estudo de doenças humanas.
E foi isso que a bióloga Patrícia Beltrão Braga da USP conseguiu. A partir de dentes de leite de crianças, que não possuem nenhuma implicação ética, foram extraídas células de sua polpa, e através de estratégias desenvolvidas pelo pesquisador japonês Shinya Yamanaka, ela pôde fazer a indução dessas células até o nível de células-tronco pluripotente, literalmente voltando seu nível de diferenciação no tempo.
O grupo da USP não é o único a dominar a técnica de reprorgamação celular no Brasil, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), células diferenciadas de pessoas com esquizofrenia são induzidas a pluripotência, para que se possa realizar seu estudo, sem que seja necessária retirada de neurônios de pacientes, o que é inviável, ou a espera de sua morte.
Para ver a notícia completa, clique aqui.

Apresentação do Blog

Olá a todos!
                Hoje, teremos nossa primeira postagem no blog “Descomplicando a Biotec”! O blog foi criado com a intenção de apresentar notícias sobre inovações biotecnológicas, em uma linguagem que qualquer um compreenda, sendo assim desnecessário conhecimento prévio sobre o assunto para saber do que a notícia se trata. Assim esperamos que a cada dia, mais e mais pessoas se interessem pela biotecnologia e fiquem por dentro de suas novidades que beneficiam tanto a sociedade.
                O blog é uma iniciativa da Biotec Júnior, a Empresa Júnior de Engenharia Biotecnológica e Ciências Biológicas, da UNESP de Assis. Vocês podem conhecer a empresa e seus serviços clicando aqui.

Espero que gostem!