quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Entrevista: Fernando Cesar Barbosa

Fernando Cesar Barbosa, graduando do 8º semestre de Engenharia Biotecnológica na UNESP Assis e ex-presidente da Biotec Júnior, conta da sua experiência no intercâmbio nos Estados Unidos pelo Ciência sem Fronteiras logo após o seu retorno ao Brasil. Confira as oportunidades que se pode obter com essa experiência e algumas dicas!






Descomplicando: Quais atividades você participou durante a graduação na UNESP Assis, tanto dentro do campus quanto fora? O quão importante elas estão sendo na sua vida e/ou ainda podem ser?

Fernando: Primeiramente, fiz e ainda faço parte do grupo de pesquisa do Professor Regildo, no laboratório de Fitofarmacologia, desde 2010. Além disso, entrei na Biotec Jr. em 2009, ano em que fui membro de P&D. Em 2010, fui vice-diretor de P&D; 2011, vice-presidente da empresa e, no comecinho de 2012, presidente até a troca da gestão. Em julho de 2010, 2011 e 2012, também fiz estágio na UNIFESP, complementando meu trabalho no laboratório do professor Regildo. Ainda em 2012, fiz 2 meses de estágio em uma farmácia de manipulação de Assis e ainda estudei nos EUA por um ano (agosto 2012 a agosto 2013) pelo Ciência sem Fronteiras. Todas as atividades foram importantes. Trabalhos em laboratório me ensinaram a vida dentro de um laboratório, como fazer pesquisa, apresentar relatórios, analisar resultados, escrever artigos, etc. A Biotec Júnior também foi muito importante, principalmente ao fato de me ensinar a trabalhar em equipe, o modo de expor minhas opiniões e respeitar as opiniões dos meus amigos, a cultura de viver a realidade dentro de uma empresa. Em relação ao intercâmbio, foi uma experiência indescritível, onde pude, além de aprender nova cultura e língua, aprender inovações referentes à biotecnologia que eu provavelmente não veria aqui no Brasil.

D.: Como você fez a escolha do país em que iria estudar? Quais principais fatores vocês levou em consideração?

F.: Na verdade, à priori, eu me candidatei para o Reino Unido, inclusive tinha concedido uma carta de aceite de um professor da UCL. Entretanto, eu tive uns problemas relacionados ao CNPq e, então, a CAPES me indicou para me inscrever para os EUA. Tendo em vista esse problema, me inscrevi para os EUA, também na certeza de que seria uma grande oportunidade, não só devido ao aprendizado do inglês em si, mas ao fato de que os EUA é uma das maiores potências referentes à biotecnologia.

D.: Em qual universidade você estudou?

F.: Eu estudei o Fall de 2012 e o Spring de 2013 (agosto até maio) na Kent State University, em Kent, OH. E, no Summer (maio até agosto de 2013), fiz estágio no WPI Bioengineering Institute, em Worcester, MA.

D.: Nessas universidades, quais atividades, além das aulas de graduação, você participou?

F.: Além das aulas de graduação na KSU, fiz estágio no Liquid Crystal Institute. Já em Worcester, eu não tive aulas, fiz só estágio no Instituto mesmo.

D.: Quais foram suas experiências mais marcantes durante o intercâmbio?

F.: Tirando as infraestruturas das universidades em si, que são inexplicáveis, o mais marcante foi a estrutura dos laboratórios. Eles possuem muito incentivo para pesquisa, muita verba, tanto do governo quanto de empresas privadas, que vão até as universidades em busca de parceria para inovação. Fato esse ainda muito pouco incentivado no Brasil, infelizmente.

D.: O que você ainda pretende fazer antes de terminar a graduação?

F.: O que eu ainda gostaria de fazer é conseguir algum estágio em empresa no nosso período de férias, entre dezembro e fevereiro, mas nossas empresas não possuem essa cultura como as norte-americanas. De qualquer forma, pretendo conseguir estágio na área de P&D em uma indústria de farmacologia.

D.: As experiências no intercâmbio o fizeram mudar seus planos de carreira? Quais são eles?

F.: Não. Não fizeram, mas acredito que abriram minha mente para novas áreas. Eu pretendo trabalhar na área de P&D em indústrias farmacêuticas, no desenvolvimento de novos fármacos, ou em industrias de engenharia de tecido. São áreas bem aplicadas ao desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas.

D.: Você tem alguma dica ou recado para aqueles que pretendem candidatar-se ao Ciência Sem Fronteiras - Estados Unidos ou para que aqueles que pretendem se candidatar ao Reino Unido não tenham problemas relacionados a CNPq?

F.: Na realidade, acredito que meu problema relacionado ao CNPq foi devido ao fato de ainda estar no início do programa e, querendo ou não, todos estávamos meio perdidos em relação aos procedimentos. Acredito que, hoje, eles já tenham solucionado isso. Acho que muitos se candidatam ao CsF pensando em viajar, lugares para conhecer, mas seria uma boa também pensar um pouco em relação à língua que vão aprender, nas oportunidades de estágios no pais de destino e se o país de destino é ou não uma potência na sua área de atuação.

D.: Muito legal você passar essa sua experiência para os interessados no programa de intercâmbio! Muito obrigada pela entrevista! Em nome da Biotec Júnior, desejo que você tenha muito sucesso e que faça muito proveito dessa sua bagagem de conhecimentos que você conseguiu adquirir com tantas experiências!

F.: Muito obrigado e muito sucesso para nossa Biotec Jr. também. Parabéns pela iniciativa!

Para quem quiser ter mais informações sobre esse programa de intercâmbio, oferecido pelo governo federal, acesse o site: http://www.cienciasemfronteiras.gov.br/web/csf

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