Inovações
concebidas em universidades têm chegado com mais frequência ao mercado
brasileiro. Essa é uma alternativa para as empresas agregarem tecnologia em
produtos e processos como tem demonstrado o crescente aumento de licenciamentos
de propriedade intelectual de universidades e a transformação desse
conhecimento em produtos inovadores. Um exemplo de tecnologia promissora que
entrou no mercado no final de 2012 é um fotômetro analisador de combustível
desenvolvido no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) e licenciado para a Tech Chrom, empresa gestada na Incubadora de
Empresas de Base Tecnológica da universidade (Incamp).
O
licenciamento de uma gordura com baixo teor de ácidos graxos saturados e isenta
de ácidos graxos trans, desenvolvida na Faculdade de Engenharia de Alimentos em
parceria com a Cargill Agrícola e
utilizada como recheio de biscoitos e outras aplicações, garantiu à Unicamp uma
arrecadação recorde de royalties de R$ 724 mil em 2011. As pesquisas que
resultaram na nova gordura foram iniciadas na universidade ainda na década de
1990, mas somente em 2008 os resultados efetivos começaram a aparecer e
chamaram a atenção da indústria.
As empresas
no Brasil também têm procurado as universidades em busca de tecnologia. Uma
roupa especial que corrige a postura corporal, criada na Escola de Educação
Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) a pedido do fisioterapeuta Renato Loffi, dono da empresa
Treini Biotecnologia, tem previsão de lançamento em 12 meses. “Uma teia de
fitas elásticas interconectadas promove a tensão da roupa, o que resulta na
correção da postura e prevenção de lesões”, diz o professor Pedro Vidigal,
diretor da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT),
agência de inovação da universidade mineira. Após trabalhar mais de oito anos
no Sistema Único de Saúde (SUS), Loffi decidiu procurar o professor Sérgio
Fonseca, da EEFFTO, especialista em estudos sobre movimentos humanos, para
criar uma vestimenta que pudesse ser usada tanto por pessoas com
comprometimentos funcionais como por atletas. A Treini, que licenciou a
tecnologia, estuda o lançamento da roupa em quatro versões: terapêutica,
ocupacional, esportiva e militar.
Para saber de
mais inovações biotecnológicas, acesse: Revista Fapesp
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