Nesse post, trataremos sobre um assunto que mistura a biologia com a matemática e física, com o objetivo de produzir energia limpa. Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, descobriram uma forma de conseguir energia solar com a ajuda de um vírus!
A energia solar é a conversão do calor emitido pelo sol em energia elétrica, e isso acontece com a ajuda de pequenas placas que captam e armazenam esse calor, chamadas de células solares. No estudo, publicado na revista Nature Nanotecnology, as células solares possuíam estruturas microscópicas em forma de tubo, os nanotubos de carbono, para tentar aumentar a quantidade de calor convertido em energia elétrica. Apesar dos minúsculos nanotubos de carbono conseguirem aumentar a eficiência das células solares, os pesquisadores esbarravam em um problema: eles tendiam a ficar todos unidos, grudados, não cobrindo toda a extensão da célula, o que é uma grande desvantagem, pois muito calor era perdido nas partes descobertas, além de ocorrerem alguns curto-circuitos nos locais de união dos tubos.
Ai que entra a história do vírus! Um vírus, conhecido como M13, que não é perigoso para humanos, apenas para bactérias, consegue fazer com que os nanotubos de carbono fiquem nos seus devidos lugares! Isso por causa de uma proteína que interage fortemente com o carbono dos nanotubos e impede que eles se aproximem. Além disso, o vírus foi geneticamente modificado para produzir um filme de dióxido de titânio, componente da célula solar, o qual aumenta a proximidade entre o calor do sol e os nanotubos, aumentando, então, a taxa de conversão em energia elétrica.
A reportagem sobre o artigo pode ser vista, na íntegra, no site da Agência Fapesp: http://agencia.fapesp.br/13783
E, para aqueles que assinam a Nature Nanotecnology, o link do artigo completo (Virus-templated self-assembled single-walled carbon nanotubes for highly efficient electron collection in photovoltaic devices (doi:10.1038/nnano.2011.50)) é: www.nature.com/nnano
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