
Na tentativa de entender o que causava a aneuploidia observada nos seus experimentos com roedores e com amostras de tecido cerebral humando, Rehen e seu grupo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) refizeram os testes, utilizando células de camundongos cultivadas em laboratório. A biomédica Rafaela Sartore induziu, no Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, as células-tronco embrionárias e as células-tronco de pluripotência induzida a se transformarem em neurônios, as células que processam e armazenam informação no cérebro, e descobriu que a perda ou ganho de cromossomos ocorre durante o processo de diferenciação celular.
Nesta fase de diferenciação celular, Rafaela e Rehen observaram uma redução de 50% nos níveis da proteína survivina, que garante a migração adequada dos cromossomos da célula-mãe para as duas células-filhas. Com menos survivina disponível, o risco de surgimento de neurônios com cromossomos a mais ou a menos aumenta.
Esta descoberta possui implicações positivas e negativas. Ao mesmo tempo em que a aneuploidia pode ajudar a explicar diferenças comportamentais entre irmãos gêmeos idênticos ou o surgimento de doenças do cérebro, como o mal de Alzheimer, ela também complica o desenvolvimento de terapias com células-tronco para doenças neurodegenerativas, como o próprio Alzheimer ou Parkinson.
Para mais informações, acesse a matéria no site da Agência Fapesp: http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=71587&bd=2&pg=1&lg=
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