Um experimento feito nos EUA com uma forma menos agressiva de transplante de medula óssea para o tratamento de anemia falciforme grave em adultos tem taxa de sucesso de aproximadamente 90%.
A anemia falciforme é a doença genética de maior prevalência no Brasil e é causada por uma alteração na hemoglobina, proteína sanguínea que transporta o Oxigênio pelo corpo. A alteração faz com que a hemoglobina fique em formato de foice, dificultando a circulação sanguínea e o transporte do Oxigênio.
O procedimento tradicional destrói completamente a medula óssea do paciente por meio da quimioterapia para que a pessoa receba a nova medula. Apesar da alta taxa de cura, ainda é um procedimento arriscado em pacientes já comprometidos com a doença.
Já o novo procedimento utiliza menores doses de quimioterapia e imunossupressores e doses maiores de células-tronco do que a terapia tradicional. O estudo durou cerca de 10 anos e envolveu 30 pacientes adultos, dos quais 26 foram curados e apenas 1 faleceu. Belinda Simões, hematologista da faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, diz que o estudo é importante por que mostra que, mesmo com doses de quimioterapia, o desenvolvimento de uma nova medula óssea é possível.
Apesar dos bons resultados até o momento, como no experimento americano a medula do paciente não é completamente destruída, parte dela convive com a medula do doador, por isso, ainda é necessário avaliar se as medulas compartilhadas continuarão funcionando corretamente ou se a medula do paciente irá prevalecer sobre a transplantada, oque levaria ao retorno da anemia falciforme.
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